
Williams, símbolo de união dos 77 milhões de anglicanos ao redor do mundo, recordou aos que encabeçam a Igreja Episcopal que haviam se comprometido a restringir a designação de homossexuais para exercer altos cargos dentro do anglicanismo.
“O processo de seleção, no entanto, está completo somente em parte – advertiu Williams. A eleição tem de ser confirmada, ou poderia ser rejeitada, por bispos diocesanos e comitês diocesanos”, disse em declarações dadas a conhecer em seu site.
A eleição de Mary Glasspool, de 55 anos, deve ser convalidada agora pela Igreja Episcopal nacional, isto é, pelos bispos das 108 dioceses episcopais dos Estados Unidos.
Williams indicou que esta eleição “terá implicações muito importantes”.
Se sua eleição for ratificada, Glasspool passaria a ser a assistente do hierarca de Los Angeles, J. Jon Bruno, um bispo divorciado, para atender cerca de 70 mil paroquianos na Califórnia.
Ela seria também a primeira bispa homossexual eleita depois de, no último mês de julho, a Igreja Episcopal levantar o veto à eleição de bispos homossexuais.
Em 2003, viveu-se dentro do anglicanismo o mesmo debate com a eleição do bispo homossexual Gene Robinson para o estado de New Hampshire, na região de New England, nos Estados Unidos. O fato trouxe graves divisões em toda a Comunhão Anglicana.