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Artigo N.º 7063 - Parábola da Grande Imagem
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Visto: 5852
Postado em: 10/01/11 às 12:41:31 por: James
Categoria: Parábolas e Histórias
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(Dn 2:31-45)

Esse notável capítulo, pleno de importância profética e histórica, tem duas nítidas divisões, a saber:


• a revelação da imagem (31-36);

• a interpretação da imagem (37-45).

Não raro, os homens resolutos, que impiedosamente atingem os píncaros do poder, são acometidos de insônia —e Nabucodonosor não era exceção. Agitado, sonhou; mas, ao acordar, não conseguia lembrar-se do sonho. Evi dentemente receoso quanto ao que se passara em sua mente e almejando a tranqüilidade, procurou a ajuda dos magos, dos astrólogos e dos encanta dores para interpretar o sonho. A exi gência desarrazoada do déspota era que os reconhecidos sábios em primei ro lugar reconstituíssem o sonho de que se esquecera e depois lhe indicassem o significado. Seria um teste para descobrir se os magos eram mentiro sos e corruptos?

Os sábios insistiram em afirmar ser totalmente impossível atender ao pedido do rei (2:10,11), mas ele pro meteu que todos morreriam, se não conseguissem reconstituir e inter pretar o sonho (Dn 2:12,13). Daniel, tomando conhecimento dos planos do rei, reuniu seus três amigos para um período de oração, a fim de en contrar a chave do “mistério”. Em resposta às fervorosas petições da queles quatro homens consagrados, Daniel teve a revelação e a interpre tação do sonho, louvando depois ao Senhor. Essa oração de louvor feita por Daniel é “uma das expressões da sabedoria divina, nas Sagradas Es crituras, mais belas e de maior liris mo” (Dn 2:20-23). A impressionante demonstração da capacidade de Daniel de interpretar sonhos mostra que não tinha uma aptidão inata, inerente para isso. Tudo o que preci sava veio a Daniel por revelação de Deus.

Procurando Arioque, que tinha ordens de matar todos os sábios, pe diu que suspendesse as execuções e solicitou uma entrevista com o tira no (Dn 2:24,25). Sem acanhamento, Daniel diz ao soberano que, como só Deus podia revelar os mistérios, o misterioso sonho fora revelado não por sabedoria do profeta, mas por divina revelação (2:28). Então passa a narrar uma das maiores visões apocalípticas dadas ao homem. Nabucodonosor deve ter ficado estu pefato ao ouvir Daniel reconstituir o sonho e depois esboçar o começo, o meio e o fim da história e do domí nio gentílico. O colosso metálico, com cada parte de um material diferen te, simbolizava quatro reinos suces sivos e o reino final e definitivo de Deus, “a pedra que feriu a estátua [,e] se fez um grande monte, e en cheu toda a terra” (2:35).

A interpretação de Daniel é por demais fascinante. A estátua simbo lizava a unidade e a sucessão histó rica de quatro impérios mundiais. Sendo a cabeça de ouro e os pés de ferro e de barro, a imagem era ins tável, destinada, portanto, à ruína.

O primeiro reino era a Babilônia, como declarou Daniel quando, ao interpretar o sonho, disse a Nabucodonosor: “tu és a cabeça de ouro” (Dn 2:38). Esse grande império existiu de 604 a 538 a.C. O ouro representa com muita proprie dade a absoluta autocracia de Nabucodonosor, cujo poder era su premo: “A quem queria matar, ma taria” (Dn 5:19).

O segundo reino era a Medo-Pérsia, que existiu de 539 a 333 a.C. Inferior ao primeiro, o Império Medo-Persa é ilustrado pelo peito e pelos braços de prata. O império dependia do apoio de uma aristocra cia hereditária, sendo uma oligar quia monárquica em que os nobres se eqüivaliam áo rei em tudo, me nos no cargo —sistema em que o monarca não podia de forma algu ma agir por vontade própria (Dn 6:12-16; Et 8:3-12).

O terceiro reino era o Império Grego, que existiu de 490 a 146 a.C. Esse império, fundado por Alexan dre, o Grande, continuou por meio dos seus sucessores na Síria e no Egito e permaneceu como um reino, não obstante os reinados confusos. A Grécia foi simbolizada pelo ventre e pelas coxas de bronze. O governo de Alexandre era uma monarquia apoiada por uma aristocracia mili tar tão vulnerável quanto as aspira ções de seus líderes.

O quarto reino era Roma, que existiu de 27 a.C. a 455 d.C. Esse último império mundial era gover nado pelos césares, nominalmente eleitos pelo povo, com um senado para aconselhá-los e controlá-los.

Esses imperadores romanos não usa vam coroas, mas apenas uma láurea de comandante bem-sucedido. Roma é retratada pelas pernas de ferro, aludindo assim a um império metá lico e coeso. O ferro simboliza a “for ça”, e Roma teve uma força maior que a de outros reinos, conservando o seu domínio original de ferro, ou imperialismo democrático.

As duas pernas da imagem repre sentam as cisões ocidental e orien tal do Império Romano, com a Igre ja Grega no Oriente e a igreja papal no Ocidente.

Os dez dedos de ferro e de barro sugerem a frágil combinação decor rente da união do ferro de Roma misturado ao barro da vontade po pular. A monarquia absoluta dege nera-se em democracia autocrática. Essa é a forma de governo mais co mum em nosso dias. Vivemos as di visões do Império Romano iniciadas há mais de 1 400 anos, as quais, no retorno de Cristo, serão dez (Ap 17:12). A degeneração dos impérios mundiais é representada pelo empre go de metais de valor menor a cada vez. A prata vale menos que o ouro; o bronze, menos que a prata; o ferro, menos que o bronze; o barro, menos que o ferro; sendo este mais perecí vel ou mais facilmente corrosível ou oxidável que o bronze, a prata ou o ouro. A substância básica de cada um é o pó, e pó deve ao pó voltar. Tudo o que fracassa na mão do homem deve passar, sendo estabelecido o que está nas mãos de Deus.

O quinto reino. Após o processo de deterioração, há o surgimento e o estabelecimento de uma nova ordem representada pela pedra cortada “sem auxílio de mãos”, que esmiu­çou os pés da estátua e a derrubou. Ninguém pode duvidar de ser essa uma parábola do reino messiânico, cujo governo abrangerá toda a ter ra. Cristo é a pedra capaz de reduzir homens e nações a pó (Mt 21:44). “… nos dias destes reis” significa os re presentados pelos dez dedos, que go vernarão no fim da era gentílica. O domínio gentílico era um processo gradual, que passaria desde cabeça até os pés. Mas a pedra não encherá a terra de modo gradativo. Repenti na e rapidamente, Cristo, o Rei dos reis, virá e introduzirá o seu reino universal. Alguns equivocadamente sustentam que o quinto reino é espi ritual —a igreja. Mas será um reino no verdadeiro sentido da palavra, tanto quanto os quatro impérios mun diais que temos estudado. A igreja não está aqui para destruir nenhum reino terrestre, mas para estender a sua influência na qualidade de reino espiritual. Como os quatro metais, a pedra também é feita de pó solidifi cado. Mas que diferença! Cristo as­sumiu a semelhança da nossa carne e algo do pó humano, glorificado nos altos céus, e nada pode resistir ao poder do pó de mistura com a divin dade. Os impérios mundiais destitu ídos de Deus devem terminar em pó, e, à medida que nos aproximamos do reino milenar de Cristo, os reinos do mundo tornam-se menos duradouros e mais desprezíveis.

Daniel, por reconstituir e interpre tar o sonho de Nabucodonosor, ascen deu a uma elevada posição (Dn 2:46-49). Convencido da realidade da re velação celestial, o rei prostrou-se diante de Daniel e confessou o poder de Deus. Entretanto, Nabucodonosor só o reconheceu como “Deus dos deu ses” —a mais importante dentre múl tiplas divindades. O tirano pagão não o aceitou como o único Deus verda deiro e vivo. Seria necessária uma hu milhação para que isso se evidenci asse, como veremos.

Por Herbert Lockyer.


Fonte: http://malucoporjesus.wordpress.com/2010/02/



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