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Artigo N.º 7189 - O futuro da Igreja – Visões de Anna Catharina Emmerick - Parte 3
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Postado em: 29/01/11 às 01:11:45 por: James
Categoria: Profecias
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Continuação...

11. Visão da besta do mar e do Cordeiro de Deus. (Agosto a Outubro de 1820)

Esta visão, segundo diz Brentano em suas anotações, está cheia de interrupções, porque Ana Catarina via as coisas em tal forma que lhe era muito difícil descrevê-las depois ordenadamente. Nota também que a visão tem muitas formas de semelhança com as revelações de São João, que ela não tinha lido antes.


Vejo aos novos mártires, não de agora, senão de tempos futuros. Vejo sua aflição e vejo que se precipitam os fatos. Vi às sociedades secretas trabalhar e combater cada vez com maior intensidade para destruir à grande Igreja; e vi entre esta gente a um horrível animal, saído do mar (5).

O monstro tinha escamas como de peixe, juba como de um leão e muitas cabeças ao redor de uma maior do que as outras, arrepiada, formando uma coroa. Suas fauces eram grandes e vermelhas. Estava manchado como um tigre e andava confiadamente entre aqueles sectários destruidores. Muitas vezes estava no meio deles, enquanto trabalhavam, e também eles iam procurá-lo na caverna onde costumava esconder-se (G).

(G) Nos artigos sobre as trevas, mostramos também as visões de uma outra pessoa, que apontavam na mesma direção. Que a fera se esconde muito bem em algum subterrâneo, de onde maquina a destruição. Só os seus mais diretos colaboradores a visitam, entretanto não está longe o dia em que a apresentarão a mundo como salvador.


Enquanto estas coisas sucediam, vi aqui e lá, no mundo inteiro, muitos bons e piedosos homens, especialmente eclesiásticos, atormentados, encarcerados e oprimidos, e tive o sentimento interior de que um dia teria novos mártires. Quando a Igreja estava em grande parte destruída, de tal modo que não ficava mais do que o coro e o altar maior vi a estes destruidores, juntamente com a besta, entrarem na Igreja.

Ali encontraram a uma Senhora grande e magnífica, que parecia estar em fita, pois caminhava lentamente (6). Os inimigos ficaram muito admirados e espantados, e a besta não pôde dar um passo mais. Estendeu furiosamente o pescoço para a Senhora, como se quisesse engoli-la (7), mas ela se voltou e caiu prostrada sobre seu rosto.

Vi então à besta fugir de novo para o mar e aos inimigos correr, confundidos e desconcertados, atropelando-se uns a outros: porque vi que, em torno da Igreja, vinham desde longe e se aproximavam grandes círculos, na terra e no céu. O primeiro círculo estava formado de jovens e de donzelas; o segundo, de pessoas casadas de todos os estados, entre eles reis e rainhas; o terceiro, de pessoas pertencentes às ordens religiosas; o quarto, de guerreiros, adiante dos quais vi a um ginete sobre um cavalo branco (8). O último círculo estava composto de lavradores e gente da comarca, muitos deles assinalados com uma cruz vermelha na testa (9). Enquanto se acercavam, os prisioneiros e oprimidos foram liberados e se juntaram com eles.

(5) “E vi uma besta que subia do mar, a qual tinha sete cabeças e dez cornos, e sobre os cornos dez diademas e sobre as cabeças nomes de blasfêmias. E a besta que vi era semelhante a um leopardo e as patas como de urso e a boca como de leão” (Ap.13, 1-2).

(6) (Cfr. Ap.12, 1-2). (7) (Cfr. Ap. 12, 4). (8) (Cfr. Ap. 19, 11). (9) (Cfr. Ap. 7, 3).}

Os destruidores e conjurados foram jogados de todos os pontos, reunidos adiante daqueles círculos, e se encontravam, sem saber como, juntos num esquadrão, envolvidos em confusão e trevas. Não sabiam nem o que tinham feito nem o que deviam fazer e com a cabeça baixa se precipitaram uns contra outros, como os vejo fazer com freqüência. Quando todos estiveram reunidos confusamente, os vi abandonar a obra de destruição e perderem-se desorientados entre os diversos círculos (H).

(H) Não restam dúvidas de que uma nova Torre de Babel acontecerá. Eles hoje estão edificando este monstro em lugar da Igreja e é como a antiga Babel. No momento oportuno Deus semeará a discórdia no meio deles, de modo que não conseguirão concretizar seus maléficos objetivos.

Vi depois à Igreja, de novo, rapidamente restaurada, com maior esplendor que antes, pois as gentes de todos os círculos, de uma extremidade à outra do mundo, atingiam-se umas a outras as pedras para reedificá-la. Quando esses círculos se aproximavam, o primeiro ou o mais interno se colocava por trás dos outros. Parecia que se distribuíam entre eles as obras diversas de oração e como se o círculo dos guerreiros começasse obras de guerra.

Neste círculo me pareciam confundidos amigos e inimigos de todos os povos. Eram verdadeiros soldados de nossa espécie e cor. Este círculo, no entanto, não estava do tudo fechado, senão que para o Setentrião tinha uma mancha ampla e escura, como uma abertura, como um abismo. Este abismo se estendia para abaixo, nas trevas, precisamente como nos umbrais do Paraíso, naquele ponto onde Adão, arrojado, saiu afora.

Parecia-me como se lá abaixo se estendesse um escuro e tenebroso lugar. Vi como se porções deste círculo ficassem atrás e não quisessem avançar e estes se mantivessem estreitados entre si e tristes os rostos, olhando-se uns a outros. Em todos estes círculos vi a muitos que serão mártires de Jesus Cristo, já que tinha também muitos maus e por esta causa teria outra divisão.

 

Vi que a Igreja tinha sido do tudo restaurada, e sobre ela o Cordeiro de Deus, em cima do morro, e em torno dele, um círculo de virgens com palmas nas mãos, e os cinco círculos dos esquadros celestes, como os da terra. Os círculos celestes tinham avançado juntamente com os terrestres e faziam de comum acordo. Em torno do Cordeiro estavam as quatro imagens apocalípticas dos animais sagrados.


12. Vê as abominações da Franco Maçonaria. (10)

Esta igreja maldita é pura imundícia, é com origem nas trevas. Quase nenhum dos seus conhece as trevas nas quais trabalha (I). Tudo é nela vã escuridão; seus escarpados muros nada contêm; o altar que usam, é uma cadeira. Numa mesa há uma caveira coberta, entre duas luzes; às vezes a descobrem. Em suas “consagrações” usam de mulheres nuas. Aqui está o mal sem mistura de bem; esta é a comunhão da gente não santa. Eu não posso declarar com palavras quão abomináveis são, e quão perniciosos e vãos as tentativas desta associação, desconhecidos em grande parte por seus mesmos adeptos.


(I) Realmente hoje se sabe que são bem poucos os maçons e sabem, com toda profundidade, dos reais objetivos de sua entidade. Milhões de incautos são cooptados para a maçonaria, mas desconhecem o que está por trás disso, coisa somente permitida aos altos iniciados. É por isso que tantas pessoas defendem a maçonaria e pertencendo a ela se julgam no direito de permanecer católicos. São verdadeiros “bois de piranha”, pois no final o projeto prevê a eliminação destes, depois que a fera tiver alcançado o poder. Serão então mortos ou exilados.

Querem fazer-se todos um só corpo com algo que não é Jesus Cristo. Tendo eu apartado a um deles, encheram-se de furor contra mim. Quando a ciência se divorciou da fé, surgiu esta igreja sem Salvador, sem crença; esta comunhão de santos sem fé; esta anti-igreja, cujo centro é a maldade, o erro, a mentira, a hipocrisia, a fraqueza e a astúcia. Nasceu assim um corpo, uma comunidade fora do corpo de Jesus Cristo, ou seja, fora da Igreja; uma igreja falsa sem Salvador, cujo mistério é não ter mistério algum.

(10) O Papa Pio VII condenou a seita secreta dos Carbonários, nome com que se designavam os maçons “it alia” em setembro de 1821. (Permanece, pois em vigor a condenação dos católicos que se filiarem à maçonaria, e isso em todos os lugares do mundo).

Diferente em cada lugar, temporal, infinita, cortesã, egoísta, danosa e que apesar das obras boas de que se aprecia, conduz finalmente ao abismo da miséria. O maior perigo que oferece em sua aparente inocuidade. Em todas partes fazem e desejam coisas diferentes; em muitas fazem discretamente; em outras preparam ruínas sem que sejam conhecidos, senão de poucos, seus malvados planos. Assim coincidem todos com suas obras num centro que é o mau, e fazem e trabalham fora de Cristo, porque nele unicamente é santificada toda vida.


13. Os trabalhos das seitas. (Festa da Candelária)

Nestes dias vi muitas maravilhas da Igreja. A Igreja de São Pedro estava quase destruída pelas seitas; mas os trabalhos destas foram aniquilados e todos seus pertences, mantos e utensílios, queimados num lugar imundo pela mão do verdugo (J). Tinha ali cabelo de cavalo que exalava tal fedor, que me causou muito dano. Nesta visão se me apresentou a Mãe de Deus exercitando seu poder a favor da Igreja. Desde então minha devoção a Maria é cada vez maior.

tos sagrados de culto, está também relatada no livro O Eclipse do Sol. Quando tais fogueiras forem acesas, o cheiro de fumo atingirá aos céus, e isso acenderá p fogo da divina Ira. Neste momento acredito que mais de metade da humanidade irá perder a vida, e isso em poucos minutos.


(J) Este ato de queimar as nossas imagens e obje


14. Visão da época do Anticristo.


Depois de ter visto a cessação do santo sacrifício da Missa, na época do Anticristo (11), continuou narrando o seguinte:

 

 

 

Vi um grande quadro eclesiástico, mas não sou capaz de reproduzir todo o conjunto. Vi a Igreja de São Pedro e em torno dela muitos campos, jardins, vizinhanças e bosques. Vi muitas pessoas contemporâneas nossas de todas as partes do mundo e muitíssimas outras que conheço pessoalmente ou por meio das visões, que entravam na Igreja, e parte delas passeavam com indiferença indo a outros postos diversos. Tinha dentro uma grande solenidade e sobre ela se via uma nuvem luminosa da qual desciam apóstolos e bispos santos, que se reuniam em coro sobre o altar. Entre eles vi a Agustinho e Ambrosio e a todos aqueles que fizeram muito pela exaltação da Igreja. Tinha uma grande solenidade e se celebrou a Missa.

E eu vi no meio da igreja um grande Cristo aberto de cujo lado mais longo pendiam três selos; de cada um dos mais estreitos dois sós (12) estava aberto mais bem para a parte anterior da igreja, que no centro da mesma. Vi também em cima ao evangelista João e soube que eram as revelações que teve na ilha de Patmos. Aquele livro estava apoiado sobre um átrio no coro. Alguma coisa tinha tido lugar (13) antes que este livro tivesse sido aberto, mas esqueci o que foi. É uma verdade, lástima que aqui tenha um aviso em minha visão. O Papa não estava na igreja. Estava escondido. Creio que aquelas gentes que tinha na igreja não sabiam onde estava ele. Não sei já se ele estava em oração, ou tivesse morto.

(12) “Vi na mão direita do que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos”. (Ap. 5, 1)

(13) Este acontecimento, que lamenta não recordar, tivesse-nos dado uma pauta para interpretar alguns capítulos do Apocalipse.

Vi pelos demais que todas aquelas gentes tinham que pôr a mão sobre certa passagem no livro dos evangelhos, estes eram eclesiásticos ou leigos, e que entre muitos deles desceu uma luz, como um sinal que os santos apóstolos e bispos lhes participavam. Vi também que muitos faziam este ato superficialmente.

Fora da igreja vi aproximar-se a muitos judeus que queriam entrar, mas não o podiam fazer ainda (K). Ao fim chegou toda inteira a multidão que ao princípio não tinha podido entrar adentro. Era um povo inumerável (14). Então vi de improviso aquele livro ser tocado por um contato sobrenatural e fechar-se em seguida. Isto me fez lembrar como uma vez no convento, de noite, o demônio me apagou a luz e me fechou o livro.

(K) Isso aponta para a conversão do povo judeu que finalmente aceitará a Jesus como Messias, entretanto isso acontecerá somente depois daquele esperado episódio do encontro do cálice e da Missa do Calvário.

Em torno de ali, mas na distância vi uma horrível e sangrenta batalha e vi uma gigantesca luta do lado do Setentrião e do lado do Ocidente. Este foi um quadro grande e muito sério. Sinto ter esquecido aquele lugar do livro sobre o qual os homens deviam pôr os dedos.

15. Vê os estragos que causam os inimigos à Igreja e à futura restauração por meio de Maria. (Páscoa de 1820)


Quando Ana Catarina teve esta visão, o guia lhe disse que abarcava sete espaços determinados de tempo; não pôde depois, ao relatar, fixar os limites de cada tempo nem dizer qual desses tempos correspondiam a ditos acontecimentos.

 

 


Vi à terra como numa superfície redonda, coberta de escuridão e trevas. Tudo estava corrompido e a ponto de perecer. Isto o vi muito detalhadamente em todas as criaturas, nas árvores, nos arbustos, nas plantas, nas flores, nos campos. Parecia como se as águas dos ribeiros das fontes, rios e mares fossem sorvidas e voltassem a sua origem (L). Fui pela terra desolada e vi aos rios como linhas delgadas, aos mares como negros abismos no meio dos quais só tinha algumas grotas com água.

(L) Este fato é realmente espantoso e está relatado no artigo “O Caos”, que já está no site. Num determinado momento todos os elementos que compõe a natureza se irão desagregar, descumprindo a ordem natural. Isso virá para esmagar a ciência arrogante, para que entenda finalmente que existe um Senhor e Criador de tudo. Então sim, se verá sim, a água como que espirrando para fora da terra e subindo para as nuvens. E rios e lagos inteiros serão sugados num abrir e fechar de olhos. Um horror!

Tudo o demais era lodo espesso e escuro onde via toda sorte de animal monstruoso e peixes lutando com a morte. Vi tanta distância ao redor que pude distinguir com toda clareza as orlas do mar onde em outra ocasião eu tinha visto que São Clemente (15) foi submerso. Vi também lugares e multidão de gentes tristes e turvadas e muitas ruínas.

À medida que cresciam a secura e a desolação da terra, aumentavam-se as obras tenebrosas dos homens. Vi muitas maldades, em particular reconheci a Roma e vi a opressão que padecia a igreja e sua decadência no interno e no externo. Vi grandes exércitos que se dirigiam a um mesmo ponto desde várias regiões e todos estavam empenhados em lutas e batalhas. No meio deles vi uma grande mancha negra a maneira de um enorme buraco e em torno dele os combatentes eram cada vez menos, como se caíssem naquele abismo como se ninguém os visse cair.

(14) É um fato admitido que os judeus, constituídos já em nação reconhecerão finalmente que Jesus Cristo é finalmente Messias ao que desconheceram por tanto tempo e entrarão nas igrejas católicas. Alguns colocam este fato durante o tempo da pregação de Elias e Enoc. Entre outros muitos textos sobre a conversa dos judeus veja-se especialmente no Cap. 11 da Epístola de São Paulo aos Romanos.

(15) São Clemente I, romano, governou as igrejas por nove anos; foi martirizado no Quersoneso Taurico, precipitando-se no Mar Morto o ano 100.

Durante essa luta vi no meio de tanta ruína e corrupção a doze homens, em diferentes comarcas. Sem conhecer nem ter notícias os uns dos outros, receber como torrentes de água viva que deriva da vida eterna. Vi que todos eles trabalhavam no mesmo, em diferentes lugares e que não sabiam de onde lhes vinham os dons necessários, pois quando acabavam uma missão lhes encomendavam outra.

Eram doze e nenhum deles passava dos quarenta anos. Três eram sacerdotes e algum outro queria sê-lo. Vi também que algumas vezes eu tinha contato com algum deles, como se lhe conhecesse ou estivesse cerca dele. Em seus trajes não tinha nada de particular; cada um deles vestia segundo o uso atual de seu país. Vi que obtivessem de Deus o que se tinha perdido e como em todas as partes faziam o bem. Todos eram católicos.

No meio da tenebrosa corrupção vi falsos profetas e outras pessoas que trabalham contra os escritos destes doze apóstolos, os quais desapareciam com freqüência no meio do tumulto e depois saíam outra vez mais resplandecentes que antes. Vi umas mulheres que estavam como em êxtases e junto a elas homens que as magnetizavam (16). Elas prediziam o futuro; mas a mim me causava aversão e horror, pareceu-me ver aquela mulher de Münster e pensei dentro de mim, com inquietude que ao menos o pai Limberg, não estaria junto a elas.
Quando as filas dos que combatiam em torno daquele negro abismo se aclararam mais e mais, e no meio do combate desapareceu toda uma cidade, aqueles doze homens apóstolos aumentaram muito o número dos que brigavam a seu lado e desde a outra cidade (a verdadeira cidade de Deus, Roma) saiu um cone de luz que penetrou no escuro disco. Vi por acima da igreja, humilhada e menoscabada, uma formosíssima Senhora com um manto azul celeste muito estendido e com uma coroa de estrelas na cabeça.

Dela procedia a luz que penetrava cada vez mais na escuridão, e ali onde chegava essa luz, tudo era renovado e tudo voltava a prosperar. Os novos apóstolos entraram todos naquela luz. Eu cria ter visto a mim mesma com outros a quem conhecia, que estávamos diante, no alto. Numa grande cidade vi uma igreja, a menor entre outras, que chegava a ser a primeira. Os novos apóstolos foram alumiados pela luz. Creio ter visto com eles à cabeça, a outros que não conheço.

Tudo voltou a florescer de novo. Vi um novo Papa muito severo. O abismo se fazia cada vez mais estreito: fez-se tão pequeno que podia ser coberto com um balde de água. Finalmente vi três exércitos ou comunidades que se uniam à luz (M). Tinha entre eles pessoas boas e ilustradas, as quais entraram na igreja. Tudo se tinha renovado e estava florescente. Vi que se edificaram igrejas e mosteiros.

(M) Para mim isso significa finalmente a união das três grandes Igrejas, a Católica a Ortodoxa e a Protestante, que se vergarão unidas diante de Jesus que chega, para for um só rebanho e um só pastor.

Durante aquela tenebrosa aridez, fui transportada a um prado cheio de verdor e de cândidas flores que outras vezes tinha tido que recordar depois. Encontrei um valado de espinhas, com o qual me tinha lacerado e arranhado muito durante aqueles tempos ocorridos. Agora estava tudo florido e penetrei nele alegremente.


16. As chagas do Senhor derramam bênçãos sobre a Igreja e o mundo.

O arcanjo São Miguel desceu da igreja e vi sobre ela, no céu, uma grande cruz luminosa, da qual pendia o Salvador. De suas chagas desciam sobre o mundo faixas de luz que se difundiam por toda parte. As chagas eram vermelhas e como brilhantes portas, e o centro delas, dourado como o sol. Não levava a coroa de espinhas, mas das feridas de sua cabeça saíam raios horizontais de luz que alumiavam o mundo. Os raios que saíam das mãos e dos pés eram como o arco íris e se dividiam em raios muito finos, e, muitos, iam alumiar aldeias, cidades e casas pelo mundo inteiro.

Vi estes raios em muitos lugares ao mesmo tempo, perto e longe, descer sobre toda classe de moribundos e atrair com violência às almas, as quais, por um destas cores do arco íris, corriam-se para as chagas do Salvador. Os raios da ferida do custado desciam sobre a igreja que estava embaixo, como uma torrente larga e caudalosa. Desta sorte resplandecia a igreja e por este torrente de luz entravam a maior parte das almas no Senhor (N).

(N) Certamente aqui se pode entender a verdadeira avalanche de almas que na última década entrou no Céu, tendo em vista as orações e também ao nosso Movimento, especialmente formado por Deus para este fim. De fato, elas têm subido diariamente aos céus em verdadeiras torrentes.

Vi oscilar no céu um coração vermelho e brilhante unido com a cruz por uma faixa luminosa que dele saía para a ferida do custado do Salvador. Outra faixa luminosa, que partia também do coração, estendia-se sobre a igreja e sobre muitas comarcas. Estes raios de luz atraíam a muitas almas ao coração e passando através dele iam pela faixa de luz que o unia com a cruz e entravam no custado de Jesus. Se me disse que este coração era o de Maria.

Além dos raios luminosos, pendiam das chagas umas escalas, algumas das quais não chegavam a terra. Estas escalas eram umas trinta, diferentes todas entre si: tinha-as largas e estreitas, umas com degraus juntos e outras com degraus separados, umas isoladas, outras juntas e agrupadas. Suas cores eram os mesmos do lugar de purificação, escuros, claros, cinzas, cada vez mais vivos à medida que se subia nelas.

Por estas escalas vi subir trabalhosamente a muitas almas. Umas iam rapidamente, como se tivesse quem as ajudasse a estar com firmeza; outras se empurravam umas a outras e caíam nos degraus inferiores; algumas caíam na escuridão mais profunda. Aquela trabalhosa subida parecia mais comovedora quando se a comparava com a alegre entrada das que eram atraídas a modo de absorção. As que subiam sem retroceder com passo firme parecia que estavam mais unidas com a igreja que com as outras que se detinham ou esperavam ou ficavam sós.

Por trás da cruz, muito adentro, lá no céu, vi muitas imagens da obra da Redenção no caminho da divina graça, através da história do mundo até seu cumprimento na Redenção. Eu não me detive em nenhum ponto; percorri a faixa luminosa vendo-a toda.

17. Vê a proximidade do reino de Deus.

Quando teve cessado o combate na terra, a igreja e o anjo se tornaram brancos e resplandecentes, e o anjo desapareceu. Também desapareceu a cruz, e no lugar que ela ocupava apareceu uma Senhora alta e resplandecente, em cima da igreja, estendendo sobre ela seu dourado e brilhante manto. Embaixo na igreja se ouviram vozes de mútua humilhação e reconciliação.

 

Vi então os bispos e pastores acercar-se e mudar seus livros (mudar sua doutrina, sua falsa teologia). As seitas reconheceram à igreja por sua admirável vitória e pela luz da revelação que tinham visto resplandecer nela. Quando vi essa união, senti profundamente a proximidade do reino de Deus. Vi um resplendor e uma vida superior em toda a natureza e um santo impulsiono em todos os homens, como quando se aproximava o nascimento de Jesus, e de tal maneira senti a proximidade do reino de Deus, que me vi obrigada a sair a seu encontro. (Nesta parte da visão, orava em alta voz).

Da vinda de Maria tive um vivíssimo pressentimento. Vi a sua estirpe enobrecer-se à medida que se ia acercando a esta flor. Vi a Virgem Maria: como a vi, não poderia dizê-lo. Da mesma maneira sinto a proximidade do reino de Deus. Só posso comparar aquele sentir com este modo de ver. O reino de Deus o vi acercar-se e se cumprindo o anseio de muitos fiéis atraídos pela fé humilde e o ardentíssimo amor.

Vi aparecer na terra muitos rebanhos pequenos e luminosos de cordeiros, apascentados por pastores; vi que estes eram verdadeiros pastores daquele que, como Cordeiro, deu seu sangue por nós; e vi que um amor infinito e uma virtude divina reinava entre os homens. Perto de mim vi pastores, de quem eu sabia que não pensavam em nada disto, e desejei vivamente que acordassem de seu sonho.


18. Vê a Igreja de Roma. (27 de Dezembro de 1820)

Vejo à Igreja Romana resplandecente como o sol. Dela saíam raios a torrentes que se dilatavam pelo mundo inteiro. Foi-me dito que isto se referia à revelação de São João, mediante os quais alguns cristãos deviam receber parte dessa luz e que esta recairia por inteiro a favor da igreja. Vi a respeito disto um quadro muito preciso, mas não o posso expressar com palavras.

 

19. Vê à Igreja depois do combate.


Vi à igreja depois do anterior combate resplandecente como o sol. Nela se celebrava uma grande solenidade e vi que entravam muitas procissões. Vi um novo Papa muito severo e rigoroso. Antes de começar a festa tinha despedido a muitos bispos e pastores, porque eram maus. Vi que coincidiram à celebração desta festa os santos Apóstolos especialmente.

Então vi muito próximo o cumprimento destas palavras: “Senhor, vinga a nos o teu reino”. Aprecia-me ver descer do alto, luminosos jardins celestiais e unir-se com lugares inflamados da terra e tudo ali submergir-se na luz primitiva. Os inimigos, que tinham fugido do combate, não foram perseguidos, mas se dispersaram.


20. Visão da Jerusalém celestial.

Vi nas brilhantes ruas da cidade de Deus muitos palácios e jardins resplandecentes, nos quais tinha inumeráveis coortes de santos, que discorriam louvando a Deus e derramando suas graças sobre os homens. Na celestial Jerusalém não há nenhuma igreja: o mesmo Cristo é a igreja. Maria reina na cidade de Deus, e sobre ela estão Cristo e a Santíssima Trinidad. Desde Ela desce sobre Maria celestial orvalho, que se difunde sobre toda a santa cidade.

Vi embaixo da cidade de Deus, à igreja de São Pedro e me regozijei porque, apesar da negligência dos homens ela recebe sempre do céu a verdadeira luz. Vi os caminhos que vão à Jerusalém celestial e aos santos pastores que conduziam a ela às melhores almas de seu rebanho. Estes caminhos não estavam muito cheios.

Vi também o caminho por onde eu tenho de ir à cidade de Deus, e vi, como desde o centro de um amplo círculo, a todos aqueles a quem de algum modo tinha eu ajudado. Vi a todos os meninos e aos pobres a quem tinha cozido algum vestido e me admirei e me alegrei especialmente ao ver as diversas maneiras em que os tinha cortado.

Depois vi todas as cenas de minha vida em que tinha sido útil a algum, já com meu exemplo, ou com auxílios, orações e trabalhos. Vi o proveito que de aqui se tinha seguido em forma de jardins nascidos de minhas próprias obras. Estes jardins tinham sido cultivados de diferente modo por seus diferentes modos; alguns os tinham deixado perder-se. Vi que sorte coube a cada uma daquelas almas em quem eu tinha causado alguma impressão.

Comentário final:

Lendo o relato destas visões, tenho a certeza de que Ana Catarina Emmerich é tão perseguida e odiada, até por gente que se diz católico, porque na verdade ela incomoda muito ao demônio. De fato, ele não quer que o mundo saiba da vitória da Igreja e da mudança radical que haverá na terra, depois que ele for expulso daqui, e para sempre.


Estas visões tidas há quase dois séculos, compõem um dos mais claros exemplos da ação de Deus em favor dos homens. Isso porque através delas nos é dado saber um pouco do futuro esplendor da Igreja católica, depois que Deus tiver submetido aos pés de Jesus todos os poderes que ousaram algum dia desafiá-la. Porque é eterna a frase:as portas do inferno não irão prevalecer contra ela.




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