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Artigo N.º 4807 - OVELHAS SEM PASTOR
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Postado em: 04/04/10 às 18:04:06 por: James
Categoria: Artigos Site Aarão
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Está em Mateus 9, 6 (Jesus) Vendo a multidão, ficou tomado de compaixão, porque estava enfraquecida e abatida como ovelhas sem pastor. Ontem quando escrevi aquele comentário ao forte e belo texto do Padre Eugenio, muitos sentimentos me vieram ao coração. O primeiro deles foi certamente de uma tênue alegria, ao perceber que felizmente temos ainda na Igreja Católica Apostólica Romana, sacerdotes do quilate deste sacerdote e de outros como o Padre Paulo Ricardo, que é reitor do seminário de Cuiabá. Tais sacerdotes honram seu nome, sua batina – que usam como farda de soldados valentes, da primeira linha de fogo – e nos dão a certeza de que a Igreja permanecerá, mais ainda, que não morreu.

O segundo sentimento – digo sentimento, não apenas em pensamento – que abateu naquele instante é que percebi como uma terrível inversão de valores, causas e efeitos. E explico: ali comentei a matemática do Padre Eugenio, dizendo que pelo menos 50% dos bispos da Igreja Católica, nossos príncipes deveriam ser constrangidos a se demitir, devido a incúria e o descaso com que tratam as suas dioceses, seus padres e seu rebanho. E na mesma linha, eu comentei que o número é ainda maior, e dei os indicativos pelo qual afirmo isso. E de fato, meditando nestas palavras, tomou-me um sentimento indefinido, misto de tristeza por não poder fazer nada, misto de pena, de compaixão, mas sem saber o porquê disso!
 
Então à noite, a convite do nosso pároco, fomos à Catedral da nossa diocese assistir à Missa dos Santos Óleos. E chegando bem na hora da entrada, no portal estavam a maioria dos sacerdotes da diocese, alguns seminaristas e a equipe de celebração, e o comando de tudo, os três bispos da diocese, dois eméritos e o titular. Como são todos conhecidos, e como é comum, fui ao encontro deles e sem pedir licença eu beijei a mão deles, o anel, até porque isso nos dá indulgência. Senti e percebi então, deste beijo e da forma como cada um a recebeu a explicação que me faltava para aquele sentimento de compaixão que tive à tarde. Deus meu, estavam ali, diante de meus olhos, sem tirar nem por, a verdadeira multidão enfraquecida e abatida, as ovelhas sem pastor. 
 
Pareceu-me então que aquelas almas gritavam. Ao tempo em que aqueles rostos acolhiam festivos e alegres os cumprimentos e saudações dos fiéis vindos de todas as paróquias, no fundo suas almas gritavam. Falo dos padres, e principalmente dos bispos, os príncipes da nossa Igreja. Suas faces mostravam uma coisa, mas seus corações gritavam outra. E então durante a celebração – muito linda por sinal – meu pensamento meditativo entendeu o motivo pelo qual eles pareciam as verdadeiras “ovelhas sem pastor” – e não os fiéis que estavam ali: é exatamente porque eles foram os primeiros a abandonar o Grande Pastor visível da Igreja, Pedro!
 
E assim gostaria de expor aqui, com palavras simples o motivo que me fez ter aquele sentimento ontem a noite. É que muitas vezes, em todos estes anos, tenho usado de palavras duras e cortantes, que muitas pessoas acharam conter certo ódio, quando me refiro às autoridades da Igreja. Entretanto, jamais isso partiu de meu coração, e posso lhes garantir que quando vou reler meus textos antes de colocá-los no site, ou nos livros, fico pasmo de ter escrito aquilo, e bem poderia me acovardar e apaga-los, mas uma força inexplicável me obriga a ir avante.
 
Disso eu compreendi que não é a palavra dura em si, o que machuca aqueles que são atingidos por ela, e sim a verdade que ela contém. Claro que a calúnia, a difamação, a inverdade colocada aos quatro ventos contra além, é sem dúvida algo que machuca. Mas podem ter certeza – aprendi isso – quando alguém diz uma mentira contra outro, é muito mais fácil de a alma se recuperar, do que se ele disser uma verdade dolorosa. Isso porque a mentira não obriga a pessoa a curvar-se, nem implica em mudar de vida, a pessoa sabe que está correta, e embora certa mágoa, isso passa. Mas a verdade cortante sim, muito pelo contrário, ela obriga a vergar-se, obriga a uma mudança de vida, e implica numa conversão! E é exatamente isso que os orgulhosos não fazem!
 
Obviamente que a pessoa, ouvindo uma verdade dura ao seu respeito pode ignorá-la – depois de ter altercado mil desaforos – e seguir seu caminho de orgulho, trilho fundo de perdição eterna. Pode seguir seu caminho de obstinação, de sua teimosia aberrante e cega, elevando-se cada vez mais aos píncaros do orgulho. E o que acontece nestes casos é que eles caem na outra Palavra cortante de Jesus como está em Lucas 10, 21: Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.
 
De fato, nenhum orgulhoso se pode enquadrar entre os pequeninos citados aqui por Jesus, certeza plena então de que o Espírito Santo jamais pode conduzir tais almas, que não se vergam. Que não se fazem pequenas! E infelizmente é deste mal terrível que sofre a imensa maioria dos nossos padres e nossos bispos. O que vai totalmente contra aquela outra Palavra de Jesus, que está em Mateus 11, 29 Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Mostrem-me um só, dentre tantos dos nossos príncipes, que seja de fato este Pastor manso e humilde de coração, pronto a acolher com amor, e ensinar com sabedoria humilde e caridosa. Sim, existem alguns, mas são mais raros do que estrelas cadentes.
 
Eu traço um parâmetro entre as vestes sacerdotais, e a pompa que elas dão a um Príncipe da Igreja, com as vestes do último Pedro, aquele que vem. Eu tive a graça de, num sonho, ver este último homem, que desafiará o anticristo e conduzirá a Igreja ao porto seguro, entre as colunas indestrutíveis da Eucaristia e Maria. Acreditem: ele vestia uma roupa incrivelmente singela, como se vestia um homem em 1900, de um brim riscado muito rude, e mais parecia um rústico roceiro do que o Príncipe da Igreja. No sonho eu não estranhei, até porque o ambiente da nossa casa era então mais próximo deste ano passado de 1900, do que de hoje. Simplicidade extrema! Amor, ternura! Correção caridosa e sábia!
 
É assim que a Igreja deveria ser, e deve ser. É para isso que a Igreja deve voltar, e irá sem dúvida voltar! A palavra chave que direciona o futuro esplendoroso da Igreja chama-se humildade. Este dom inestimável é imprescindível para que voltemos à verdade de Pedro, dom este que jamais será alcançado se não exercermos antes, e acima de tudo o dom da Piedade, da oração continuada, da vida transformada em oração humilde, da adoração permanente e da entrega total ao Pai. Coisas que de há muito foram abandonadas pelos nossos príncipes, por seus comandados os padres, e pelos leigos que os seguem. Para o abismo! Salvo raríssimas exceções!
 
Muitas vezes já eu me imaginei discutindo com algum bispo, sobre assuntos da nossa Igreja e da nossa fé. Já travei mentalmente diálogos espantosos a respeito daquilo que meu coração sente, e daquilo que as dioceses tentam nos fazer viver. Observem, por exemplo, a Via Sacra que acompanha os livretos da Campanha da Fraternidade, deste e de todos os anos anteriores. Há um abismo entre as duas realidades, a da Cruz de Jesus e de Seus rastros de sangue rumo ao Calvário, e cruz dos homens, da qual eles mesmos são causa. Vão então lamentar diante do Crucificado as suas mazelas, no que Lhe aumentam a Cruz e os sofrimentos. Está ali exemplificado o que seja a diferença da Igreja de Jesus e a igreja dos homens e dos príncipes. O homem é autor das duas cruzes, eis o que nossos luminares não entendem. Como inverter isso?
 
O primeiro mandamento, e síntese de todos diz: amar a Deus sobre todas as coisas! O que significa este AMAR a DEUS? Significa aceitar a Deus como Criador de tudo! Significa aceitar seu primado absoluto, e seu direito sobre tudo! Significa compreender que diante Dele somos menos do que nada! Significa aceitar que ELE FAZ tudo, e nós nada. Significa despir-se completamente de si mesmo, para ser em Deus, o que implica em servir, em ser servo, em ser pequeno, em ser o menor de todos. Em lavar os pés dos irmãos. E isso cumpre o segundo mandamento, de Amar ao próximo como a si mesmo. Quem, pois, não cumpre o primeiro, jamais cumprirá o segundo. E o diferencial entre o primeiro e o segundo, é quase infinito. Em síntese, este AMAR a Deus sobre todas as coisas, significa cumprir a Vontade de Deus, seguir com todo amor e fé os ensinamentos de Jesus, sem desviar-se nem à direita ou à esquerda.
 
Vejam as Palavras ternas de Jesus, que estão em João 15, 8 Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos. 9 Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. 10 Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor. 11 Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa. 12 Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. Acaso estes príncipes podem dizer que amam de fato a Jesus? Que se amam como Jesus pede? Que não se desviaram nem para a direita nem a esquerda? Que seguem de fato os ensinamentos de Jesus, e não os devaneios doutrinais e teológicos que lhes acodem na cabeça.
 
Compreendamos aqui o abismo quase infinito, que vai entre a realidade deste primeiro mandamento, e a precisão destas palavras acima do Evangelho de João, diante do abissal volume de escritos, discussões infinitas, guerras teológicas, já acumuladas, nestes milênios de ser Igreja. Quero dizer em síntese: nada daquilo precisaria ser escrito, nem discutido, nem estudado, se de fato a humanidade cumprisse a singeleza desta pequena frase: amar a Deus, sobre todas as coisas! Digo a vocês, eu nunca conseguirei passar adiante disso. Se os homens não se metessem a criar orgulhosas teologias, com seus rompantes ufanos de saber, se os homens não se fizessem doutores em Deus, jamais teríamos chegado ao abismo em que estamos mergulhados.
 
Quem discute sobre Deus, não O ama de fato! Quem diz entender de Deus, não sabe Dele coisa alguma! Quem armazena títulos de doutorados e teologias, na realidade cumpre uma passagem da Cruz, onde Jesus falou: Pai perdoai-os porque não sabem o que fazem! Nem o que dizem! Nem o eu pensam! Nem medem o alcance de seu desvario, porque a verdade é simples e fácil de entender: somente existem debates sobre Deus, porque existem falsos doutores e falsos mestres que não cumprem o primeiro dos mandamentos. E desde sempre, se Deus teve de suscitar na Igreja santos e valentes – e estes os verdadeiros – doutores na Igreja, foi exatamente para combater aqueles que dizem entender de Deus.
 
Assim, diante da Magnitude infinita de Deus, em contraponto à miséria infinita do ser humano, qualquer pessoa que eleve seu topete de orgulho é um insensato. Porque quem de fato coloca-se diante Dele no devido lugar, que é em algo próximo do zero, jamais avança além do primeiro mandamento, nem teoriza a este respeito. Mas a coisa vai tão longe, que tantos hoje pregam que “Deus não faz isso”, nem aquilo, que Deus é este ou aquele, que Ele pode isso não pode aquilo, e até chegam ao absurdo de assim dizer: faça-se a nossa vontade e não a Tua! O que subverte as Palavras da Cruz!
 
Nestes anos, tenham certeza plena, eu por milhares de vezes escutei a voz dos pequeninos, das crianças de Deus. Não eu não me refiro aos pimpolhos em tamanho, mas em coração, em alma, em sentimentos. Que grito mais terrível para um ouvido atento ao primeiro mandamento, do que aquele do príncipe ou comandado que expulsa com ódio ou arrogância, uma alma que pede opinião sobre um texto, um livro, um movimento? Que grito mais assustador do que aquele de uma criança que implora por uma confissão bem feita, recebe do príncipe ou comandado a negação, até mesmo o escárnio, e terrivelmente para ele, a não absolvição. Acaso isso é amor. Chama-se a isso amar? Amar a Deus? É isso zelar pelo rebanho a eles confiado? Cínicos!
 
Que dizia Jesus? Deixai vir a Mim as criancinhas! E ainda: ai de quem escandalizar a um só destes pequeninos! Quais? As crianças inocentes? Não! Falo das crianças grandes, aquelas todas como nós, necessitados ainda do leite espiritual, que nos faz crescer na fé e no caminho da salvação (1ª Pedro, 2). Amor, amar, significa tratar a todos com carinho, com palavras doces, com recepção amorosa e correção suave – quando for o caso – não a rudeza, o desprezo, a arrogância e a falta de caridade. Sei de milhares de pessoas que não se aproximam de seus bispos e de seus padres, porque temem as patadas, as palavras duras, que machucam e ferem profundamente a alma. Que diferença brutal entre eles e aquele Jesus tendo diante de Si a mulher adúltera.
 
Volto agora a Pedro, símbolo e fator de unidade! Quantos são os atuais príncipes de nossa Igreja, que podem dizer, com todo o coração, com toda a alma, com toda a força da verdade, que cumprem as determinações de Pedro, e fazem-nas cumprir em suas dioceses? Não sabem, acaso, que quando se afastam do Pastor maior, afastam-se da Rocha que mantém a Igreja em Unidade, e unidade inquebrantável? Um só documento papal que deixe de ser cumprido, quebra imediatamente este vínculo de unidade, e sujeita o rebelde aos desvios doutrinários e a dispersão conseqüente do rebanho. São ovelhas rebeldes que dispensaram o pastor. Para sua ruína! E com isso conduzem suas ovelhas para pastagens secas, para desertos escaldantes! Como hoje!
 
Vem daí a pergunta: quantas igrejas nós já temos dentro da grande Igreja Católica? Temos tantas, quantos catecismos existem nelas, diferentes do de Pedro! O de Pedro reza a Via Sacra voltada para o Crucificado outros há que a rezam versus homem. O de Pedro lamenta e chora os pecados que mataram Jesus, outros crucificam a Ele, como se fosse o responsável pelas mazelas e dores humanas. O Catecismo de Pedro prepara as crianças para a fé, para os sacramentos, para a vida em Deus. Outros há que as preparam para o mico-leão dourado e a vitória-régia. Ou para a água, para a economia, ensinando a não servir a dois senhores, a Deus e ao dinheiro. Quando no fundo a decisão é pelo senhor do mundo. O alvo, o sentido real – e cínico – é a riqueza. Eles gritam não pelo benefício comum, mas para afastar os concorrentes! 
 
Como podem ver, a cada versículo bíblico que insiro neste texto, fica bem claro que eles fazem exatamente o contrário daquilo que a Palavra de Deus pede. Prova de que o orgulho empana e sufoca a sabedoria, que é filha da humildade. E é aqui que entra o maior sentido que quero dar a todo este texto: trata-se de reconhecer o erro e voltar atrás! Impossível entender que estes príncipes todos, com tantos estudos, doutorados e teologias, não percebam que a Igreja segue para abismos. Para abismos que eles mesmos criaram, afastando-se da rocha! Que colocaram a Igreja na areia movediça de suas falsas doutrinas, todas voltadas para o culto ao homem, não para Deus!
 
O que percebo é que a imensa maioria dos príncipes que segue fora do caminho, da verdade e da vida, percebe que errou, entretanto, ao invés de retornar atrás, tenta consertar. Fazem aquilo que Jesus disse que não se deveria fazer: colocam remendos novos em panos velhos, e já apodrecidos! Colocam vinho novo em odres velhos, que acabam por levedar e estragar a boa safra. Impossível não perceber que a teologia da libertação é a causa de todos os males da Igreja na América Latina. Impossível não ver que ela conduz ao comunismo não a Deus! Impossível não perceber que é isso o que afasta os católicos de sua Igreja, rumo a milhares de canoas furadas, as seitas!
 
Se os católicos fossem realmente ensinados por seus príncipes, a respeito da doutrina da verdade, da maravilha dos nossos Ritos e da Tradição milenar da Igreja, sobre a riqueza que está encerrada em nossas celebrações, ninguém sairia dela. Porque saem apenas maus católicos, ou diria: católicos mal catequizados. Jesus disse assim: qual o pai a quem o filho pede um pão e este lhe dá uma serpente! Eles fazem exatamente isso: tentam tratar o povo com a serpente da mentira, da falsa teologia libertadora, das mil e uma pastorais inócuas, dos grupos de reflexão (e discussão) não de oração, e de tudo aquilo que tornam a diocese e a paróquia, muito mais num centro comercial, numa espécie de prefeitura, do que num centralizador e difusor da sã doutrina.
 
Ou seja: é impossível que não percebam que erraram! Uma inteligência mínima nos mostra que foi e ainda é o atual modelo de ser Igreja, o responsável por muitas paróquias já nem terem mais cara de Igreja, nem o povo, de um povo de Deus. Muitos locais destes estão mais para sindicatos classistas e redutos políticos, que em espaços de fé, de boa e santa aplicação e vivência dos Sacramentos, esta a única função de ser de uma Igreja Santa. O que percebo é que muitos têm vergonha de voltar atrás. Vergonha de admitir publicamente e humildemente, diante das ovelhas atônitas, que erraram, e que precisam voltar às origens, para Deus, a verdadeira origem de tudo. E claro, pedir perdão, depois de um arrependimento sincero e de uma boa confissão.
 
Impossível não perceber que eles descuidaram dos seminários que são a verdadeira célula formadora e mantenedora dos soldados santos, pela verdadeira doutrina do Amor, pela oração, a penitência e a mortificação, pela obediência ao Papa e acima de tudo pelo seguimento dos passos de Jesus. Impossível não perceber que afastados de Pedro não lhes é dado mais o Espírito Santo, e tudo o que criam a partir dali, são nada mais que devaneios doutrinários apenas humanos, que seguem ao sabor dos ventos putrefatos da modernidade, do racionalismo, das teorias teológicas e do falso ecumenismo, que se avoluma como uma das grandes pragas modernas. A imensa maioria dos bispos nunca pisa no seminário, e se o faz é apenas como mera formalidade. Isso quando ele deveria estar na frente das aulas de formação na fé, promovendo a imediata expulsão dos reitores maus e dos professores hereges.
 
Impossível não perceber a mornidade, a inércia, a falta de atitude drástica e eficaz no combate ao erro e ao pecado, ao que parece porque estão de tal forma, afundados nele que resolveram colocar um remendo novo sobre isso, mais fácil do que confessar. Tenho certeza de que há padres que há décadas não se confessam mais. Porque para eles o pecado não existe. E por incrível que possa parecer, você encontrará como toda certeza muito facilmente um príncipe que combate quem reza o Rosário e as Mil Ave Maria, mas que fecha os olhos aos erros doutrinários de seus padres, coisas que confundem os fiéis e afastam as ovelhas, porque as escandalizam.
 
Impossível não perceber o quanto é perniciosa a falta de ação imediata e veemente, quando dos ataques contra a Igreja, contra o Santo Padre e contra os bons padres, eis que mais fácil fumar um bom cachimbo enquanto se mostra pose de filósofo. O que eles deveriam nestes casos é incendiar suas dioceses, colocar nas ruas milhares de fiéis com terços nas mãos e muito amor no coração, fórmula esta fulminante para acabrunhar o inimigo, e cercear suas ações. São raríssimas as vozes que se levantam com algum artigo mais forte, tantas vezes ainda criticado nos círculos fechados, como foi o caso dos criminosos abortos do Recife, e a ação de Dom Sobrinho. Nestes casos é preciso que os príncipes liderem a ação dos fiéis, eles mesmos à frente, fato que inibiria a ação dos inimigos. Por qual motivo não atacam os judeus e muçulmanos? Porque eles reagem imediatamente, em bloco. Mas fácil então peitar esta igreja mole, estes católicos frouxos, a quem o Senhor, que vem, cuspirá de sua boca. E não vale escrever uma cartinha e colocar no jornal. Isso é ser outro Pilatos! É preciso agir!
 
Impossível não perceber que o grande mal nas paróquias está na terrível má catequese que na maioria delas se ministra. Catequese onde as crianças acabam recebendo algumas noções básicas de ecologia, e terminam achando que a defesa da água e do planeta com seus “animais em extinção”, faz deles bons católicos. Mas não sabem o que é ser Igreja, pois nada entendem de sua hierarquia, praticamente zero de seu Catecismo, e terminam sem nenhuma orientação sobre os Sacramentos. Como é que estas crianças irão se tornar católicos fervorosos, se não sabem nada sobre o valor tremendo e da força que brota da Eucaristia, porque são ensinadas por catequistas que nem elas sabem disso? Toda Paróquia que não tem um padre santo como Catequista – eles receberam a verdadeira Unção do Espírito Santo – é fadada a formar maus católicos, e depois do Concílio já formamos quase três gerações deles.
 
Impossível não perceber que os grandes desmandos que passaram a afundar como a nossa Igreja, tiveram origem no Concílio! Como não entender que a má aplicação e a distorção e seus enunciados, tem sido a causa de dilúvios de abusos em todo mundo? Mil livros não seriam suficientes hoje para descrever os escândalos que já foram promovidos por maus padres em função destas distorções? O Santo Padre tem feito ver – pelo menos sinalizado para isso – que é um erro tremendo considerar o Concílio Vaticano II como um super-dogma, que veio abolir tudo o que a Igreja nos legou antes, mas quantos o seguem? Este Concílio produziu ao todo penso que dezesseis grandes documentos, com centenas de páginas, pois bem! Mas se eles tivessem mesmo o Espírito Santo, se guiariam pelo Divino Mestre, que resumiu tudo numa frase: amar a Deus sobre todas as coisas!  O mais tudo é debate humano, artifício do homem.
 
Impossível não perceber que a Missa Nova, de Paulo VI – embora válida, diga-se alto e bom som – foi a causa da destruição do mistério que envolvia a celebração antiga! Como não entender que esta Missa trouxe a banalização deste tremendo milagre, um mistério assombroso que somente na eternidade o entenderemos? Vão aí, nas filas de comunhão milhares de maltrapilhos espirituais, carregados de pecados, todos rumo à condenação, por sacrilégio. Quem alerta quanto a isso? Modas indecentes abundam nas filas da comunhão, para delícia de satanás, quem as combate? Quantos padres negam a comunhão para estas moçoilas e mulheres afoitas, que são causa de tantos escândalos e pecados? Há meretrizes que se vestem melhor! Será por isso que Jesus disse que elas nos precederão no Reino dos Céus?
 
Assim, se nós falamos em Sã Doutrina e em Verdade maiúscula, temos de entender que no meio dela não pode haver uma só mentira, sequer uma meia verdade. Se você tem um saco de batatas e percebe que algo está cheirando mal, entende que deve tirar aquela podre do meio, senão esta apodrecerá as outras. Mas neste caso, não adianta tirar apenas aquela uma, é preciso derramar fora todo o conteúdo, verificar se não há outras no mesmo estado, e lavar todas para que os fungos não acabem acelerando o processo de apodrecimento das outras. Da mesma forma quanto aos documentos da Igreja – e falo especialmente daqueles do Concílio – se algo está errado em sua letra, que permita duplas ou quádruplas ou centenas de diferentes interpretações de nada adianta corrigir apenas um erro, é preciso zerar tudo, e recomeçar do zero.
 
E tal como os documentos conciliares, quanto na América do Sul o tal Documento de Aparecida, não basta corrigir em 200 pontos é preciso rasgar tudo, e começar do zero. E é isso que o Santo Padre está tentando fazer, e o fará. Sabemos que isso provocará na Igreja o maior cisma já nela havido, entretanto é preciso purificar, limpar, tirar fora tudo o que está podre, rebelde, contra a doutrina, desobediente, e mau. Somente irá permanecer de pé quem estiver com Pedro a Pedra. Como se lê em Mateus 21, 44 Aquele que tropeçar nesta pedra, far-se-á em pedaços; e aquele sobre quem ela cair será esmagado. Jesus falava isso para os príncipes de hoje!
 
Enfim, há três documentos do Santo Padre que precisam ser aplicados em todas as dioceses do mundo, se elas quiserem ficar de pé: a Carta do Rosário, a da Confissão, e as da Eucaristia *. A diocese que não as aplicar na íntegra, será esfacelada! Marquem isso! Nelas cairão os Sacrários, eis que já os empurram para cantos escuros, e para fora do átrio principal, para fora do espaço do Rei, eis que não mais Rei e sim pária. Arrumam para isso mil justificativas, pífias todas, e todas pela língua da serpente, que sempre mente, e descaradamente. Justificam as quedas dos seminários, a fuga dos fiéis para outros credos, e até a pedofilia e o homossexualismo muitos escondem e justificam. Mas quero ver estas justificativas funcionarem diante do Dono da Vinha, que chega em breve para cobrar os talentos devidos pelos empregados.
 
Tempos atrás conversávamos sobre a questão das almas, e certo sacerdote nos disse que seu conceito sobre Deus era diferente do nosso, ao que comentei assim: resta saber se Jesus está contente com isso. E assim vai, são milhares de conceitos sobre Deus, mas como podem ver neste texto, todos eles se batem contra as Escrituras. É por isso que temos aí, milhares de igrejas, se dizendo ainda católicas, quando quem desobedece a Pedro já está fora da Mãe e Mestra. Tome o Evangelho de um dia, e verá que numa mesma paróquia dois padres darão versões diferentes. Eis porque ainda hoje milhares de pessoas perguntam como São Pedro: a quem iremos Senhor
 
Há um grito que fende os ares, e troa aos ouvidos de quem ainda não está surdo pelos barulhos deste mundo. Este grito parte das almas dos bilhões de católicos que imploram por bons e santos príncipes e seus servidores, mas de tantos deles têm recebido apenas o cajado nas costas. Que intensifiquemos nossas orações por todos eles, e que Deus nos perdoe se até aqui fizemos pouco. O ano sacerdotal termina, e nos parece que surtiu pouco efeito. Sei apenas que o cisma vem, e troará ao infinito! Com ele chegaremos ao auge da apostasia! Daí, só Deu sabe de nós! (Aarão) 
  
(*)
Segundo a profecia de Dom Bosco, no final a Igreja será salva aportada nas colunas da Eucaristia e de Maria. Muitos se fiam nesta profecia, achando que nada precisam fazer, que tudo se fará por si só. Mas vejam, somente estará junto na Barca de Pedro e ancorada no porto seguro, aquela diocese, aquela paróquia, que viver o Rosário de Maria, e amar profundamente a Eucaristia. O que exclui completamente aquelas que desprezam o Rosário ou não o incentivam, e as que colocam os sacrários de lado, ou para fora das Igrejas.
 
Então tais príncipes e tais sacerdotes perceberão, tardiamente, que acolheram o convite do diabo e dá má teologia, expulsando os sacrários e combatendo o terço. E tudo o que o rebanho perdeu em graças, méritos e satisfações devido a este desvario, será pago pelos maus pastores, que se deixaram seduzir pela lábia do mentiroso, que só destila veneno. O que faço aqui não é uma ameaça, é sim uma terrível previsão, baseado nas profecias atuais. Que aguardem eles, a justiça  não tarda, tempo em que colherão os frutos do seu orgulho
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