Postado em: 09/12/09 às 20:04:57 por: James
Categoria: Biografia
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=3&id=3800
Marcado como: Artigo Simples
Ver todos os artigos desta Categoria: Biografia
( * Diamantina, 16/08/1907 + Belo Horizonte, 16/10/1981)
1907 - O INÍCIO DE TUDO
16 de agosto – Nasce, na cidade mineira de Diamantina, Maria da Conceição Santos, filha de Joaquim Antônio dos Santos e Eulália dos Santos.
27 de agosto - Maria da Conceição Santos é batizada na antiga Matriz de Santo Antônio da Sé, atual Catedral Metropolitana de Santo Antônio, em Diamantina.
27 de dezembro - Ela recebe o sacramento da Crisma poucos meses depois do nascimento.
OS PRIMEIROS PASSOS NA VIDA CRISTÃ
Infância - De família simples, Maria da Conceição cresceu junto com seus irmãos em um ambiente de fé. Ainda criança, recebeu de seus pais os primeiros ensinamentos, vivências e os verdadeiros valores cristãos da religião Católica Apostólica Romana. Mesmo pequenina, revelava dons divinos e manifestava vocação para a vida religiosa. Participava das celebrações da santa missa, coroações, festas religiosas, procissões e de terços com muita dedicação. Por amor à Virgem Santíssima, tornou-se “Filha de Maria”, difundindo também com fervor a sua devoção.
Estudos - Em sua terra natal fez seus primeiros estudos e o curso primário. Nesta época, descobriu sua predileção pela música e aprendeu a tocar vários instrumentos.
Juventude – Jovem, virtuosa e cheia de predicados, vivia alegre e transmitia felicidade a todos. Como catequista e professora de violão, evangelizava crianças e adultos, levando fé, alegria, amor, esperança e a palavra de Deus aos que encontrava pelo caminho. Nesta fase, despertou em seus companheiros de infância e mocidade, grande amor pelas coisas divinas. Com toda a sua simplicidade e humildade, ela já demonstrava que a trajetória da sua vida seria muito significativa e especial.
1935 – O COMEÇO DE UMA LONGA CAMINHADA
11 de fevereiro - O ingresso na vida religiosa foi de forma espontânea, em resposta a sua vocação, demonstrada desde a infância. Com a permissão de seus pais e decidida a servir unicamente a Deus, Maria da Conceição ingressou na Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, no dia de Nossa Senhora de Lourdes.
Naquele lugar, ela iniciou sua missão apostólica, seguindo humildemente os exemplos do fundador da congregação, Monsenhor Domingos Pinheiro, crescendo no amor a Deus e a Nossa Senhora através da caridade e da necessidade em propagar e difundir o amor a todos, sem distinção ou discriminação.
1936 - DE MARIA DA CONCEIÇÃO SANTOS A IRMÃ BENIGNA VICTIMA DE JESUS
19 de março – Neste dia dedicado a São José, Maria da Conceição Santos fez seus primeiros votos religiosos, passando a se chamar, a partir desta data, Irmã Benigna Victima de Jesus. Por amor e inspiração divina ela escolheu este nome em Deus colocando-se ao seu pleno dispor. Iniciou o seu apostolado prestando serviços religiosos nos locais designados pela congregação.
DE DIAMANTINA A ITAÚNA
Em Itaúna, no Centro-Oeste do Estado, Irmã Benigna trabalhou na Casa de Caridade Manoel Gonçalves de Souza Moreira. Ali, junto aos mais carentes e necessitados, entregou sua vida. Transformou-se em doação e amor, crescendo na fé junto às orações e ações de renúncia e caridade.
1941 – A SERVA DE DEUS A EXEMPLO DA VIRGEM MARIA
6 de janeiro - Com a certeza de prosseguir como religiosa, Irmã Benigna fez seus votos perpétuos, dedicando-se cada vez mais a Deus e ao próximo.
Irmã Benigna passou a ser reconhecida por suas virtudes de caridade e de fé - Nesta época já era incessante a procura das pessoas por ela, pedindo orações e conselhos. Sobretudo, sem indiferenças e distinções, Irmã Benigna recebia a todos com muito amor, rezando com cada um e pedindo proteção e amparo aos que necessitavam da ajuda do Senhor.
1942 – CUIDANDO DOS CORAÇÕES AFLITOS
Trabalhando na Casa de Caridade Manoel Gonçalves de Souza Moreira, em Itaúna, Irmã Benigna diplomou-se em enfermagem, passando a cuidar e acolher com carinho aqueles corações mais humildes.
1943 – “MADRINHA DAS MÃES”
01 de janeiro – Ainda em Itaúna foi nomeada Superiora, assumindo a direção da mesma Casa de Caridade, onde trabalhava como enfermeira. Na nova função, fundou uma maternidade que deu assistência e conforto às mães carentes, onde ensinava as mulheres a cuidar dos filhos, orientando-as a respeito de saúde, higiene e alimentação. Nesta maternidade, Irmã Benigna ajudava a providenciar todo o enxoval para as mães que não tinham condições financeiras.
1947 - O FIM DE SUA MISSÃO EM ITAÚNA
Imensas foram as conversões através de suas orações nesta cidade, gerando uma enorme inveja, mesmo entre as freiras que ali trabalhavam.
Por conseqüência da força de seus dons e de seu carisma, Irmã Benigna começou a sofrer calúnias e perseguições. Tanto que, da noite para o dia, dentro da casa que ela dirigia, espalharam rumores de que estaria grávida e retiraram-na de lá presa, numa viatura policial, com a acusação de que era uma freira do povo e também comunista. Quanto sofreu, quantas lágrimas derramou e quanto foi caluniada!
Apesar de injustiçada, Irmã Benigna terminou sua missão em Itaúna com louvor. Depois de 12 anos de dedicação e trabalho, saiu da cidade com a certeza de que através da fé e devoção a Nossa Senhora e ao rosário, tinha levado luz para muitas famílias que estavam nas trevas.
16 de novembro – Irmã Benigna encerra seus serviços como superiora na Casa de Misericórdia Manoel Gonçalves de Souza Moreira.
PEREGRINAÇÃO DE NORTE A SUL DO ESTADO
1948 - Instituto São Luiz (Caeté/MG)
De Itaúna, Irmã Benigna foi transferida para a Serra da Piedade, para o Asilo São Luiz, em Caeté. No mesmo ano, soube que a maternidade em Itaúna, onde nasceram tantas crianças e sonhos, teria sido demolida. Entre orações e meditações, pedia a Deus e a Nossa Senhora, forças para continuar e perdoar aos que caluniaram-na, perseguiram-na e injustiçaram-na.
Na Serra da Piedade, Irmã Benigna foi isolada e afastada de todos, além de sofrer grandes dores por não poder se defender. Chegou a ser colocada num chiqueiro, onde adquiriu várias doenças. Mesmo assim, oferecia todo o seu sofrimento pelos pecadores e pela santificação do clero. Com o padre Vicente Borges, seu confessor, teve apoio nesta fase tão difícil.
Depois de mais de um ano, seus amigos conseguiram descobrir onde estava. Encontraram-na trabalhando nos serviços mais pesados, porém, estava sempre alegre e recebia todos com amor e orações.
Já com a saúde abalada, o doutor José Nogueira, médico e amigo, ao visitá-la, percebeu que enquanto esteve naquele lugar, Irmã Benigna teria adquirido várias doenças como diabetes, reumatismo, problemas na coluna, coração e rins. Temendo o pior, comunicou à diretora da casa, que por causa dos maus tratos, Irmã Benigna não poderia continuar naquela situação, e se ali permanecesse, responsabilizaria a congregação se algo acontecesse a ela.
Naquela época, inúmeras pessoas vinham de longe para rezarem com Irmã Benigna, muitas delas carentes e necessitadas de conforto espiritual.
1950 – Asilo Hospital (Lambari/MG)
Irmã Benigna foi designada a prestar seus serviços no Asilo Hospital em Lambari. Incansável, deixou sua marca nesta cidade, desenvolvendo um grande trabalho como parteira e enfermeira, ajudando os pobres, crianças necessitadas, pessoas doentes. Lá, também dedicou seu carinho e amor a todos, sem distinção. Ela ensinava sempre que a oração é a força para vencer todas as dificuldades e o caminho para se obter as graças de Deus junto a Nossa Senhora.
As boas notícias a seu respeito foram se espalhando. O número de pessoas que citavam Irmã Benigna como uma religiosa cheia de dons especiais e divinos era cada vez maior.
1955 - Colégio Nossa Senhora de Lourdes (Lavras/MG)
Trabalhando sempre em prol do ser humano, Irmã Benigna acolheu a todos com carinho, aliviando-os com sábios conselhos e orações fervorosas. Às alunas do colégio, ela ensinava a piedade, a fé e a importância da devoção à Nossa Senhora. Era comum encontrar alunas aflitas pedindo à Irmã Benigna orações para serem felizes nas provas. E Irmã Benigna rezava sempre com elas, cativando-as com seu exemplo de abnegação, trabalho, e principalmente caridade.
Irmã Benigna era muito invejada por seus dons divinos e sua popularidade.
Em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes, Irmã Benigna construiu uma belíssima gruta que foi destruída logo depois de sua transferência para a cidade de Sabará.
1960 - Santa Casa de Misericórdia (Sabará/MG)
Irmã Benigna também trabalhou na Santa Casa do município de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Junto aos mais carentes, dedicou ainda mais o seu tempo, a sua afeição e todo o seu amor.
Devido à proximidade da capital e à facilidade de comunicação, Irmã Benigna pôde aumentar seu apostolado e sua assistência espiritual. Procurada constantemente por pessoas aflitas, em busca de uma palavra de orientação e conforto, ela respondia com a oração da “Salve Rainha”. Ensinava, principalmente, que tudo pode ser resolvido por intermédio de Jesus e Nossa Senhora. Inúmeras pessoas receberam benefícios e foram curadas através da suas orações. No meio de médicos, doentes e moradores atuou divinamente deixando também, nesta cidade, o caminho para se chegar a Deus.
1963 - Instituto São Luiz (Caeté/MG)
Voltou a prestar seus serviços no Asilo São Luiz. Lá permaneceu até 1966.
1966 - Lar Augusto Silva (Lavras/MG)
Irmã Benigna foi chamada para ajudar na reconstrução do Lar Augusto Silva. A sua chegada acabou sendo uma bênção para os velhinhos, órfãos e crianças que viviam na instituição e passavam por muitas dificuldades.
6 de janeiro - Bodas de Prata - Celebração dos seus 25 anos da profissão perpétua dos seus votos religiosos que teve início em 1941.
Natal com os Velhinhos - Mesmo empenhada com a reconstrução do Lar Augusto Silva, Irmã Benigna não se esquecia do presente de nenhum velhinho no Natal. Até uma maçã para eles era um presente e virava motivo de alegria. Contam que numa determinada época, já nas vésperas do Natal, Irmã Benigna lembrou que não tinha conseguido as maçãs que todos os anos ela presenteava os internos do asilo. Aflita, por não querer decepcionar seus velhinhos, rezou uma “Salve Rainha” com seus amigos. Quando terminaram a oração, soou a campainha. Ao abrir a porta, a graça foi alcançada: era o Expresso Nepomuceno entregando várias caixas de maçãs. Assim, seu pedido foi atendido e o presente dos velhinhos garantido!
1969 A 1975 – MOMENTOS DE PROVAÇÃO
Mais um sofrimento. Em 1969, Maria de Lourdes Santos, sua irmã, sofreu traumatismo craniano e lesões em várias partes do corpo, ficando em coma por quase seis anos, após um atropelamento em uma das principais vias de trânsito da capital mineira. Neste período, Irmã Benigna obteve permissão da congregação para dar assistência a sua irmã enferma, sem, contudo, interromper o seu trabalho em Lavras. Porém, mesmo com o empenho de Irmã Benigna, Maria de Lourdes Santos não resistiu e faleceu na Santa Casa de Misericórdia, em 30 de julho de 1975.
Colégio Piedade (Belo Horizonte/MG)
Em suas vindas à Belo Horizonte, Irmã Benigna sempre se hospedava no Colégio Nossa Senhora da Piedade, onde continuava a ser requisitada por pessoas com os mais diversos problemas.
Irmã Benigna se alegrava por ver a Capela do Colégio e as imagens de Jesus e Nossa Senhora cercadas de flores. Sempre que podia, enfeitava tanto a Capela como as imagens com as flores que conseguia com sacrifício. Porém, muitas vezes, era criticada por levar “mato e flores sem gosto” para encher a capela. Não se importando com as zombarias, ela respondia com um sorriso e continuava sua missão. Não valorizava os defeitos das pessoas, somente as qualidades.
Irmã Benigna era muito gorda e encurvada, andava com dificuldade e tinha um descontrole hormonal que a obrigava a raspar os pêlos do rosto todos os dias, fato este que lhe rendia constantes críticas e humilhações. Uma vez, uma freira lhe disse: “A senhora sabe que é muito feia, aleijada, defeituosa, jeca e sem gosto?” Ela respondeu: “Deus faz as coisas muito bem feitas. A senhora já imaginou se eu, que sou muito procurada por senhores que me pedem orações para suas famílias, negócios e saúde, fosse bonita, quanto ciúme provocaria em suas esposas?”. A freira ficou desapontada por esperar de Irmã Benigna uma resposta violenta.
Irmã Benigna era requisitada tanto em hospitais como por homens de negócios com problemas financeiros, famílias desestruturadas e jovens viciados. Entretanto, sua popularidade era motivo de perturbação e inveja para algumas freiras da Congregação. Por diversas vezes, ao voltar exausta de algum chamado ou missão, e com uma pesada maleta pendurada nos braços, Irmã Benigna deparava-se com a porta do Convento trancada por dentro. Ela tocava a campainha, mas não era atendida. Sem escolha, passava a noite na escada, junto ao portão da rua.
Mesmo em meio às dificuldades, Irmã Benigna nunca desanimou. Prosseguiu sua missão graças a sua fé em Deus e à força da oração da "Salve Rainha" que demonstrava a sua extrema devoção a Nossa Senhora. Irmã Benigna não media esforços para ir de encontro aos aflitos, doentes, carentes e necessitados, levando suas palavras e orações, seus gestos de amor e caridade e assim, conseguia conversões extraordinárias e curas belíssimas.
A serviço de Deus em todos os lugares
Mesmo prestando serviços em Lavras, Irmã Benigna ia constantemente a Belo Horizonte, porque era onde que conseguia verbas e doações para o asilo. Assim, passava por várias repartições públicas para resolver algum problema do asilo, e com carinho, exercia seu dom especial para chegar às pessoas.
Em secretarias, diante de funcionários muitas vezes exaustos que demoravam a atender, ela não desanimava e chamava um ou outro, segurava suas mãos e antes de resolver qualquer problema da necessidade do asilo, lhes dizia: “Vejo que está cansado, em aflição, com problemas, mas Deus resolverá tudo. Vamos rezar uma ”Salve Rainha”, Nossa Senhora te protegerá”. Quando terminava tinha conseguido mais um devoto e mais um amigo que, a partir daí, com carinho a ajudaria a resolver todos os seus problemas naquela repartição.
Uma discípula de Cristo
Irmã Benigna tornou-se uma apóstola de Jesus Cristo em ação, auxiliando e socorrendo a todos, cumprindo sua vocação religiosa de maneira missionária e assistencialista dedicando toda a sua vida aos pobres e excluídos. Cumpria suas missões com amor, humildade e simplicidade, vivendo a alegria de servir unicamente a Deus, para a glória de Jesus Cristo e de Maria Santíssima.
Era sempre procurada por pobres, ricos, jovens, crianças, idosos, políticos, militares, secretários, governadores, ministros, enfim, gente de todas as classes sociais.
Em todos os lugares por onde passou, Irmã Benigna deixou para cada pessoa sua confiança sem limites na providência divina. Deixando rastros da sua santidade, espalhou suas obras de bondade que até hoje são lembradas.
Pedras pelo caminho
Irmã Benigna permanecia em Lavras, voltando com freqüência a Belo Horizonte. Cumpria sempre seus deveres, não deixando sem amparo todos que a procuravam. Tinha grandes amigos que sempre a amparavam nas dificuldades. Quando faltava alimento no asilo, ela recorria aos seus amigos e logo era atendida. Às vezes, as contas venciam e o dinheiro faltava, mas, ao rezar a “Salve Rainha”, a ajuda chegava através de conhecidos que, sem saber de nada, doavam o quanto podiam.
Doenças abalavam a saúde, mas não a Fé
Certa época, Irmã Benigna, com problemas de saúde e sob orientação médica, conseguiu através de amigos da diretoria do Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, tratamento de massagem e sauna. Apesar de já estar debilitada e necessitando cuidar de sua saúde, não deixava de dar assistência a todos que necessitavam de sua força. Era comum encontrá-la junto a várias senhoras, rezando o terço e tirando a aflição de seus corações.
1977 – CIDADÃ HONORÁRIA
30 de junho - Em reconhecimento aos trabalhos prestados à comunidade de Lavras, a Câmara Municipal da cidade, por votação unânime, conferiu o título de cidadã honorária à Irmã Benigna. (Projeto de Resolução: 003/77).
1980 – PERSISTÊNCIA NA FÉ
16 de agosto - Com a ajuda dos amigos e com grande sacrifício, Irmã Benigna construiu a Capela de São José, permitindo que as celebrações eucarísticas fossem realizadas para os velhinhos do asilo num local mais próximo (leia mais no link "Capela de São José").
1981 – UM ANO INESQUECÍVEL
16 de agosto - Em homenagem a Nossa Senhora de Lourdes, em frente à Capela São José, Irmã Benigna inaugurou uma linda gruta (leia mais no link "A Gruta").
16 de setembro – Para homenagear alunos, professores e funcionários do Colégio Nossa Senhora da Piedade, Irmã Benigna organizou uma grande festa de confraternização. Ao promover este evento, ela quis suscitar o encontro de muitos corações e reforçar a importância de cada um.
12 de outubro - Os Últimos Minutos de uma Vida Exemplar
Neste dia, com a saúde em estado crítico, Irmã Benigna foi internada no CTI do Hospital Prontocor, em Belo Horizonte. Tudo foi feito para salvar a sua vida, até mesmo a colocação de um marca-passo. Porém, sua saúde estava muito debilitada. Mesmo no leito de morte, as pessoas pediam-lhe orações e ela rezava com cada um que a procurava.
16 de outubro - O Fim da Caminhada e o Começo de uma Nova Vida
Depois de uma vida de entrega, doação, partilha, o coração imenso de Irmã Benigna parou. Sua obra estava terminada. Mas, em todos os lugares por onde passou, Irmã Benigna deixou suas marcas profundas. Com grande humildade, demonstrou como se deve trilhar o caminho do próprio Cristo, através do exercício da caridade. Ela foi e ainda continua sendo um anjo que passa por nossas vidas, fortificando cada um que percorre seu caminho aqui na Terra, elevando e engrandecendo o nome da Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade.
27 ANOS DE SAUDADE
Irmã Benigna foi uma forte guerreira que venceu com amor todas as dificuldades de sua vida. Vinte e sete anos se passaram desde o seu falecimento, porém, cremos com toda a certeza da fé que ela está junto de Deus e de Nossa Senhora agora e, através de sua forte e poderosa intercessão, alcança inúmeras bênçãos e graças divinas para todos os seus devotos.
DEVOÇÃO À IRMÃ BENIGNA
Hoje, milhares de devotos atribuem a Irmã Benigna inúmeros milagres e a fé de muitos faz com que o seu túmulo, no Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte, seja atualmente um dos mais visitados e agraciados em razão do seu exemplo de amor, esperança e caridade. Todas as segundas-feiras, a partir das 14h, mais de trezentas pessoas se reúnem em oração na sua sepultura, localizada no jazigo 145, quadra 9 do cemitério, onde é celebrada a Santa Missa e é rezada a Novena de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia.
Irmã Benigna tornou-se protetora de todos que a procuram e é reconhecida por aclamação popular como a “Santa da Salve Rainha e a Santa da fartura”, pelas muitas graças alcançadas dos que acorrem a ela para pedir emprego, para que tire um vício, para conseguir pagar as dívidas, cura de doenças, proteção para as famílias e do local de trabalho, e por outras súplicas, necessidades e aflições.
Esperamos que Irmã Benigna, dentre em breve, esteja em todos os altares do Brasil e do mundo. Que todos encontrem na sua vida, força para viver com dignidade a sua própria história.