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Artigo N.º 5988 - Bactéria resistente a antibiótico está se deslocando do Sul da Ásia para os EUA
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Postado em: 19/08/10 às 17:22:39 por: James
Categoria: Artigos
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14.08.2010 – Uma nova mutação perigosa, que torna algumas bactérias resistentes a quase todos os antibióticos, está se tornando cada vez mais comum na Índia e no Paquistão e está sendo encontrada em pacientes no Reino Unido e nos Estados Unidos que receberam atendimento médico naqueles países, segundo novos estudos.

Especialistas em resistência a antibióticos chamaram o gene em mutação, o NDM-1, de “preocupante” e “ominoso”, e disseram temer que ele se espalhe pelo mundo.

Mas eles também o colocaram em perspectiva: há várias cepas de germes resistentes a antibióticos, e apesar de matarem muitos pacientes em hospitais e asilos, nenhuma ainda se mostrou à altura da hipérbole de “superbactéria” e “bactéria comedora de carne” com que a descoberta de cada uma é recebida.

“Todas elas são ruins”, disse o dr. Martin J. Blaser, chefe de medicina do Centro Médico Langone da Universidade de Nova York. “O NDM-1 é mais preocupante do que o MRSA? É cedo demais para avaliar.” (O MRSA, sigla em inglês para Staphylococcus aureus resistente a meticilina, é uma bactéria de difícil tratamento que costumava causar problemas apenas em hospitais, mas agora é encontrada em academias, presídios e asilos, e ocasionalmente é contraída por pessoas saudáveis por meio de cortes e arranhões.)

Bactérias com o gene NDM-1 são resistentes até mesmo aos antibióticos chamados carbapenemas, usados como último recurso quando os antibióticos comuns fracassam. A mutação foi encontrada no E. coli e na Klebsiella pneumoniae, uma frequente culpada por infecções respiratórias e urinárias.

“Eu não gostaria de estar trabalhando em um hospital onde isso fosse introduzido”, disse o dr. William Schaffner, chefe de medicina preventiva da Universidade Vanderbilt. “Poderia levar meses para se livrar dela e o tratamento de pacientes individuais com ela poderia ser muito difícil.”

Um estudo rastreando a disseminação da mutação da Índia e Paquistão para o Reino Unido foi publicado online na terça-feira na revista “Lancet”.

Em junho, os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) apontaram os primeiros três casos de resistência NDM-1 nos Estados Unidos e orientaram os médicos a ficarem atentos para ela em pacientes que receberam atendimento médico no Sul da Ásia. As iniciais significam metalo-beta-lactamase1 de Nova Déli.

O “turismo médico” para a Índia para muitas cirurgias – cosméticas, odontológicas e até mesmo transplante de órgãos – está se tornando mais comum à medida que cirurgiões experientes e hospitais de primeira classe oferecem atendimento por uma fração dos preços ocidentais. Os pesquisadores da “Lancet” encontraram dezenas de amostras de bactérias com o gene resistente NDM-1 em duas cidades indianas que pesquisaram, o que eles dizem sugerir “um problema sério”.

Também preocupante foi o fato do gene ter sido encontrado em plasmídeos –pedaços de DNA móveis que podem saltar facilmente de uma cepa de bactéria para outra. E é encontrada em bactérias gram-negativas, para as quais não estão sendo desenvolvidos muitos novos antibióticos. (O MRSA, por sua vez, é uma bactéria gram-positiva, e há muitas drogas candidatas em desenvolvimento.)

O dr. Alexander J. Kallen, um especialista em resistência a antibióticos dos CDC, o chamou de “uma das várias bactérias sérias que estamos monitorando”.

Mas ele notou que, há uma década, os hospitais de Nova York eram o epicentro de infecções por outras bactérias resistentes aos antibióticos carbapenemas. Aquelas bactérias, que tinham uma mutação diferente, eram perturbadoras, mas não explodiram em uma emergência de saúde pública.

Bactérias resistentes a drogas como estas, com a mutação NDM-1, geralmente são uma maior ameaça em hospitais, onde muitos pacientes estão sendo tratados com um amplo espectro de antibióticos, que eliminam as bactérias normais que podem conter aquelas resistentes aos antibióticos.

Além disso, os pacientes de hospitais geralmente apresentam sistemas imunológicos mais fracos e mais ferimentos para infeccionar, e são examinados com mais sondas e cateteres que permitem a entrada das bactérias.

Fonte: UOL noticias

Lembrando…

A luta contra a superbactéria: Estudos alertam para o aumento da resistência

30.11.2008 – Reportagem da revista ISTOÉ, dezembro 2008.

Duas pesquisas divulgadas na última semana revelam que algumas bactérias que afetam a saúde humana começam a apresentar comportamentos que pedem maior vigilância. Um dos estudos, conduzido pela Universidade do Oregon, nos Estados Unidos, e pelo Instituto de Pesquisa do Hospital Sick Children, no Canadá, informa a existência de um pico de infecções durante os verões. Assim como os agentes da gripe e dos resfriados se espalham com mais facilidade no inverno, os diversos microorganismos pertencentes à família das bactérias gram-negativas parecem preferir os dias de calor. Fazem parte desse time micróbios como a Pseudomonas aeruginosa, a Escherichia coli e a Acinetobacter baumannii. “Eles são causa freqüente de infecções na corrente sanguínea, urinárias, gastrointestinais, pneumonias, em ferimentos, queimaduras e cortes cirúrgicos”, explica o infectologista Jacyr Pasternak, da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

A conclusão de que as bactérias gram-negativas se disseminam mais no calor está fundamentada em um estudo que durou sete anos no Hospital Baltimore. Os dados obtidos indicam que o número de pacientes afetados por essas bactérias pode subir até 17% a cada dez graus de elevação da temperatura. Embora as razões do aumento sejam diferentes para cada microorganismo e não estejam bem estudadas, a variação sazonal passa a ser um dado importante na hora do diagnóstico. O reconhecimento do vínculo entre as infecções e o calor deve ser alvo de mais estudos para avaliar seu impacto diante das transformações climáticas globais. Disso espera-se que surjam estratégias de prevenção.

Vigilância ainda mais intensa parece ser necessária sobre a Acinetobacter baumannii. Um trabalho veiculado pela revista médica The Lancet Infectious Diseases, na edição que acaba de sair, registrou um crescimento nos casos de infecção provocados por essa bactéria em hospitais americanos. Ela produz contaminações graves e pode levar à morte pacientes com sistema imunológico comprometido. Ataca especialmente pessoas com suporte ventilatório (entubadas).

Apesar de ser velha conhecida dos cientistas, a A.baumannii configura uma ameaça emergente. “Este micróbio está 30% mais resistente do que era em relação aos antibióticos conhecidos”, afirmou à ISTOÉ Matthew Falagas, do Alfa Instituto de Ciências Biomédicas de Atenas, na Grécia. Um dos autores do trabalho, ele costuma ser contratado por laboratórios farmacêuticos para falar em congressos sobre o tema.

A bactéria também é mais difícil de ser erradicada com os desinfetantes usados nas enfermarias e UTIs. Pode ser transportada na pele de pessoas saudáveis e transmitida aos enfermos por causa da má higienização das mãos dos profissionais da saúde. O relatório de Falagas recomenda aos médicos e enfermeiros higiene rigorosa e muito cuidado com os antibióticos. “Deve-se dar esses medicamentos pelo menor tempo possível para obter o efeito pretendido, em vez de prolongar o uso. Outra boa medida é lavar as mãos entre o atendimento de um paciente e outro, uma prática que apenas 60% dos médicos e enfermeiros adotam”, diz Pasternak.

Conter o avanço das bactérias multirresistentes é um grande desafio. Na semana passada, um estudo publicado na revista americana Science deu mais fôlego àqueles que procuram caminhos diferentes para vencer essa guerra. Pesquisadores ingleses conseguiram descrever como o organismo do besouro Tenebrio molitor, o popular bicho-da-farinha, destrói esses microorganismos com facilidade impressionante. Em menos de uma hora, o sistema imunológico desse inseto devorou milhões de Estafilococos aureus usados na pesquisa. Depois, trocou as armas e fez um novo ataque usando proteínas que mostraram efeito bactericida. Com a estratégia, eliminou os Estafi lococos que sobreviveram ao primeiro embate, os chamados mais resistentes. Em vários países já se estuda o desenvolvimento de medicamentos a partir dessa proteína do besouro. (fim)

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“E vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro tinha por nome Morte; e a região dos mortos o seguia. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras”. (Ap 6,8)


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