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Artigo N.º 7084 - Livro
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Visto: 6431
Postado em: 12/01/11 às 22:10:17 por: James
Categoria: Livro Aberto
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( 2ª parte ) Catarian Fieschi - (Com aprovação eclesiástica).


5. CULPA:
Deus mostra Sua bondade até mesmo com os condenados.
A pena dos condenados não é infinita na quantidade, porque a doce bondade de Deus derrama os raios de sua misericórdia até no inferno. O homem, morto em pecado mortal, merece uma pena infinita num tempo infinito; porém, a misericórdia de Deus fez infinita somente o tempo da pena, e fez a pena limitada em quantidade, embora justamente pudesse ter lhe dado maior pena que lhe deu. Oh! Quão perigoso é o pecado cometido com malícia! Porque dificilmente o homem se arrepende dele e, não se arrependendo, permanece com a culpa; ela persevera durante o tempo em que o homem permanece na vontade do pecado cometido ou na vontade de cometê-lo.

6.PENA
Purificadas do pecado, as almas sofrem alegremente as penas.

As almas do Purgatório têm a sua vontade totalmente de acordo com a de Deus, por isso, Deus lhe corresponde com Sua bondade; assim, elas ficam contentes no que se refere ? vontade e se encontram purificadas do pecado original e atual, no que concerne à culpa. Estas almas ficam purificadas como no momento em que Deus as criou. Por terem se arrependido, por terem confessado todos os pecados cometidos e com a vontade não mais cometê-los, Deus perdoa imediatamente a sua culpa e então, não lhes resta senão a escória do pecado, da qual vão se purificando no fogo com a pena. E assim, purificadas de toda a culpa e unidas a Deus pela vontade, vêm a Deus claramente, segundo grau de conhecimento que Ele lhes concede. Vêm também quanto importa a posse de Deus e vêm que as almas foram criadas para este fim.


7. ÂNSIAS DE UNIÃO - exemplo do pão e do faminto

As almas do purgatório encontram-se numa conformidade tão unitiva com o seu Deus - uniformidade que as atrai até Ele pelo instinto natural da alma para Deus - que não podem conceber motivos, comparações ou exemplos que sejam suficientes para esclarecer essa coisa tal como a mente a sente e só compreende por sentimento interior. Contudo, darei um exemplo que tenho em mente. Suponhamos que em todo o mundo não houvesse mais que um só pão, o qual servisse para matar a fome de todos os homens, bastando apenas vê-lo. Tendo o homem, por natureza, quando está sadio, instinto de comer, se não comesse e não pudesse ficar doente, nem morrer, aquela fome sempre cresceria, porque o instinto de comer nunca lhe faltaria. Sabendo então, o homem que só este pão poderia saciá-lo, se o tivesse, não poderia satisfazer a sua fome, e, por isso, sofreria uma pena intolerável. Quanto mais se aproximasse daquele pão, sem poder vê-lo, tanto mais se acenderia nele o desejo que, instintivamente, se dirigiria para este pão, já que encontraria nele toda a sua satisfação. Se o homem estivesse certo de que nunca mais tornaria a ver o pão, naquele momento, teria o seu inferno realizado, à semelhança das almas, que estão privadas de toda a esperança de ver o pão - Deus - seu Salvador verdadeiro. Porém, as almas do purgatório têm a esperança de ver esse pão e de saciar-se plenamente dele. Por isso, padecerão e estarão em sofrimento até o momento em que possam saciar-se daquele pão , Jesus Cristo, verdadeiro Deus e Salvador, amor nosso.


8. SABEDORIA DE DEUS
O inferno e o purgatório revelam-nos a admirável sabedoria de Deus

Assim como o espírito limpo e purificado não encontra lugar senão em Deus para seu descanso, por ter sido criado para este fim, assim a alma em pecado não encontra lugar adequado senão no inferno, tendo-lhe Deus preparado aquele lugar para o seu fim. Por isso, no mesmo instante em que se separa do corpo, a alma vai sozinha ao lugar que lhe foi determinado, sem que ninguém a guie, enquanto que a alma, que conserva a natureza do pecado mortal, vai para o inferno.

Se a alma condenada não encontrasse, naquele momento, aquela determinação procedente da justiças de deus, ficaria num inferno muito pior do que o outro, porque se encontraria fora daquela determinação a qual participa da misericórdia que não dá à alma condenada tanta pena quanto merece.

Por isso, não encontrando lugar mais conveniente, com menor sofrimento, empurrada pela divina determinação, lança-se dentro, encontrando nele seu lugar próprio.

Assim, também a respeito do purgatório, diremos que a alma, separada do corpo, não encontrando em si aquela pureza na qual foi criada e vendo-se no impedimento que pode ser tirado no purgatório, de bom grado, imediatamente nele se lança.

Se não encontrasse aquela determinação capaz de tirar-lhe o impedimento, naquele instante surgiria nela um inferno pior que o purgatório, ao ver que não pode alcançar seu fim divino por causa do impedimento. Este tem tanta importância que em comparação a ele o purgatório não é nada, ainda que, como disse, seja semelhante ao inferno. Esta comparação, porém, é quase nada



9. Necessidade do purgatório

Quero dizer ainda mais: Vejo que, no que diz respeito a Deus, o paraíso não tem portas, de sorte que quem quiser entrar, entra, porque Deus é todo misericórdia e tem os braços abertos para nós, a fim de receber-nos em sua glória. Contudo, vejo também que aquela Divina Essência é de tanta pureza e nitidez (e muito mais do que se possa imaginar) que se a alma encontrar em si uma imperfeição, por insignificante que seja, imediatamente se lançaria em mil infernos a se colocar na presença da Divina Majestade com aquela mancha.

Por isso, ao ver que o purgatório está preparado para tirar-lhe essas manchas, a alma lança-se dentro dele e parece-lhe encontrar grande misericórdia, para poder livrar-se daquele impedimento.


10. Natureza terrível do purgatório

A importância do purgatório não pode ser expressa por palavras nem ser concebida pela mente. Ao mesmo tempo que se observa nele tanto sofrimento como no inferno, nota-se também que a alma, se percebe em si uma mínima mancha de imperfeição, recebe o purgatório como misericórdia, como já se disse e, em comparação com aquela mancha impeditiva do amor, de certo modo não dá importância ao sofrimento.

Parece-me que a pena das almas do purgatório é maior, por verem em si mesmas alguma coisa desagradável a Deus e por a terem-na cometido, voluntariamente, contra tanta bondade, que por qualquer outro tormento experimentado no purgatório. O motivo é este: Estando em graça, aquelas almas vêm a verdade e a importância do impedimento que não as deixa aproximar-se de Deus. 

Todas essas realidades que tentei descrever e se comparadas com o que está gravado em minha mente - enquanto pude compreender nesta vida - são de tão grande elevação que toda a visão, toda palavra, todo o sentimento, toda a imaginação, toda a justiça, toda a verdade... parecem-me mentiras e bagatelas e sinto-me confusa por não encontrar palavras mais profundas.

Continua no próximo capítulo
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