Postado em: 21/08/10 às 13:17:10 por: James
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“As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao SENHOR; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da Igreja, sendo este mesmo o Salvador do corpo.” (Ef 5:22-23)
Muitas feministas ao lerem esta passagem da Bíblia, ou uma passagem semelhante, gostam de dizer: “A Bíblia é um livro machista.” Triste engano! Basta continuar a leitura para perceber a verdade.
“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5 : 25)
E completando…
“Assim também os maridos devem amar a sua mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama.” (Ef 5: 28)
O Feminismo é um discurso intelectual, filosófico e político que tem como meta direitos equânimes(iguais) e uma vivência humana liberta de padrões opressores baseados em normas de gênero(no caso gênero masculino). Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias advogando pela igualdade para homens e mulheres e a campanha pelos direitos das mulheres e seus interesses. De acordo com Maggie Humm e Rebecca Walker, a história do feminismo pode ser dividida em três “ondas”. A primeira teria ocorrido no século XIX e início do século XX, a segunda nas décadas de 1960 e 1970, e a terceira teria ido da década de 1990 até a atualidade. A teoria feminista surgiu destes movimentos femininos, e se manifesta em diversas disciplinas como a geografia feminista, a história feminista e a crítica literária feminista.
O feminismo foi responsável por várias mudanças nas sociedades ocidentais como:
o direito ao voto (para as mulheres)
crescimento das oportunidades de trabalho para mulheres e salários mais próximos aos dos homens, muito longe ainda de oportunidades e promoções equiparadas
direito ao divórcio
controle sobre o próprio corpo em questões de saúde, inclusive quanto ao uso de preservativos e ao aborto.
O feminismo alterou principalmente as perspectivas predominantes em diversas áreas da sociedade ocidental, que vão da cultura ao direito. As ativistas femininas fizeram campanhas pelos direitos legais das mulheres (direitos de contrato, direitos de propriedade, direitos ao voto), pelo direito da mulher à sua autonomia e à integridade de seu corpo, pelos direitos ao aborto e pelos direitos reprodutivos (incluindo o acesso à contracepção e a cuidados pré-natais), pela proteção de mulheres e garotas contra a violência doméstica, o assédio sexual e o estupro, pelos direitos trabalhistas, incluindo a licença-maternidade e salários iguais, e todas as outras formas de discriminação.
Durante a maior parte de sua história, a maior parte dos movimentos e teorias feministas tiveram líderes que eram principalmente mulheres brancas de classe média, da Europa Ocidental e da América do Norte. No entanto, desde pelo menos o discurso Sojourner Truth, feito em 1851 às feministas dos Estados Unidos, mulheres de outras raças propuseram formas alternativas de feminismo. Esta tendência foi acelerada na década de 1960, com o movimento pelos direitos civis que surgiu nos Estados Unidos, e o colapso do colonialismo europeu na África, no Caribe e em partes da América Latina e do Sudeste Asiático. Desde então as mulheres nas antigas colônias europeias e no Terceiro Mundo propuseram feminismos “pós-coloniais”, nas quais algumas postulantes, como Chandra Talpade Mohanty, criticam o feminismo tradicional ocidental como sendo etnocêntrico (ou seja: valorizava lideres bancas de classe média). Feministas negras, como Angela Davis e Alice Walker, compartilham este ponto de vista.
Desde a década de 1980, as feministas standpoint argumentaram que o feminismo deveria examinar como a experiência da mulher com a desigualdade se relaciona ao racismo, à homofobia, ao classismo e à colonização.
A PRIMEIRA ONDA FEMINISTA
A primeira onda do feminismo se refere a um período extenso de atividade feminista ocorrido durante o século XIX e fim do século XX no Reino Unido e nos Estados Unidos, que tinha o foco originalmente na promoção da igualdade nos direitos contratuais e de propriedade para homens e mulheres, e na oposição de casamentos arranjados e da propriedade de mulheres casadas (e seus filhos) por seus maridos. No entanto, no fim do século XIX, o ativismo passou a se focar principalmente na conquista de poder político, especialmente o direito ao sufrágio (direito de votar) por parte das mulheres.
A SEGUNDA ONDA FEMINISTA
Segunda onda do feminismo se refere a um período da atividade feminista que teria começado no início da década de 1960 e durado até o fim da década de 1980. A acadêmica Imelda Whelehan sugere que a segunda onda teria sido uma continuação da fase anterior do feminismo, que envolveu as suffragettes do Reino Unido e Estados Unidos. A segunda onda feminista continuou a existir deste então, e coexistiu com o que é chamado de terceira onda; a estudiosa Estelle Freedman agrupa a primeira e a segunda onda do feminismo, afirmando que a primeira teria tido o foco em direitos como o sufrágio, enquanto a segunda se preocupava principalmente com questões de igualdade e o fim da discriminação.
A TERCEIRA ONDA FEMINISTA
A terceira onda do feminismo começou no início da década de 1990, como um resposta às supostas falhas da segunda onda, e também como uma retaliação a iniciativas e movimentos criados pela segunda onda. O feminismo da terceira onda visa desafiar ou evitar aquilo que vê como as definições essencialistas da feminilidade feitas pela segunda onda que colocaria ênfase demais nas experiências das mulheres brancas de classe média-alta. As feministas da terceira onda frequentemente enfatizam a “micropolítica”, e desafiam os paradigmas da segunda onda sobre o que é e o que não é bom para as mulheres.
O PÓS-FEMINISMO
O termo pós-feminismo descreve uma série de pontos de vista em reação ao feminismo. Embora não cheguem a ser “anti-feministas”, as pós-feministas acreditam que as mulheres atingiram as metas da segunda onda, ao mesmo tempo em que são críticas das metas da terceira onda do feminismo. Um dos primeiros usos do termo foi no artigo de 1982 de Susan Bolotin, “Voices of the Post-Feminist Generation” (“Vozes da geração pós-feminista“), publicada na New York Times Magazine. Este artigo foi baseado numa série de entrevistas com mulheres que concordavam em grande parte com as metas do feminismo, porém não se identificavam como feministas.
“Feministas propõe frequentemente o uso de uma linguagem não sexista, que utiliza, por exemplo, “senhorita” tanto para mulheres casadas como para mulheres solteiras. Também procuram criticar o uso de palavras que derivam do género masculino para descrever coisas relativas tanto à mulher quanto ao homem (por exemplo, homem para designar o ser humano; ou o uso de pronomes masculinos no plural, quando em referência a grupo de homens e mulheres — eles). Isso pode ser visto como uma tentativa de eliminar o sexismo de algumas línguas, pois algumas feministas acreditam que a linguagem afeta diretamente a percepção da realidade.” (Wikipédia)
Existem muitas ideias no movimento a respeito da severidade dos problemas atuais, a essência e como enfrentá-los. Em posições extremas encontram-se certas feministas radicais que argumentam que o mundo poderia ser muito melhor se houvesse poucos homens(!). Algumas feministas afastam-se das correntes principais do movimento, como Camille Paglia; se afirmam feministas mas acusam o feminismo de ser, por vezes, uma forma de preconceito contra o homem.
O FEMINISMO CONTRA A IGREJA CATÓLICA
O Papa João Paulo II escreveu a Encíclica Da Dignidade da Mulher, onde fala sobre o papel fundamental das mulheres na história do Cristianismo. As religiosas católicas não fazem parte da hierarquia da Igreja, a qual possui três graus que são: os diáconos, os padres e os bispos. Segundo a referida encíclica há papéis femininos e masculinos na Igreja, uma divisão de tarefas. As mulheres religiosas são consagradas a Deus, a diferença entre os dois papéis está na função sacerdotal ministerial, que é destinada apenas aos homens. E prosseguindo, o Santo Padre afirma que o paraíso não é destinado aos ministros, mas antes aos santos, homens ou mulheres. As feministas discutem a “controvérsia” de Nossa senhora ser Mãe e Virgem ao mesmo tempo.
“Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisados de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja porém, o homem interior do coração unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus.” (1Pd 3: 3-4)
Acompanhe a opnião do movimento Feminista sobre a Igreja. Retirado em: http://www.espacoacademico.com.br/053/53angelin.htm
“Com a ascensão da Igreja Católica, o patriarcado imperou, até mesmo porque Jesus era um homem. Neste contexto, tudo o que a mulher tentava realizar, por conta própria, era visto como uma imoralidade (ALAMBERT, Ano II: 7). Os costumes pagãos que adoravam deuses e deusas, passaram a ser considerados uma ameaça. Em 1233, o papa Gregório IX instituiu o Tribunal Católico Romano, conhecido como “Inquisição” ou “Tribunal do Santo Ofício”, que tinha o objetivo de terminar com a heresia e com os que não praticavam o catolicismo. Em 1320 a Igreja declarou oficialmente que a bruxaria e a antiga religião dos pagãos representavam uma ameaça ao cristianismo, iniciando-se assim, lentamente, a perseguição aos hereges.
A “caça às bruxas” coincidiu com grandes mudanças sociais em curso na Europa. A nova conjuntura gerou instabilidade e descentralização no poder da Igreja. Além disso, a Europa foi assolada neste período por muitas guerras, cruzadas, pragas e revoltas camponesas, e se buscava culpados para tudo isso. Sendo assim, não foi difícil para a Igreja encontrar motivos para a perseguição das bruxas.
Para reconquistar o centro das atenções e o poder, a Igreja Católica efetivou a conhecida “caça às bruxas”. Com o apoio do Estado, criou tribunais, os chamados “Tribunais da Inquisição” ou “Tribunais do Santo Ofício”, os quais perseguiam, julgavam e condenavam todas as pessoas que representavam algum tipo de ameaça às doutrinas cristãs. As penas variavam entre a prisão temporária até a morte na fogueira. Em 1484 foi publicado pela Igreja Católica o chamado “Malleus Maleficarum”, mais conhecido como “Martelo das Bruxas”. Este livro continha uma lista de requerimentos e indícios para se condenar uma bruxa. Em uma de suas passagens, afirmava claramente, que as mulheres deveriam ser mais visadas neste processo, pois estas seriam, “naturalmente”, mais propensas às feitiçarias (MENSCHIK, 1977: 132 e EHRENREICH & ENGLISH, 1984: 13).”
O FEMINISMO E A DEFESA DO ABORTOAcompanhe esta reportagem retirada em:http://www.forumplp.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1380:feministas-defendem-aborto-e-atacam-igreja&catid=42:mulheres&Itemid=160. Veja bem, não irei omitir nenhuma informação, tudo começa com um caso que envolve o Bispo de Recife, Dom José, onde ele excomungou a mãe de uma menina de 9 anos, estuprada pelo próprio padrasto, juntamente com os médicos que realizaram o aborto.
“Pregar sua doutrina no interior dos templos é um direito legítimo de todos os religiosos. Agora, quando um representante da Igreja Católica Apostólica Romana tenta interferir nas decisões da Justiça, ou faz essas declarações à imprensa, está claramente procurando exercer inapropriada influência pública sobre o Estado laico, construindo um discurso de intolerância e intransigência oposto à ideia de vida que alega defender.” (Movimento Feminista sobre o caso)
A pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp) Mariana Cestari, uma das coordenadoras da manifestação, explicou que a bandeira do movimento pela legalização do aborto expressa uma questão de direito feminino ao próprio corpo. “Hoje temos mais de 1 milhão de abortos provocados por ano no Brasil. É uma realidade. E criminalizar ou tratar como criminosas as mulheres que realizam abortos não significa diminuir esses números”, disse Mariana à Agência Brasil. Segundo ela, as mais prejudicadas com a criminalização do aborto são as mulheres negras e pobres, que realizam essas cirurgias de forma clandestina e em condições precárias, que podem levar à morte.
Acompanhe esta outra matéria….(encontrada no mesmo link)
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Representantes de entidades feministas aproveitaram o Dia Internacional da Mulher para defender a legalização do aborto em um ato público realizado hoje (8) no Parque da Cidade, em Brasília. Com faixas, música e dança e distribuição de panfletos, o grupo de cerca de 20 mulheres defendeu o que considera “direito de escolha”.
As faixas traziam frases como “Maternidade não é obrigação, é opção” e reivindicações de melhoria no atendimento às mulheres nos serviços públicos de saúde.
“Hoje temos um processo de criminalização das mulheres que praticam aborto e das mulheres que ajudam as outras mulheres que necessitem praticar aborto, mesmo nos casos de aborto legal. Isso foi sacralizado na semana passada na voz do bispo que excomungou a equipe médica que realizou um aborto”, afirmou a representante da Marcha Mundial das Mulheres, Isabel Freitas.
(…)Um grupo de teatro da organização não-governamental Instituto Arcana de Arte e Desenvolvimento Humano animou a manifestação ao som de músicas populares. Também houve distribuição de preservativos masculinos e femininos.
A IGREJA E A MULHER
Seria muito massante continuar uma discussão sobre o feminismo e as suas lutas contra a Santa Igreja, então para que não sejam minhas próprias palavras à concluir estas matéria, recorro a um trecho da Encíclica da Dignidade da Mulher, por vossa santidade o Papa João Paulo II:
MULHER – MÃE DE DEUS
(THEOTÓKOS )
União com Deus
« Ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Deus o seu Filho, nascido duma mulher ». Com estas palavras da Carta aos Gálatas (4, 4), o Apóstolo Paulo une entre si os momentos principais que determinam essencialmente o cumprimento do mistério « preestabelecido em Deus » (cf. Ef 1, 9). O Filho, Verbo consubstancial ao Pai, nasce como homem de uma mulher, quando chega a « plenitude dos tempos ». Este acontecimento conduz ao ponto chave da história do homem sobre a terra, entendida como história da salvação. É significativo que o Apóstolo não chame a Mãe de Cristo com o nome próprio de « Maria », mas a defina como « mulher »: isto estabelece uma concordância com as palavras do Proto-Evangelho no Livro do Gênesis (cf. 3, 15). Precisamente essa « mulher » está presente no evento salvífico central, que decide da « plenitude dos tempos »: esse evento realiza-se nela e por seu meio.
No Ano Mariano, a Igreja deseja render graças à Santíssima Trindade pelo « mistério da mulher » — por toda mulher — e por aquilo que constitui a eterna medida da sua dignidade feminina, pelas « grandes obras de Deus » que na história das gerações humanas nela e por seu meio se realizaram. Em última análise, não foi nela e por seu meio que se operou o que há de maior na história do homem sobre a terra: o evento pelo qual Deus mesmo se fez homem?
A Igreja, portanto, rende graças por todas e cada uma das mulheres: pelas mães, pelas irmãs, pelas esposas; pelas mulheres consagradas a Deus na virgindade; pelas mulheres que se dedicam a tantos e tantos seres humanos, que esperam o amor gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser humano na família, que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas mulheres que trabalham profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma grande responsabilidade social; pelas mulheres « perfeitas » e pelas mulheres « fracas » — por todas: tal como saíram do coração de Deus, com toda a beleza e riqueza da sua feminilidade; tal como foram abraçadas pelo seu amor eterno; tal como, juntamente com o homem, são peregrinas sobre a terra, que é, no tempo, a « pátria » dos homens e se transforma, às vezes, num « vale de lágrimas »; tal como assumem, juntamente com o homem, uma comum responsabilidade pela sorte da humanidade, segundo as necessidades cotidianas e segundo os destinos definitivos que a família humana tem no próprio Deus, no seio da inefável Trindade.
Aconpanhe o texto na íntegra seguindo o link: http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_letters/documents/
hf_jp-ii_apl_15081988_mulieris-dignitatem_po.html
DEUS ABENÇOE A TODOS!!!