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Artigo N.º 1241 - GRITOS DAS TREVAS (Parte 12)
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Postado em: 22/03/09 às 22:48:43 por: James
Categoria: Livro Aberto
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GRITOS DAS TREVAS (12)
(02/06/2003)

Para complementar os textos relativos aos exorcismos, nada melhor que trazer uma autoridade de peso máximo neste assunto. Trata-se de uma entrevista com o Padre Gabriele Amorth, um conhecidíssimo exorcista do Vaticano, retirada do site: http://www.lepanto.org.br/patroc.html. Neste texto, o leitor poderá sentir o motivo pelo qual estas matérias versando sobre o inferno e sobre o poder das trevas não mais chegam ao conhecimento do povo, pois há por trás um terrível esforço do inferno em evitar que sejamos esclarecidos. Estas forças – é obvio – não são movidas por demônios invisíveis somente, mas por seus tentáculos na terra, pessoas que já se entregaram ao domínio das trevas. Elas tentam minimizar a ação do maldito anjo do mal, inclusive destruindo a formula milenar de exorcismo, aprovada pela Igreja, colocando em seu lugar uma fórmula inócua e até ridícula.


Nos anos que passaram, tenho lido diferentes entrevistas deste sacerdote, e senti o quanto ele é atacado, ridicularizado e perseguido por aquela mesma claque maldita de certos cardeais, que se encastelaram nas altas esferas do Vaticano, e que tem um só objetivo em mente: Destruir a Igreja Católica e – pasmem – fazer reinar Lúcifer em lugar de Deus. Eis que fazem de tudo, para que as coisas de Lúcifer fiquem escondidas. Não acredite, pois, em qualquer pessoa que combata ou rejeite um verdadeiro exorcista, porque este é um declarado agente de satanás encastelado na Igreja. Tudo o que esta gente quer é fazer crer que o demônio não existe, para deixa-lo assim agir livremente em sua ânsia de destruir a humanidade. Se na Bíblia, segundo consta, existem ao todo 79 citações sobre o demônio, e destas 19 são feitas pelo próprio Jesus nos Evangelhos, temos que acreditar no Papa que, há poucos dias disse numa entrevista: Quem nega a existência do demônio, é um herege! E mais, mil vezes pior do que ver em tudo a ação do demônio é não a ver mais em nada.

Segue, então, a entrevista na íntegra, por gentileza de envio do amigo Cezar.

A FUMAÇA DE SATANÁS NA CASA DO SENHOR
(Entrevista com o Pe. exorcista Gabriele Amorth)

*** A fumaça de Satanás na casa do Senhor ***

Passaram-se 29 anos desde aquele 29 de junho de 1972. Era a festa de São Pedro, príncipe dos apóstolos, aquele que trouxe o Evangelho de Cristo até o extremo Ocidente. E naquele 29 de junho, festa dos santos protetores de Roma, o sucessor de Pedro que assumira nome de Paulo lançou um dramático alerta. Paulo VI falou do inimigo de Deus por antonomásia, daquele inimigo do homem que se chama Satanás. O inimigo da Igreja. “Através de algumas fissuras”, denunciou Paulo VI, “a fumaça de Satanás entrou na Igreja”. Um grito angustiado, que deixou muita gente surpresa e escandalizada, mesmo dentro do mundo católico.

E hoje, 29 anos depois? Aquela fumaça foi afastada, ou invadiu outros cômodos? Fomos perguntar a uma pessoa que lida todos os dias com Satanás e suas astúcias. Quase como profissão. É o exorcista mais famoso do mundo: padre Gabriele Amorth, fundador e presidente Ad Honorem da Associação Internacional dos Exorcistas. Fomos falar também com ele porque há algumas semanas atrás, dia 15 de maio foi aprovada pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) a tradução italiana do novo Ritual dos Exorcismos. Para entrar em uso, espera somente o placet da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

— Padre Amorth, finalmente está pronta a tradução italiana do novo Ritual para os Exorcistas.
Gabriele Amorth — Sim, está pronta. No ano passado a Conferência Episcopal Italiana recusou-se a aprová-la porque havia erros na tradução do latim. E nós, exorcistas, que temos de utilizá-la, aproveitamos para assinalar mais uma vez que não concordamos com muitos pontos do novo Ritual. O texto básico em latim, nesta tradução, continua inalterado. E um Ritual tão esperado, no fim, torna-se um blefe. Uma “amarra” inacreditável, que pode impedir o nosso trabalho contra o demônio.

— É uma acusação muito grave. A que o senhor se refere?
— Dou apenas dois exemplos. Bem evidentes. No ponto número 15, fala-se de malefícios e sobre a maneira de se comportar diante deles. O malefício é um mal causado a uma pessoa recorrendo ao diabo. E pode ser feito de várias formas, com trabalhos, maldições, maus-olhados, vodu e macumba. O Ritual Romano explicava como enfrentá-lo. O Novo Ritual, por sua vez, afirma categoricamente que há proibição absoluta de fazer exorcismo nestes casos. Absurdo. Os malefícios são na grande maioria das vezes a causa mais freqüente das possessões e dos males causados pelo demônio: nada menos de 90% das vezes. É como dizer aos exorcistas que não ajam mais. Já o ponto 16 afirma solenemente que não se deve fazer exorcismos se não se tem a certeza da presença diabólica. É uma obra-prima da incompetência: a certeza de que o demônio está presente em uma pessoa só pode ser obtida fazendo o exorcismo. E tem mais: os redatores não se deram conta de que contradiziam, em ambos os pontos, o Catecismo da Igreja Católica, que indica a realização do exorcismo tanto no caso das possessões diabólicas quanto no dos males causados pelo demônio. Da mesma forma como indica que deve ser feito tanto nas pessoas quanto nas coisas. E nas coisas nunca há a presença do demônio,
há apenas a sua influência. As afirmações presentes no Novo Ritual são muito graves e prejudiciais, fruto de ignorância e inexperiência.

— Mas não foi redigido por especialistas?
— Não, absolutamente. Nestes dez anos, duas comissões trabalharam no texto do Ritual: a composta por cardeais, que organizou os Prenotanda, ou seja, as disposições iniciais, e a comissão que organizou as orações. E posso afirmar com certeza que nenhum dos membros das duas comissões jamais fez exorcismo nem assistiu a exorcismos, assim como não tem a menor idéia de como sejam os exorcismos. Esse é o erro, o pecado original, desse Ritual. Nenhum dos colaboradores que participaram era especialista em exorcismos.

— E como isso é possível?
— Não pergunte para mim. Durante o Concílio Ecumênico Vaticano II cada comissão tinha a colaboração de um grupo de especialistas que ajudavam os bispos. E este costume se manteve também depois do Concílio, todas as vezes que foram feitas alterações no Ritual. Mas não neste caso. E se há um assunto sobre o qual há a necessidade de especialistas, é esse.

— E como foi neste caso?
— Neste caso nós, exorcistas, não fomos jamais consultados. E as sugestões que fizemos também foram recebidas de má-vontade pelas comissões. A história é paradoxal. Posso contá-la?

— Claro.
— À medida que, como solicitara o Concílio Vaticano II, as várias partes do Ritual Romano eram revistas, nós, exorcistas, esperávamos que fosse tratado também o título XII, isto é, o Ritual dos Exorcismos. Mas evidentemente não era considerado um assunto importante, já que passavam os anos e não acontecia nada. Depois, inesperadamente, em 4 de julho de 1990, saiu o Ritual ad interim, experimental. Para nós foi uma verdadeira surpresa, pois nunca tínhamos sido consultados antes. Embora tivéssemos já há muito tempo, feito alguns pedidos, em vista de uma revisão do Ritual. Entre outras coisas, solicitávamos: retoques nas orações, acrescentando invocações a Nossa Senhora que faltavam completamente, e um aumento das orações especificamente exorcistas. Mas fomos completamente excluídos da possibilidade de dar qualquer contribuição. Não nos desencorajamos: o texto era feito para nós. E dado que na carta de apresentação o então Prefeito da Congregação para o Culto Divino, cardeal Eduardo Martinez Somalo solicitava às conferências episcopais que enviassem, no prazo de dois anos, “conselhos, sugestões dadas pelos sacerdotes que utilizarão este texto”, começamos a trabalhar. Reuni dezoito exorcistas escolhidos entre os maiores especialistas do planeta. Examinamos o texto com muita atenção. Utilizamo-lo. Logo elogiamos a primeira parte, na qual estavam resumidos os fundamentos evangélicos do exorcismo. É o aspecto bíblico-teológico, no qual certamente não falta competência. Era uma parte nova, com relação ao Ritual de 1614, composta sob o papado de Paulo V: de resto, na época, não havia necessidade de lembrar destes princípios, que eram reconhecidos e aceitos por todo mundo. Hoje, ao contrário, é indispensável lembrá-los. Mas quando examinamos a parte prática, que requer o conhecimento específico do assunto, percebe-se claramente a total inexperiência dos redatores. As nossas observações foram eloqüentes, artigo por artigo, e enviamos a todos os interessados: a Congregação para o Culto Divino, a Congregação para a Doutrina da Fé, as Conferências Episcopais. Também foi entregue uma cópia diretamente nas mãos do Papa.

— E essas observações, como foram acolhidas?
— Péssima acolhida, nenhuma eficácia. Tínhamos nos inspirado na Lúmen gentium, na qual a Igreja é descrita como um “Povo de Deus”. No número 28, fala-se da colaboração dos sacerdotes com os bispos, e no número 37 é dito com clareza, chegando até mesmo a referir-se aos leigos, que “segundo a ciência, a competência e o prestígio de que gozam, têm a faculdade, aliás, algumas vezes até mesmo o dever, de apresentar o seu parecer sobre coisas atinentes ao bem da Igreja”. Era exatamente o nosso caso. Mas tínhamos nos iludido, ingenuamente, de que as disposições do Vaticano II tivessem chegado às congregações romanas. Em vez disso, tínhamos nos visto diante de uma muralha de recusa e desprezo. O Secretário da Congregação para o Culto Divino fez um relatório à comissão cardinalícia no qual dizia que seus únicos interlocutores eram os bispos, e não os sacerdotes ou os exorcistas. E acrescentava textualmente, a propósito da nossa humilde tentativa de ajuda como especialistas que expressam seu parecer: “Tivemos de constatar o fenômeno de um grupo de exorcistas e chamados demonólogos, reunidos em uma Associação Internacional, que orquestravam uma campanha contra o rito”. Uma acusação indecente: nós jamais orquestramos nenhuma campanha! O Ritual era dirigido a nós, e nas comissões não tinham convocado nenhuma pessoa competente; era mais do que lógico que tentássemos dar a nossa contribuição.

— Mas então quer dizer que para vocês o Novo Ritual não pode ser utilizado na luta contra o demônio?
— Sim, queriam nos entregar uma espada sem fio. Foram cancelados as orações eficazes, orações com 12 séculos de história, e foram criadas novas, ineficazes. Mas, felizmente, foi-nos dada na última hora uma possibilidade de salvação.

— Qual?
— O novo Prefeito da Congregação para o Culto Divino, o cardeal Jorge Medina, acrescentou ao Ritual uma Notificação. Na qual se afirma que os exorcistas não são obrigados a usar esse Ritual, mas, se quiserem, podem utilizar ainda o antigo, com prévia solicitação ao bispo. Os bispos, por sua vez, devem pedir a autorização à Congregação, que, porém, como escreve o cardeal, “concede-a sem problemas”.

— “Concede-a sem problemas”? É uma concessão bem estranha...
— Quer saber de onde nasce? De uma tentativa feita pelo cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, e pelo próprio cardeal Medina, de introduzir no Ritual um artigo — na época o artigo 38 — em que autorizavam os exorcistas a usarem o Ritual precedente. Sem dúvida, tratava-se de uma manobra in extremis para que pudéssemos evitar os grandes erros que existem neste Ritual definitivo. Mas a tentativa dos dois cardeais foi reprovada. Então o cardeal Medina, que compreendera o que estava em jogo, decidiu dar-nos de algum modo uma possibilidade de salvação, acrescentando uma notificação à parte.

— Como vocês, exorcistas, são considerados dentro da Igreja?
— Somos tratados muito mal. Os irmãos sacerdotes encarregados desta delicadíssima tarefa são vistos como loucos, como exaltados. Geralmente são apenas tolerados pelos próprios bispos que os nomearam.

— Que fato mais evidenciou essa hostilidade?
— Quando fizemos uma convenção internacional de exorcistas nos arredores de Roma. Na ocasião pedimos para ser recebidos pelo Papa. Para poupar-lhe uma nova audiência, além das tantas que já tem, pedimos simplesmente que fôssemos recebidos na audiência pública das quartas-feiras, na Praça São Pedro. E sem a necessidade de sermos citados nas saudações. Fizemos o pedido regularmente, como recordará perfeitamente monsenhor Paolo de Nicolò, da Prefeitura da Casa Pontifícia, que recebeu nosso pedido de braços abertos. Porém, um dia antes da audiência o próprio monsenhor Nicolò nos disse — na verdade com muito embaraço, o que nos fez ver que a decisão não dependia dele — que não fôssemos à audiência, que não tínhamos sido admitidos. Inacreditável: 150 exorcistas provenientes dos cinco continentes, sacerdotes nomeados pelos seus bispos em conformidade com as normas do direito canônico, que requerem padres de oração, de ciência e de boa fama — portanto a nata do clero —, pedem para participar de uma audiência pública com o Papa e são postos para fora. Monsenhor Nicolò me disse: “Naturalmente, prometo-lhe que logo enviarei a carta com os motivos”. Passaram-se cinco anos e ainda espero por aquela carta. Certamente não foi João Paulo II quem nos excluiu. Mas que seja proibido a 150 sacerdotes de participarem a uma audiência pública com o Papa na Praça São Pedro explica o quanto os exorcistas da sua Igreja sofrem oposição, o quanto são malvistos por muitas autoridades eclesiásticas.

— O senhor combate o demônio cotidianamente. Qual é o maior triunfo de Satanás?
— Conseguir fazer acreditar que ele não existe. E quase conseguiu. Mesmo dentro da Igreja. Temos um clero e um episcopado que não acreditam mais no demônio, nos exorcismos, nos extraordinários males que o diabo pode causar, e nem mesmo no poder concedido por Jesus de expulsar os demônios. Há três séculos a Igreja latina — ao contrário da Igreja ortodoxa e de várias confissões protestantes — abandonou quase completamente o ministério exorcista. Não praticando mais exorcismos, não os estudando mais e nunca os tendo visto, o clero não crê mais. E não crê mais nem mesmo no diabo. Temos episcopados inteiros contrários ao exorcismo. Há nações completamente privadas de exorcistas, como a Alemanha, a Áustria, a Suíça, a Espanha e Portugal. Uma carência assustadora.

— O senhor não citou a França. Lá a situação é diferente?
— Há um livro escrito pelo exorcista mais conhecido da França, Isidoro Froc, com o titulo: Os exorcistas, quem são e o que fazem. Foi escrito a pedido da Conferência Episcopal Francesa. Em todo livro não é dito nem uma vez que os exorcistas, em certos casos, fazem exorcismos. E o autor já declarou várias vezes na televisão francesa que nunca fez exorcismos e nunca os fará. Dos quase cem exorcistas franceses, somente cinco acreditam no demônio e fazem exorcismos, todo os outros mandam os que apelam a eles aos psiquiatras. E os bispos são as primeiras vítimas desta situação da Igreja Católica, na qual está desaparecendo a crença na existência do demônio. Antes que saísse esse novo Ritual, o episcopado alemão escrevera uma carta ao cardeal Ratzinger na qual afirmava que não era necessário um novo Ritual, pois não se devem mais fazer exorcismos.

— É tarefa dos bispos nomear os exorcistas?
— Sim. Quando um sacerdote é nomeado bispo, encontra-se diante de um artigo do Código de Direito Canônico que lhe dá autoridade absoluta para nomear os exorcistas. A qualquer bispo, o mínimo que se deve pedir é que tenha assistido pelo menos uma vez a um exorcismo, já que deve tomar uma decisão tão importante. Infelizmente isso quase nunca acontece. Mas se um bispo encontra-se diante de um sério pedido de exorcismo — isto é, que não seja feito por um demente — e não o providencia, comete um pecado mortal.

— O senhor está dizendo que a maior parte dos bispos católicos comete pecado mortal?
— Quando eu era criança meu velho pároco me ensinava que os sacramentos são oito: o oitavo é a ignorância. E o oitavo sacramento salva mais do que os sete juntos. Para cometer pecado mortal é preciso uma matéria grave, mas também a plena advertência e o deliberado consenso. Esta omissão de ajuda por parte de muitos bispos é matéria grave. Mas esses bispos são ignorantes: portanto não há o deliberado consenso e a plena advertência.

— Mas a fé continua intacta, isto é, continua a ser uma fé católica, se a pessoa não crê na existência de Satanás?
— Não. Conto-lhe um episódio. Quando encontrei pela primeira vez o padre Pellegrino Ernetti, um célebre exorcista, que exerceu o seu ofício por 40 anos em Veneza, disse-lhe: “Se pudesse falar com o Papa, eu lhe diria que encontro muitos bispos que não acreditam no demônio”. No dia seguinte, o padre Ernetti veio falar comigo e contou-me que naquela manhã tinha sido recebido por João Paulo II. Santidade”, dissera-lhe, “há um exorcista aqui em Roma, padre Amorth, que se viesse falar com o senhor diria que há muitos bispos que não crêem no demônio”. O Papa respondeu-lhe claramente: “Quem não crê no demônio não crê no Evangelho”. Eis a resposta que ele deu e que eu repito.

— Explique-me: a conseqüência é que muitos bispos e muitos padres não seriam católicos?
— Digamos que não crêem em uma verdade evangélica. Portanto, no mínimo, eu lhes diria que deixassem de propagar uma heresia. De qualquer modo, deixemos claro: uma pessoa pode ser formalmente herética se for acusada de alguma coisa e se persistir no erro. Mas ninguém, hoje, pela situação que existe na Igreja, acusaria um bispo de não acreditar no diabo, nas possessões do demônio, e que não nomeia exorcistas, pois não acredita nisso. Mesmo assim eu poderia citar muitos nomes de bispos e cardeais que logo depois da sua nomeação para uma diocese tiraram de seus exorcistas a faculdade de exercer o ofício. Ou então de bispos que afirmam abertamente: “Eu não acredito, são coisas do passado”. Por quê? Infelizmente houve muita influência de alguns biblistas, e eu poderia citar-lhe nomes ilustres. Nós que diariamente tocamos com nossas próprias mãos o mundo do além sabemos que influenciou em muitas reformas litúrgicas.

— Por exemplo?
— O Concílio Vaticano II solicitara a revisão de alguns textos. Desobedecendo a essa ordem, decidiu-se refazê-los completamente. Sem pensar que se poderia piorar as coisas em vez de melhorá-las. E muitos ritos foram piorados por esta mania de querer jogar fora tudo o que havia no passado, e refazer tudo do início, como se a Igreja até hoje tivesse sempre nos enganado e só agora tivesse chegado o tempo dos grandes gênios, dos super-teólogos, dos super-biblistas, dos super-liturgistas que sabem dar à Igreja as coisas certas. É uma mentira: o último Concílio solicitara simplesmente a revisão daqueles textos, não a destruição. Mas também o rito do batismo das crianças foi piorado. Foi completamente alterado, chegando quase a se eliminar o exorcismo contra Satanás, que teve sempre enorme importância para a Igreja, tanto que era chamado de exorcismo menor. Contra este novo rito até Paulo VI protestou publicamente. Foi piorado o rito da nova bênção. Li minuciosamente todas as suas 1.200 páginas. Pois bem, foi meticulosamente eliminada toda a referência ao fato de que o Senhor nos deve proteger de Satanás, de que os anjos nos protegem dos assaltos do demônio. Tiraram também todas as orações que havia para a bênção das casas e das escolas. Tudo devia ser abençoado e protegido, mas hoje não se protege mais do demônio. Não existem mais defesas e nem mesmo orações contra ele. O próprio Jesus tinha nos ensinado uma oração de libertação no Pai Nosso: “Livrai-nos do Maligno. Livrai-nos da pessoa de Satanás”. Em italiano (e em português, n. d. t.) foi traduzida de modo errôneo, e agora se reza dizendo: “Livrai-nos do mal”. Fala-se de um mal genérico, do qual, no fundo, não se sabe a origem; ao contrário, o mal que Nosso Senhor Jesus Cristo tinha-nos ensinado a combater é uma pessoa concreta: é Satanás.

— O senhor tem um observatório privilegiado: acredita que o satanismo esteja se difundindo?
— Sim, muito. Quando diminui a fé aumenta a superstição. Usando a linguagem bíblica, posso dizer que se abandona a Deus para se dedicar à idolatria; usando a linguagem moderna, abandona-se a Deus para se dedicar ao ocultismo. A assustadora diminuição da fé em toda a Europa católica faz com que as pessoas se entreguem nas mãos de magos e cartomantes, enquanto prosperam as seitas satânicas. O culto do demônio é celebrado para as grandes massas com o rock satânico de personagens como Marilyn Manson, e até as crianças são soterradas de revistas em quadrinhos que ensinam magias e satanismo. As sessões espíritas nas quais se evocam mortos para obter respostas são muito populares. Hoje se ensina a fazer sessões espíritas pelo computador, pelo telefone, pela televisão, com o gravador, mas principalmente com a escritura automática. Nem se precisa mais do médium: é um espiritismo “faça você mesmo”. Segundo as pesquisas, 37% dos estudantes participou pelo menos uma vez do jogo do “cartaz” ou do copo, que é uma verdadeira sessão espírita. Numa escola a que fui convidado para fazer uma conferência, os jovens disseram que faziam as sessões durante a aula de religião com a conivência do professor.

— E funcionam?
— Não existe distinção entre magia branca e magia negra. Quando a magia funciona, é sempre obra do demônio. Todas as formas de ocultismo, como este grande recurso às religiões do Oriente, com suas sugestões esotéricas, são portas abertas para o demônio. E o diabo entra. Logo.

— Padre Amorth, o satanismo se difunde cada vez mais. O Novo Ritual praticamente impede os exorcismos. Os exorcistas são impedidos de participarem a uma audiência com o Papa na Praça São Pedro. Sinceramente, o que está acontecendo?
— A fumaça de Satanás entra por tudo. Por tudo! Talvez tenham nos excluído da audiência com o Papa porque tinham medo de que a presença de tantos exorcistas conseguisse expulsar as legiões de demônios que se instalaram no Vaticano.

— O senhor está brincando, não é?
— Pode parecer uma brincadeira, mas acredito que não seja. Não tenho a menor dúvida de que o demônio tenta principalmente as cúpulas da Igreja, assim como tenta todas as cúpulas, tanto as políticas quanto as industriais.

— O senhor está dizendo que neste caso também, como em todas as guerras, Satanás quer conquistar a fortaleza do inimigo, e aprisionar os generais adversários?
— É uma estratégia vencedora. Tenta-se sempre levá-la a cabo. Principalmente quando as defesas do adversário são frágeis. E Satanás também tenta. Mas graças aos céus existe o Espírito Santo que sustenta a Igreja: “As portas do inferno não prevalecerão”. Apesar das deserções. E apesar das traições. Que não devem admirar. O primeiro traidor foi um dos apóstolos mais próximos de Jesus: Judas Iscariotes. Mas apesar disso a Igreja continua no seu caminho. Mantém-se em pé com o sustento do Espírito Santo, e, portanto todas as lutas de Satanás só podem ter resultados parciais. Claro, o demônio pode vencer batalhas. Mas nunca a guerra.

Claro como a luz do sol, não precisa mais comentários. Por esta entrevista, fica muito claro que os adversários de Deus já caminharam um longo passo. O “cavalo de Tróia” atual, não só entrou uma vez na Igreja, carregado de inimigos, mas agora entra e sai a bel prazer, trazendo sempre novos, que apostatam da fé, e passam a ser nossos ferozes combatentes. De todos os lados, agora surgem estes combatentes das trevas. Há séculos foram anunciados por Deus, mas ninguém acredita.

São estes, meus caros leitores, os nossos algozes de amanhã. Num dia, que está muito próximo de chegar, se cumprirá na essência aquela palavra de Jesus que está em João 16,1: Expulsar-vos-ão das sinagogas (igrejas) e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida, julgará prestar culto a Deus. Pois eu lhes digo, é desta gente que se deve esperar tais atitudes. Hoje, eles já nos expulsam das igrejas com suas esbórnias, sua falsa doutrina e seu falso cristo. Amanhã, eles empunharão em armas reais, e nos matarão fisicamente, em nome deste deus pessoal que inventaram. Não espere a grande perseguição, como vinda apenas dos inimigos declarados de Deus, mas sim dos camuflados, dos escondidos dentro das hostes santas, que então se manifestarão abertamente. Aguarde a loucura!

Enquanto isso e até lá, rezemos! Só a oração nos dará fortaleza para vencer!

Apeguemo-nos no Rosário em família! Ele é a arma invencível!

Aarão!


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