Postado em: 22/04/09 às 00:04:28 por: James
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Espacojames: Na novena da Misericórdia todos os dias levamos ao coração misericordiosíssimo de Jesus um tipo de alma, e no último dia (9º dia) jesus pede que levemos a ele todas as almas tíbias: Porque?
NONO DIA – (Sábado). "Hoje traze-Me as almas tíbias e mergulha-as no abismo da minha Misericórdia. Estas almas ferem mais dolorosamente o meu Coração. Foi da alma tíbia que a minha Alma sentiu repugnância no Horto. Elas levaram-Me a dizer: Pai afasta de Mim este cálice, se assim for a vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é recorrer a minha Misericórdia.
Ó compassivo Jesus, que sois a própria Compaixão, trago à morada do vosso compassivo Coração as almas tíbias; Que se aqueçam no fogo do vosso amor puro estas almas frias que são semelhantes a cadáveres e Vos enchem de tanta repugnância. Ó Jesus, muito compassivo, usai a força da vossa Misericórdia e atraí-as até o fogo do vosso amor e concedei-lhes o amor Santo, porque Vós tudo podeis.
Eterno Pai, olhai com Misericórdia para as almas tíbias e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Pai de Misericórdia, suplico-Vos pela amargura da Paixão do vosso Filho e por sua agonia de três horas na Cruz, permiti que também elas glorifiquem o abismo da vossa Misericórdia. Amém."
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A alma tíbia é aquela que ignora o amor de Deus e não busca nenhum método para alcançar a salvação, são almas frias, ignorantes e errôneas que vivem perambulando sem direção. Também são consideradas tíbias as almas e alguns sacerdotes, leigos e até mesmos consagrados que deveriam zelar pelas almas das ovelhas, mas por descaso ou falta de fé abandonam-as ao relento, onde o inimigio (lobo) pode a qualquer momento devorá-las.
Saia da tibieza, volte para Jesus!
Jesus disse: "Saia de cima do muro, Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca." Apocalipse 3:16
Abraços
james
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O que são almas Tibias
A tibieza está profundamente ligada aos pecados, principalmente os capitais. E entre eles destaca-se a preguiça. Em geral, a preguiça é a inclinação a procurar o repouso e o conforto do corpo. É a acomodação que a tibieza nos proporciona, para assim nos tirar de uma vida constante de oração.
Por isso, a tibieza tem uma grande intenção: além de nos tirar o fervor e uma vida de oração, nos leva a pecados que quebram o relacionamento com o Senhor.
A tibieza opõe-se à caridade e nos fecha em nós mesmos, sem dar-nos aos outros. Ela provoca a permanência no pecado, sem deixar-nos sair da situação e com isso recusamos os meios que Deus pôs a nosso dispor para alcançarmos a salvação.
A tibieza leva-nos a sérios pecados, entrando pela porta que é a preguiça e os outros capitais:
Desespero da salvação; pecados capitais (orgulho, avareza, inveja, ira, impureza, gula, preguiça); pusilanimidade (é a atitude medrosa, fraca, envergonhada diante das coisas de Deus e da Igreja, tanto no nosso coração quando nas manifestações exteriores da nossa fé); fraqueza no cumprimento dos mandamentos; rancor e raiva contra os que nos chamam a atenção para que voltemos a rezar; ódio das coisas espirituais que impedem a alma de se soltar no pecado; atenção voltada para as coisas ilícitas, interesse por elas, desejo de as praticar etc.
“A alma tíbia serve a Deus com negligência e desgosto; os exercícios de piedade aborrecem-na; a mortificação a cansa, não sente atração alguma por coisas espirituais; o cumprimento de seus deveres se torna penoso, a freqüência aos sacramentos não lhe causa a menor impressão, tudo faz por rotina; seu espírito se abre a toda e qualquer distração que se apresentar; seu coração á ávido das afeições sensíveis; tudo faz superficialmente; o menor pretexto a leva a deixar de fazer práticas de piedade que se impôs ou que a regra lhe prescreve; ela se deixa envolver, sem escrúpulos pela perda de tempo e pelas conversas inúteis; arrasta-se penosamente pelo caminho da virtude” (Pe. Júlio Chevolier, Meditações 1, pp. 354-356).
Não podemos deixar que esses pecados e outros entrem na nossa vida, principalmente pela preguiça. Nos entregarmos totalmente a Deus. O nosso corpo só quer moleza e a tendência na indisposição é procurar logo o conforto, deixando a oração de lado ou para depois. Mesmo sem vontade, precisamos nos dobrar diante do Senhor.
A preguiça juntamente com a tibieza nos leva a pecar contra a caridade e o amor de Deus. “Pode-se pecar de diversas maneiras contra o amor de Deus: a indiferença negligencia ou recusa a consideração da caridade; menospreza a delicadeza da caridade divina e nega a sua força. A ingratidão omite ou se recusa a reconhecer a caridade divina e a pagar amor com amor. A tibieza é uma hesitação ou uma negligencia em responder ao amor divino, podendo implicar a recusa de se entregar ao dinamismo da caridade. A acídia ou preguiça espiritual chega a recusar a alegria que vem de Deus e a Ter horror ao bem divino. O ódio a Deus vem do orgulho. Opõe-se ao amor de Deus, cuja bondade nega, e atreve-se a maldizê-lo como aquele que proíbe os pecados e inflige as penas” (CIC 2094).
Cada vício ou pecado capital, há pecados relacionados a eles:
1. Soberba: orgulho, vaidade vanglória, arrogância, prepotência, presunção, auto-suficiência, amor próprio, exibicionismo, egocentrismo, egolatria etc; combater com a virtude da humildade;
2. Avareza: ganância, apego, corrupção; combater com o desprendimento;
3. Luxúria : toda espécie de pecados relacionados com a impureza, nos sentidos, olhares, comportamentos, gestos, palavras, ações etc; combater com a castidade;
4. Gula; combater com a temperança;
5. Ira: violência, revanche, ódio etc; combater com o perdão;
6. Inveja: fofocas, maledicência, intrigas, brigas, rivalidades, calunias, ódios etc; combater com a benevolência;
7. Preguiça: negligência, imperícia, imprudência etc; combater com a diligência.
Precisamos fugir desses pecados para podermos ser totalmente do Senhor.
Veja Mais:
Oração a Nossa Senhora, Esposa do Espírito Santo, pedindo que nos livre da tibieza
Esposa do Espírito Santo,
Mãe da divina graça!
Fazei-nos compreender que as alegrias de Deus,
que ninguém pode tirar,
só podem ser usufruídas pelas almas que se empenham
em viver a sério a santidade a que Jesus nos chamou:
Sede, pois, perfeitos,
como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.
Fazei-nos entender, Mãe nossa,
que essas alegrias,
intimamente unidas à paz que o mundo não pode dar,
são fruto do Espírito Santo
– que é o Amor no seio da Trindade – ,
da docilidade à sua Graça, às suas inspirações
e, sobretudo, aos seus sete Dons.
Que vejamos que elas são
fruto da vida interior,
da união com Cristo na Cruz,
da mortificação generosa;
da vibração apostólica,
da entrega aos que ignoram e erram,
da solicitude para com os que sofrem
e da caridade para com todos.
Que compreendamos que essas alegrias
procedem somente do "fogo de Cristo"
– o divino Espírito Santo! –
que a alma em Graça leva,
como num templo,
dentro do coração.
***
Por isso, Mãe, nós vos pedimos:
– Não permitais que esse fogo se apague.
Livrai-nos do desleixo espiritual,
da moleza consentida,
da displicência nas coisas de Deus,
da piedade formal e do dever rotineiro,
da indiferença para com o próximo,
da conivência disfarçada com as tentações,
do desejo mascarado de tirar uma lasquinha
de cada um dos sete pecados capitais.
Mãe da divina Graça,
curai as chagas abertas na alma
pelo nosso egoísmo – "vento gelado"
que apaga as chamas de Pentecostes –,
e pelo nosso amor-próprio mesquinho,
que se empenha em entronizar o "eu",
com seus "gostos", "vontades" e "vaidades",
no altar do coração onde só Deus deveria reinar.
Livrai-nos de querer justificar a nossa negligência
com mil desculpas tíbias e "razões sem razão".
Fazei-nos compreender com luzes claras
que a tibieza – para dizê-lo com palavras de São Paulo –
contrista o Espírito Santo de Deus.
***
Ajudai-nos a entender especialmente, Mãe,
que a primeira coisa
que a tibieza "afoga" na alma do cristão
– quando atraiçoamos o Amor –
são os sete dons do Espírito Santo:
– Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza,
Ciência, Piedade e Temor de Deus.
Os sete Dons, Senhora!
Eles são os sete sopros do Amor da Trindade
que enfunam as velas da alma em Graça
e a dirigem, veloz, para Deus.
Eles são as brisas do Céu que,
suave e fortemente,
impelem as velas do barco da alma,
sempre que a alma a elas se abra, generosa,
e se deixe guiar, transparente,
como um diamante puro de três faces:
a fé, a esperança e o amor.
***
Eles, os sete Dons,
são as mãos do Amor divino
que guiam o leme dessa barca frágil.
São igualmente
– como os antigos diziam–
as chuvas que fecundam a alma,
e a tornam capaz de dar frutos,
os frutos do Espírito Santo
que São Paulo assim enunciava:
Alegria, paz, paciência,
amabilidade, bondade, lealdade,
mansidão, autodomínio, castidade.
Os sete Dons são ainda, Mãe
– que maravilha! – ,
indescritível esplendor de luz,
força invencível,
cálido consolo e aconchego,
e, no final da vida, nos levam
a entrar, felizes para sempre,
no próprio seio do Coração de Deus.
Por isso, Mãe, nós vos pedimos,
pela intercessão de São Josemaria,
que nos obtenhais do Espírito divino
esses sete tesouros, esses sete dons,
sem os quais é impossível que a alma
avance, de claridade em claridade,
de amor em amor,
seguindo os passos de Cristo
até alcançar a santidade e o Céu.
[Adaptado do livro de F. Faus: A tibieza e os dons do Espírito Santo, Quadrante, São Paulo 2007]