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Artigo N.º 11817 - O "colapso" do catolicismo na Holanda. Quais as razões?
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Postado em: 24/12/13 às 09:57:23 por: James
Categoria: Destaque
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=41&id=11817
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Em visita ad limina a Roma, os bispos neerlandeses informaram ao papa Francisco a profundidade da crise da Igreja católica nos Países Baixos, com o êxodo dos fiéis e dos praticantes tendo atingido proporções críticas.

O cardeal Willem Eijk, arcebispo de Utrecht, falou à Rádio Vaticano, sublinhando que hoje centenas de igrejas católicas correm o risco de serem fechadas e que a Igreja “nos Países Baixos” está à beira do colapso, após ter se “secularizado de modo drástico”, relata Hilary White no LifeSiteNews.

O número de católicos praticantes continua a diminuir. “Durante os anos 1950 (ndt: Antes do Concílio Vaticano II), 90% dos católicos ainda iam à Igreja todos os domingos. Hoje, eles não passam de 5%”.

Isso tem consequências materiais: a Igreja católica não recebe nenhuma subvenção pública, vivendo apenas do dízimo e das doações pagas voluntariamente pelos fiéis. “É por isso que somos forçados a fechar numerosas igrejas”, explicou ele.

E para citar estatísticas recentes, de acordo com as quais, em 2010, somente 16% dos neerlandeses se identificaram como católicos, uma proporção que deverá, salvo um milagre, cair a 10% daqui até 2020 – data na qual o islã tomará o posto de segunda religião dos Países-Baixos, na frente dos protestantes, que deverão então se situar em 4, ou, no máximo, 5%.

O papa Francisco, precisou o cardeal Eijk, reagiu a esses números catastróficos exortando os bispos neerlandeses a “não cederem em nada”. “Deveis manter a coragem e, sobretudo, a esperança que Cristo nos deu. Esta esperança jamais decepciona”, disse o papa Francisco, citado pelo cardeal.

Quais as razões desse declínio?

Se ele não começou a se tornar palpável senão ao longo da década de 1960, ele se tornaria imediatamente após a Segunda Guerra mundial, sublinhou o cardeal Eijk: naquela época, podia-se ver “problemas” mesmo entre os católicos, enquanto que os protestantes tinham começado a despencar desde o início do século XX: a Igreja “perdia sua relação com a doutrina da fé e não atingia mais a vida cotidiana das pessoas”.

Dito de outra forma, a crise que vivemos se enraizou em uma crise da autoridade e do ensino fiel da doutrina. É verdade que nos Países-Baixos católicos – outrora o primeiro fornecedor mundial de missionários – a promoção do Novo catecismo e as atitudes lenitivas do clero em relação às exigências morais da Igreja, especialmente sobre o plano dos costumes, contribuíram muito para persuadir os católicos de que tudo ia muito bem e que não era preciso se preocupar.

Hoje, de acordo com uma estimativa da associação “Futuro do patrimônio religioso” (The Future of Religious Heritage), publicada em 2010, 600 a 700 igrejas católicos neerlandesas estarão fechadas ao culto daqui a cinco anos. Atualmente, as igrejas fecham ao ritmo de, em média, duas por semana, por falta de paroquianos ou praticantes. O relatório, baseado em números de 2008, prevê também o fechamento de 150 dos 170 monastérios e casas religiosas ativas deste ano até 2018.

Interrogado sobre esse estado de coisas, o cardeal Eijk explicou que em sua própria diocese, Utrecht, as 326 paróquias existentes estão prestes a serem fundidas em 49 conglomerados territoriais, no seio dos quais uma única igreja é designada como “Centro eucarístico”. “Não temos padres suficientes hoje para celebrar a missa em cada igreja, centralizamos então a celebração em apenas uma”, declarou ele.

Esse colapso da prática está ligado à queda vertiginosa dos casamentos religiosos: “Nos Países-Baixos há muitos casais gays, casais que co-habitam, e cada vez menos casamentos religiosos católicos. Trata-se de uma queda considerável que indica claramente que o cuidado pastoral da família deve ser uma prioridade em nosso país”, indicou ele. E de afirmar a vontade da Igreja de permanecer firme e audível em sua condenação do aborto e da eutanásia.

O papa Francisco, em seu discurso aos bispos neerlandeses, focou sobre “a educação das consciências”, que hoje é essencial, visto o “vazio espiritual” de seu país fortemente laicizado, sublinhando que seria importante que os católicos estejam onde as decisões são tomadas.

Porém, como proceder em um contexto onde “a doutrina da fé”, como diz o cardeal Eijk, agora é tão mal conhecida e onde os desenvolvimentos mais extremos da cultura de morte se impuseram entre a indiferença geral – quando esta não fora aderida em nome da tolerância?

 


Fonte: http://blog.comshalom.org/carmadelio



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