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Artigo N.º 8808 - VALORIZAR A CONFISSÃO INDIVIDUAL
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Postado em: 27/09/11 às 07:39:55 por: James
Categoria: Artigos
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=1&id=8808
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Não é nada bom para a Igreja o pouco apreço pela Confissão individual, fato que ao mesmo tempo revela pouco apreço pelo próprio Sacramento da Penitência.

Em certos países e, no caso do Brasil, em certas comunidades, a Confissão individual praticamente desapareceu. A absolvição comunitária, permitida décadas atrás pela Santa Sé, foi autorizada somente “em casos bem determinados”, isto é, de forma bastante restrita.

Lamentavelmente, os “casos bem determinados” se tornaram a porta aberta para se adotar, cá e lá, mas com bastante frequência, uma praxe indiscriminada. Houve casos extremos, como o de dar a absolvição comunitária a crianças antes da Primeira Comunhão em vez de acolhê-las individualmente em sua primeira Confissão… Ou de adotar, quase sempre e unicamente, a absolvição comunitária, sem oferecer a oportunidade de atendimento dos fiéis na Confissão individual…

Infelizmente, também contribuiu para isso, em certos casos, o pouco apreço pelo Sacramento da Penitência em si, tanto por parte de pastores do rebanho quanto de ovelhas. Sem falar da concepção de pecado que, aos poucos, reduziu-se ao mínimo, passando-se de um extremo ao outro, do pecado em quase tudo ao pecado em quase nada. Quando se perde a noção de pecado é porque se está perdendo o sentido de Deus.

Com essas lacunas, os fiéis ficam entregues a si mesmos, privados do tesouro que é a Confissão individual. De fato, a Confissão individual exige mais cuidado no exame de consciência; proporciona ouvir uma palavra mais adequada para as próprias necessidades espirituais; é mais consoladora porque o penitente “ouve” da boca do ministro de Jesus aquelas palavras benditas: “Eu te absolvo de todos os teus pecados. Vai em paz!”, palavras que não ouve quem “se confessa diretamente com Deus”, como algumas pessoas pretendem fazer…

É urgente que em toda a Igreja se volte a valorizar o Sacramento da Misericórdia de Deus. Os consultórios de psicologia, de psiquiatria, de “counseling” e de outras terapias da alma se enchem de pacientes porque as pessoas têm necessidade de mostrar a alguém as feridas da alma. Chorar, pular de alegria, contar a outros a própria dor… tudo isto faz parte da condição humana. Isto vem confirmar quanto Jesus foi compreensivo com a nossa fragilidade ao fazer da necessidade de abrir o próprio coração a alguém um Sacramento de Vida divina. Sendo assim, por que negar aos discípulos de Jesus esse dom que Ele nos deixou no Sacramento da Reconciliação?

Sem dúvida, é cansativo atender confissões. Cansa ouvir, cansa falar, cansa suportar certas situações de ordem moral, psicológica e até física. O momento da Confissão, porém, é um dos momentos em que mais se pode fazer por alguém que se afastou de Deus. Inclusive, como é confortador para o padre saber que, por seu ministério, reconduziu aos braços de Deus alguém que se tinha perdido; que o sangue de Jesus purificou um coração ferido e manchado; que, com poucas palavras e um gesto simples, foi introduzida a paz numa alma sofrida!

O que falta, então?

Falta a muitos pastores recuperarem o apreço pelo Sacramento da Penitência.

Falta uma formação mais específica para os candidatos ao sacerdócio a respeito da importância decisiva desse Sacramento para a vida cristã.
Falta uma catequese mais adequada para todos – crianças, jovens e adultos – a respeito do Sacramento do Perdão.

Falta maior disponibilidade dos ministros de Deus para atender com regularidade as confissões individuais.

Falta estabelecer e favorecer generosamente horários para que os membros da comunidade possam confessar-se com calma.

Falta compreender que o encontro pessoal com alguém no Sacramento da Penitência é um momento privilegiado do qual brota maior esperança de uma vida cristã mais intensa.

Falta também compreender que a Confissão não é uma “maquininha de perdoar pecados”, mas o encontro com Jesus ressuscitado que, cheio de misericórdia, acolhe a nossa fraqueza, restaura as nossas forças, purifica o nosso coração e nos dá forças para continuarmos a caminhar no seguimento de seus passos.

Falta, finalmente, promover a Confissão individual, falando dela ao povo cristão e dispondo-se a esse ministério. Um pastor dedicado sabe, sim, encontrar tempos e modos para comunicar a Vida divina a suas ovelhas por meio da Confissão individual. Não há tempo para tanta outra coisa menos importante?…

A Confissão individual é um dos melhores caminhos para se aproximar de Jesus e de caminhar com Ele. No dia em que a Igreja retomar com vigor essa praxe sacramental, sem dúvida, perceberemos como subiu o nível de qualidade da vida cristã. Sempre foi verdade que os Sacramentos da Penitência, juntamente com o da Eucaristia, são o termômetro da santidade de uma comunidade do Povo de Deus.

Dom Hilário Moser, SDB

 


Fonte: http://reporterdecristo.com/valorizar-a-confissao-individual



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