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Artigo N.º 11326 - Museu das almas do Purgatório: Uma janela para o além que merece ser mais estudada
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Postado em: 06/08/13 às 22:13:28 por: James
Categoria: Mistérios
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Indo à Basílica de São Pedro pelo Lungotevere – a avenida que bordeja o histórico rio Tibre – o romeiro é surpreso por uma bonita igreja que tem o imponderável de conter algo muito singular.

Não é só o fato de seu estilo neogótico evocar a França e destoar do distendido conjunto arquitetônico romano. 
 
Luminosa, delicada, esguia, sorridente, mas infelizmente fechada boa parte do dia, a igreja do Sagrado Coração do Sufrágio fica a dois quarteirões de Castel Sant’Angelo e da Via dela Conciliazione, que leva direto ao Vaticano.
 
 
 
 
 
 
 
 
Perguntei a amigos romanos o que havia nessa igrejinha.
 
Eles me explicaram – não sem antes me prevenirem de não me espantar – que lá havia um Museu das Almas do Purgatório. 
 
Quer dizer, uma coleção de sinais do além deixados por essas almas, que na maioria das vezes apareceram ardendo internamente a parentes ou irmãos de religião. 
 
Sempre pedindo orações para saírem do Purgatório, onde pagavam penas devidas a seus pecados e irem para o Céu.
 
 
 
 
A igreja com destaque à direita, no centro Castel Sant'Angelo,
à esquerda sai a Via della Conciliazione rumo a São Pedro
 
 
Quando achei o horário certo, ingressei pela igrejinha do Sagrado Coração do Sufrágio naquele inédito museu. 
 
Nele os objetos estão expostos dentro de quadros protegidos por vidros, encostados uns aos outros por causa da exiguidade da sala.
 
Talvez seja o menor museu do mundo. E, entretanto, pode-se dizer que o tema ao qual se dedica é mais transcendente que o de muitos museus mais ricos e famosos.
 
Na época, lamentei as parcas informações fornecidas numa simples folha para uso geral dos visitantes. Mas, ainda assim, os testemunhos do além muito me impressionaram.
 
 
 
Interior da igreja
 
A importância do Museu evidenciou-se ainda mais com a entrevista realizada há pouco por uma TV italiana com o pároco da igreja, o Pe. Domenico Santangini.
 
Como ela foi feita em italiano, transcrevi todas suas palavras para o português e apresentando-as aqui.
 
Os singulares objetos que fazem parte do Museu – roupas, madeiras e outros objetos queimados com formas de mãos e outras pelas almas em fogo – merecem serem estudados pela ciência.
 
Como católicos nada tememos sobre as verdades de Fé envolvidas no caso. 
 
O Purgatório não foi objeto de uma definição solene ex-cathedra, mas são inúmeros os ensinamentos revelados contidos nas Escrituras e não é lícito duvidar de sua existência. 
 
 
 
No centro do altar mor, o Sagrado Coração de Jesus recebe as orações
de Nossa Senhora e São José. Embaixo, as almas do Purgatório se voltam para o anjo e Nossa Senhora enquanto o sacerdote oferece a Missa pelas almas que purgam.
 
 
Se os teólogos discutem sobre ele, é apenas sobre seu lugar e outras circunstâncias que não mudam o fato essencial: o Purgatório existe e por ele devem passar as almas destinadas ao Céu, mas que devem pagar penas por faltas cometidas na Terra. 
 
Diz-se até que a grande Santa Teresa de Jesus teria passado pelo Purgatório para fazer uma genuflexão que não fez certa vez ao atravessar uma capela...
 
Como foi acontecer, estudos científicos poderiam fornecer detalhes materiais que contribuiriam para compreendermos melhor a realidade desse lugar do além, o qual não está tão longe de nós como poderíamos achar.
 
Em consequência, nós nos sentiríamos mais convidados a rezar pelas almas que nele estão – quem garante que também nós não poderemos estaremos um dia? – e fazermos uma meditação sobre o destino final de nossa existência.
 
Pensa nos teus novíssimos e não pecarás eternamente” (Eclo 7, 40) – ensinam as Escrituras.
 
Aliás, o caso desse museu não é o único sobre o qual as ciências não se debruçam. 
 
Mas é algo muito concreto, material: as provas estão gravadas com fogo em panos, folhas, livros e móveis que a gente vê com os próprios olhos e que nos abre uma janela para uma imensa realidade.
 
--
 
 
 
Entrevista ao pároco do Sagrado Coração de Jesus do Sufrágio, Roma 
 
Pe. Domenico Santangini, pároco do Sagrado Coração do Sufrágio, Roma: É certo que o Purgatório existe, embora não seja uma verdade de fé absoluta como o Inferno e o Paraíso. Porém, para a Igreja, é uma realidade autêntica, verdadeira.
 
Muitos, infelizmente, fingem não acreditar ou não acreditam de fato, por motivos pessoais. Para nós existe.
 
Como? Por quê?
 
Porque o homem é pecador e, enquanto tal, para chegar ao Senhor tem necessidade de purificação. E esta passagem das almas boas é obrigatória, uma passagem para ter uma alma limpíssima. 
 
É lógico que o Purgatório é uma passagem para o Paraíso, não pode ser para o Inferno. Porque o Inferno é uma condenação absoluta e imediata.
 
 
 
Nossa Senhora do Carmo resgata almas do Purgatório.
Brooklyn Museum, escola de Cuzco, Peru
 
 
Portanto, procuremos descobrir a importância do Purgatório e de rezar muito pelas almas do Purgatório.
 
Porque, uma vez que estas almas entram no Paraíso, elas podem interceder por nós que estamos aqui embaixo.
 
Portanto, caros amigos, caríssimos fiéis, permanecei tranquilos e serenos. O Purgatório é uma grande verdade, uma grande realidade que não podemos deixar de reconhecer.
 
Quando falamos do além, falamos das almas do Purgatório.
 
Certamente podemos falar do Inferno.
 
Mas, não cabe a nós estabelecer quem está no Inferno ou no Purgatório. Só o Padre Eterno sabe, por isso nós cristãos de boa fé, quando encomendamos uma Missa pelos defuntos, a encomendamos pelas almas do Purgatório.
 
As almas santas podem se fazer sentir, “se apresentar” a nós, de muitas maneiras.
 
Poder ser num sonho, pode ser num elemento exterior, pode ser uma intuição, pode ser algumas vezes uma aparição.
 
Assim como temos nesta paróquia, existem testemunhos que põem em evidência como as almas do Purgatório pedem a nós, vivos, orações ou Santas Missas para que elas possam ser liberadas dos sofrimentos do Purgatório. 
 
Por que o Purgatório é sofrimento? Por quê? É sofrimento porque ainda não chegaram a Deus. É o sofrimento da separação de Deus. Esta separação cessa quando entram no Paraíso.
 
Quem pratica o espiritismo não faz outra coisa senão invocar a alma dos mortos, mas, se respondem, esses mortos querem dizer que estão no Inferno.
 
Porque as almas que estão no Purgatório, embora distantes do Senhor, não se prestam ao nosso jogo humano de invocação, enquanto que as almas do inferno, que já são almas perdidas, como verdadeiros diabos então respondem, para poder atrair outras almas para onde elas estão.
 
Portanto, o espiritismo é exatamente o oposto da oração ou da aparição dessas almas aos vivos. É exatamente o oposto.
 
 
 
Altar pelas almas do Purgatório. Igreja de São Francisco, Pontevedra, Espanha
 
 
O bom cristão não pode não acreditar no Purgatório. Porque se ele não crê no Purgatório não é um verdadeiro cristão, transforma-se quase num pagão. Sim, um pagão.
 
Jesus nos disse muitas vezes no Evangelho que, no Fim do Mundo, Ele levará ao Paraíso as almas dos justos que dormem o sono da paz. Os levará ao Paraíso. Então, quer dizer que existe esta passagem.
 
Lógico, há santos que talvez vão direto ao Paraíso. Mas muitas almas, por faltas mais ou menos graves, passam pelo Purgatório.
 
Mas o espiritismo é uma coisa nefasta, e os cristãos que vão consultar esses charlatões cometem pecado grave, gravíssimo.
 
- Jornalista: E fazer encomendas é pecado?
 
Pe. Domenico Santangini: É pior ainda. É pior ainda. Por favor, não façam essas coisas. Porque é o demônio que responde, e de fato toma conta da vossa alma. 
 
O demônio é velhaco, velhaquíssimo. Devemos verdadeiramente evitar ir, e dizer aos outros para não fazê-lo – a nossos parentes, amigos –porque, de outro modo, podem comprometer sua alma. 
 
Quando dizemos que alguém vende a alma ao demônio é através dessa via, desse espiritismo, dessas evocações.
 
 
– Jornalista: Entendemos, portanto, qual é a diferença entre a invocação, portanto o espiritismo, dos defuntos, e a simples oração e a veneração. Mas voltemos ao Purgatório. Este local que pela sua natureza é uma realidade ultraterrena, deixou sua marca e é uma marca muitíssimo tangível. Olhemos.
 
– Pe. Domenico Santangini: Aqui, em 1895, não havia nada, apenas uma capela em volta; não havia nada. 
 
Em 1897 houve um incêndio fortuito e, quando o incêndio foi apagado, uma imagem misteriosa ficou impressa na parede da capela. (foto abaixo)
 
 
 
 
 
Agora lhe faço ver exatamente o original. É a imagem de um homem que sofre, pelo que o Pe. Victor Jouët (N.T.: 1839-1912, missionário do Sagrado Coração, de Issoudun, França), capelão que cuidava desta igrejinha e devoto das almas do Purgatório, entendeu:
 
Este é um sinal dessas almas que querem uma igreja dedicada às suas intenções”.
 
 
Então, quando a notícia se espalhou pela região, segundo as crônicas, houve um afluxo de gente durante oito dias, de milhares de pessoas para verem este fenômeno. 
 
Então, o Pe. Jouët teve a ideia de construir neste local uma igreja dedicada ao Sagrado Coração do Sufrágio. Quer dizer, do sufrágio das almas do Purgatório.
 
 
 
Igreja do Sagrado Coração do Sufrágio, rosácea e órgão
 
 
E o Pe. Jouët era um engenheiro que se tornara padre. O que é que ele fez?
 
Fez a planta de uma igreja gótica, porque a área era reduzida. Encomendou trabalhos para poder erigir esta igreja. Mas não havia recursos. 
 
Pediu ajuda ao Papa, e então o Papa Leão XIII aprovou e deu uma ajuda. 
 
Mas ele próprio foi na França ver sua família em Marselha, que era uma família de posses, e ali recebeu também ajudas. E assim o prédio da igreja foi subindo. 
 
Durante esta construção, que durou até 1912, como ele era devoto das almas do Purgatório, foi viajando pela Europa para buscar testemunhos que dissessem a verdade sobre o grande mistério do Purgatório.
 
– Jornalista: Não somente esta imagem é custodiada como prova da existência do Purgatório. Há outras que constituem verdadeiras provas. Esta história é de tal maneira incrível que ficou decidido dar vida ao único Museu do Purgatório do mundo.
 
– Pe. Domenico Santangini: Entramos no pequeno Museu do Purgatório. Mostrar-lhes-emos todos os testemunhos reunidos pelo Pe. Jouët, o fundador desta igreja e deste museu.
 
Esta é a foto reproduzindo a imagem misteriosa da capela, que foi ampliada, e mostra o olhar de um homem complicado com o pecado. 
 
 
Avental de Sóror Margarida Maria Herendorps,  beneditina de Winnenberg, Alemanha. 
 
 
 
Esta imagem é posterior ao incêndio de 1897. Ela dá uma clara impressão e faz entender o que é uma alma em pena, uma alma que sofre o afastamento de Deus.
 
Estamos diante do 4º testemunho, que nos faz ver um fac-símile fotográfico de uma marca de fogo deixada no avental de Sóror Margarida Maria Herendorps, religiosa do mosteiro beneditino de Winnenberg, na Alemanha. 
 
Aqui temos a mão da Irmã [N.T.: Clara Schoelers], que morreu de peste em 1637.
 
Embaixo temos a marca deixada pela mesma freira sobre uma faixa de pano azul.
 
Depois passamos para a foto número 5 (na foto: 7d).
 
É uma fotografia da marca deixada pela defunta senhora Leleux, que nos fala disto: o filho teve a visão da mãe, falecida 27 anos antes. 
 
 
 
Marca deixada pela defunta senhora Leleux na camisa do filho
 
 
E este homem ficou atormentado por muitas dúvidas a ponto de ficar doente.
 
E a mãe lhe apareceu e lembrou a este jovem a obrigação de ir a Missa aos domingos e de trabalhar um pouco pela igreja. 
 
Como prova disso, pôs-lhe a mão sobre a camisa, deixando esta marca visibilíssima e pediu-lhe para voltar a ser um bom cristão.
 
A imagem nº 8 (embaixo) nos apresenta a marca deixada sobre um livro que pertenceu a Margarida Demmerlé, da paróquia de Ellinghen. 
 
A defunta aparecia com as vestimentas da região. Descia pela escada do celeiro gemendo e olhando com tristeza para a nora, como pedindo alguma coisa.
 
Margarida Demmerlé, numa aparição subsequente, lhe dirigiu a palavra e obteve esta resposta:
 
Eu sou tua sogra, falecida de parto há 30 anos. Vai em peregrinação ao santuário de Nossa Senhora de Mariental e ali faz celebrar duas Santas Missas por mim”. 
 
Depois da peregrinação, a aparição se mostrou de novo para anunciar a Margarida sua libertação do Purgatório. 
 
 
Uma das 3 marcas deixadas pelo abade Panzini.
 
E a nora, por conselho do pároco, lhe pediu um sinal.
 
Pousando a mão sobre a “Imitação de Cristo”, deixou então o sinal da queimadura, e depois não apareceu mais.
 
Aqui temos a marca nº 6. Marca de fogo deixada por um dedo da religiosa Sóror Maria de São Luiz Gonzaga entre o 5 e 6 de junho de 1894. 
 
A relação do fato conta como a referida Sóror Maria, que sofria de tuberculose havia dois anos, com fortes febres, tosse, asma e hemoptise, ficou vítima de desencorajamento e, portanto com vontade de morrer para não sofrer mais. 
 
Mas, como era muito fervorosa, submeteu-se com calma à vontade de Deus.
 
Alguns dias depois, em 5 de junho 1894, expirou santamente e apareceu entre 5 e 6 de junho vestida como Clarissa, mas reconhecível. 
 
A Sóror Margarita, que estava admirada, explicou que estava no Purgatório para expiar seu movimento de impaciência diante da vontade de Deus. 
 
Pediu orações e sufrágios e, para atestar a realidade de sua aparição, pôs o dedo índice sobre a fronha do travesseiro e prometeu voltar.
 
 
 
Uma das 3 marcas deixadas pelo abade Panzini. 
 
 
Apareceu à mesma religiosa entre 20 e 25 de junho, para agradecer à Irmã e dar avisos espirituais à comunidade antes de voar para o Céu. Muito belo.
 
Marca sobre uma tabuleta antiga onde se escrevia [N.T.: deixada por frei Panzini, ex-abade da Ordem Beneditina Olivetana, em Mantova, no dia 1º de novembro de 1731]. 
 
A marca 7a é de uma mão esquerda na tabuleta sobre a qual escrevia a venerável Madre Abadessa [N.T.: Madre Isabella Fornari, Abadessa das Clarissas do mosteiro de São Francisco em Todi, Itália].
 
A segunda é da mesma mão esquerda sobre uma folha de papel e a outra é da mão direita sobre a manga da túnica. 
 
Portanto, são três marcas de mão – duas da esquerda, é claro – para indicar a todos a importância e por que a freira queria deixar um testemunho de sua presença. Pedindo sempre, como muitas outras almas, orações pela sua alma.
 
Já o dissemos: são imagens, são testemunhos de uma realidade – a do Purgatório – fundamental para nós. Devemos procurar verdadeiramente ter uma devoção profundíssima pelas santas almas do Purgatório. 
 
 
 
São Lourenço libera almas do Purgatório. Lorenzo di Nicolò
 
 
Rezar por elas, fazer rezar Missas por elas, porque é o único modo de liberá-las dos sofrimentos do Purgatório. Sofrimento devido ao afastamento do Senhor.
 
Porque se nós fazemos entrar no Paraíso uma só alma do Purgatório, esta alma, uma vez dentro do Paraíso, terá para conosco um movimento de gratidão pelo dom recebido.
 
Eis por que resulta muito espontâneo crer na Comunhão dos Santos: os santos do Paraíso, os santos do Purgatório e nós aqui na Terra, Igreja militante que estamos caminhando rumo ao Paraíso e, infelizmente com frequência, passamos pelo Purgatório”.
 
 
 
 
 
 
 
 
Fim
 
 

 


Fonte: http://cienciaconfirmaigreja.blogspot.com.br/



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