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Artigo N.º 2894 - A Existência do Purgatório
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Postado em: 27/08/09 às 20:33:05 por: James
Categoria: O Purgatório
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O Purgatório é um lugar de sofirmentos em que as almas se purificam, solvendo suas dívidas, antes de serem admitidas no céu, onde só entrará quem for puro.

Sua existência se baseia no testemunho da Sagrada Escritura e da Tradição. Vários Concílios o definiram como dogma; Santos Padres e Doutores da Igreja o atestam a uma voz. Há uma prisão da qual não se sairá senão quando tiver pago o último centavo (Mateus, 18)

Como são esquecidos os mortos!

A Igreja, querendo que não nos esqueçamos das almas, consagrou um dia inteiro todos os anos à oração pelos finados. Determinou que em todas as missas houvesse uma recomendação e um momento especial pelos mortos. Ela aprova, sustenta e estimula a caridade pelos falecidos.

"Como são esquecidos os mortos!", exclamava Santo Agostinho. "E, no entanto", acrescenta São Francisco de Sales, "em vida eles nos amavam tanto".

Nos funerais: lágrimas, soluços, flores. Depois, um túmulo e o esquecimento. Morreu... acabou-se!

Se cremos na vida eterna, cremos no purgatório. E, se cremos no purgatório, oremos pelos mortos. O purgatório é terrível e bem longo para algumas almas.

São Francisco de Sales tinha medo de seus admiradores: "Essas pessoas, imaginando que depois da minha morte fui logo direto para o céu, me farão sofrer no purgatório".

Santa Teresa pedia: "Pelo amor de Deus, eu peço a cada pessoa uma Ave-Maria, a fim de que me ajude a sair do purgatório e apresse a hora em que hei de gozar a vista de Jesus Senhor Nosso".

O grande Frederico Ozanan nos deixou estas linhas: "Não vos deixeis levar por aqueles que vos disserem: ele está no céu! Rezai sempre por aquele que muito vos ama, mas que muito pecou. Com o auxílio de vossas orações eu deixarei a terra com menos temor". Santo Agostinho pede orações pelas almas de Mônica (sua mãe) e todos os leitores de seus livros.

Não canonizemos depressa nossos mortos. Nunca nos descuidemos do sufrágio deles porque já o fizemos durante algum tempo, ou mandamos celebrar algumas missas. Ignoramos o rigor da Justiça Divina.

Impotência para se acudirem

O estado das almas do purgatório, é de absoluta impotência. Parecem-se com o paralítico estendido à beira da fonte de Siloé, que não podia fazer o menor movimento para ter alívio. Vêem suas companheiras de infortúnio, aliviadas de tempos a tempos recebendo os frutos de uma comunhão, o valor de uma missa, e elas ficam esquecidas.

Vós que viveis na terra e tão facilmente vos comoveis ante o sofrimento e a idéia do abandono, ouvi as almas do purgatório pedindo-vos uma migalha desse pão que Deus vos dá com tanta abundância: uma pequena parte de vossas orações, boas obras, e sofrimentos! Como são justas as queixas que um religioso ouviu desses pobres corações abandonados:

"Ó irmãos! Ó amigos! Pois que há tanto tempo vos aguardamos, e vós não vindes; vos chamamos e não respondeis; sofremos tormentos que não têm iguais, e não vos compadeceis; gememos e não nos consolais."

"Ai", dizia uma alma, "ignora-se no mundo que o fogo do purgatório é semelhante ao fogo do inferno. Se possível fosse fazer uma visita a essas mansões de dor, não haveria na terra quem quisesse cometer um só pecado venial, visto o rigor com que é punido."

São Francisco Xavier percorria, à noite, as ruas da cidade, convocando com uma campainha, o povo a orar pelas almas.

Outrora muitas almas saíam do purgatório graças às orações dos fiéis. Mas agora poucas saem de lá. Poucos se preocupam com elas.

A pena do dano

A pena do dano consiste na privação da vista de Deus. Não compreendemos neste mundo o que isso significa. Mas, com a morte abrem-se-nos os olhos. De tal maneira Deus circunda de brilho de sua infinita majestade as almas, de tal maneira se manifesta sua incomensurável bondade que não podem já deixar de pensar nEle, amando-O com amor puro e total. É esse amor insaciável, essa privação, essa fome, essa sede de Deus que as aflige e tortura. Vivem constantemente a morrer sem deixar de existir.

Essas almas lembram-se agora do tempo em que Ele estava tão perto delas, em que lhes batia a porta, e elas não Lhe abriam, preferindo um prazer, uma das muitas ninharias deste mundo, uma vil moeda. E agora ardem de desejos de estar com Ele, e Ele Se afasta. Esses desejos insatisfeitos são um verdadeiro suplício.

"Em vão", diz Santa Tereza, "tentaria explicar essas angústias misteriosas. A alma sente um desejo irresistível de Deus. Não tem nenhuma consolação, nem no céu, nem na terra que já não a pertence. É um martírio que a natureza custa a suportar; os ossos se separam e ficam como que deslocados. Sente-se uma dor tão violenta; um só desejo nos consome: morrer, morrer! Ir para Deus!"

"Sentir um ímpeto de ir para Deus sem o poder satisfazer", diz Santa Catarina, "é o maior sofrimento que se possa imaginar. É um estado de morte, uma angústia inenarrável."

Tem-se visto neste mundo afeições tão profundas, almas que amavam tanto e não puderam suportar a separação e morreram de dor. As almas ficam aniquiladas de dor longe daquele Deus que amam apaixonadamente. Se compreendêssemos melhor como é horrível a separação de Deus!

Duração das penas

Assegura-nos S. Vicente Ferrer, que há almas que ficaram no purgatório um ano inteiro por um só pecado. Santa Francisca afirma que a maioria das almas do purgatório lá sofrem de trinta a quarenta anos. Muitos santos viram almas destinadas a sofrer no purgatório até o fim do mundo.

As almas simples e humildes, sobretudo as que muito sofreram neste mundo com paciência e se conformaram perfeitamente com a vontade de Deus, podem ter um purgatório muitíssimo abreviado, às vezes horas...

São Paulo da Cruz, estando em oração, ouviu que batiam à porta com força. "Que queres de mim?", pergunta. "Quanto sofro. Quanto sofro, meu Deus! Sou a alma daquele padre falecido. Há tanto tempo estou num oceano de fogo, há tanto tempo!... Parecem mil anos!" São Paulo da Cruz o reconheceu logo e respondeu, admirado: "Meu padre, faz tão pouco tempo que faleceu e já me falas em mil anos!" O pobre padre pediu sufrágios e desapareceu. São Paulo da Cruz, comovido, orou muito por ele e no dia seguinte celebrou a Missa pelo defunto. Viu-o, então, entrar triunfante no céu, na hora da comunhão.

O Papa Inocêncio III apareceu a Santa Lutgarga dizendo que deveria ficar no purgatório até o fim do mundo por algumas faltas no governo da Igreja. Nosso Senhor mostrou-lhe quatro padres que estavam lá há mais de cinqüenta anos, por administrarem mal os Santos Sacramentos.

Santa Verônica Giuliani fala de uma irmã que deveria ali permanecer tantos anos quantos passou neste mundo.

Ao padre Scoof foi revelado que um banqueiro de Antuérpia estava no purgatório há mais de duzentos anos porque tinham rezado pouco por ele.

Toma, pois, a resolução de jamais deixar passar um dia sequer sem rezar pelos parentes falecidos. Tem piedade daqueles que nos deixaram e que agora estão sofrendo. Pensa nos membros de tua família que faleceram e que tens deixado em tão lamentável e total esquecimento.

Como ajudar nossos mortos?

* Mandando celebrar Missas.
São Vicente Ferrer tinha uma irmã frívola e vaidosa. Vindo a falecer, apareceu-lhe em meio de chamas e sofrendo penas horríveis. "Ai de mim, meu irmão, fui condenada a estes suplícios até o dia do juízo. Mas tu poderás ajudar-me. É de grande valia a virtude do Santo Sacrifício. Oferece por mim trinta missas".
Mais que depressa, pôs-se o santo a celebrá-las. No 30o. dia, apareceu-lhe a irmã cercada de anjos a caminho do céu.
"Graças à valia da Santa Missa ficou reduzida a 30 dias uma expiação que deveria durar séculos."

* Oferecendo Comunhões pelas Almas.
O Papa Pulo VI estimulou a prática das comunhões pelas almas padecentes.
O Venerável Luiz Blois, tendo feito uma comunhão muito fervorosa por um amigo que sofria no purgatório, recebeu a sua visita, com estas palavras:
"Graças, mil graças, meu amigo. Vou contemplar a face de meu Deus para sempre."

* Aplicando às Almas as indulgências que a Igreja nos oferece.
Santa Teresa viu a alma de uma religiosa de vida muito simples subir ao céu, logo depois de sua morte. E como Teresa revelasse grande surpresa com isto Nosso Senhor lhe disse que aquela religiosa sempre teve grande respeito pelas indulgências da Igreja e sempre se esforçou para ganhar o maior número possível delas.

 

* Oferecendo em suas intenções nossas orações diárias, a Missa do domingo, a confissão que fazemos, as obras de misericórdia.

Pediu uma alma que se rezasse um Pai Nosso em sua intenção. "Oh, se soubesse o grande alívio que senti com essa oração. Peço-vos que queirais repeti-la". Depois: "Não haveis de crer o pedo de que me aliviastes. Encarecidamente vos rogo que a torneis a repetir". E tornou a rezar até 100 vezes. E então, a alma, banhada de luzes, agradeceu e foi para o céu.
Nossa Senhora prometeu que a cada 3 Ave-Marias, rezadas com a súplica da chama de amor
, uma alma é libertada do Purgatório. No mês de novembro, a cada Ave-Maria assim rezada, 10 almas são libertadas do Purgatório!!

* Oferecendo os sacrifícios e sofrimentos diários em sufrágio das Almas.

* Rezando o Rosário.
Enchem um livro inteiro as indulgências com que foi enriquecida essa devoção durante os séculos. O simples fato de uma pessoa o levar consigo lhe dá o direito a um tesouro de indulgências plenárias.
Convém lembrar que é preciso empregar a essa oração toda a piedade. Santa Gertrudes afirmava que uma palavra dita do fundo do coração e animada de sólida devoção tem mais eficácia que grande número de orações, feitas com pouco fervor.

* Rezando a Via-Sacra.
É uma devoção que oferece indulgências outrora concedidas somente aos peregrinos que iam à Terra Santa!

* Dando esmolas.
Dai esmola ao pobre em sufrágio das almas benditas. As lágrimas que vossas esmolas enxugarem, o alívio que tiverdes dado aos que padecem fome, sede e frio, serão alívio no purgatório para as almas sofredoras. É uma dupla caridade, socorrer os pobres por amor das almas. É dar duas vezes. Socorre os vivos e os mortos.

* Propagando a devoção às Almas.
Nosso Senhor disse a Santa Gertrudes:
"Muitíssimo grata me é a oração pelas Almas do Purgatório, porque por ela tenho ocasião de libertá-las das suas penas e introduzi-las na glória eterna."




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