Postado em: 12/05/11 às 07:00:54 por: James
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O patriarca de Moscou, Kirill lII, enviou uma mensagem, divulgada ontem, ao papa copta Shenouda III, na qual mostra a proximidade dos ortodoxos aos cristãos do Egito e de outros países, "nos quais sofrem opressões e violações dos seus direitos à vida e à liberdade religiosa".
Exorta também as autoridades egípcias e líderes ecumênicos, bem como a comunidade internacional, a agir "de forma decidida e inequívoca diante da violência contra a minoria cristã".
Por outro lado, o presidente do Departamento de Relações Externas do Patriarcado, o metropolita Hilarion Alfeyev, divulgou um comunicado no qual mostra a "dor" da Igreja Ortodoxa Russa diante do ocorrido em Gizeh.
"O Egito era considerado um bom exemplo de convivência pacífica entre a maioria muçulmana e a minoria cristã", reconhece o metropolita Hilarion. Por isso, os últimos ataques - incluindo o atentado de Alexandria - "causam apreensão e dor a milhares de crentes no mundo inteiro".
Os ortodoxos valorizam os esforços das forças de segurança egípcias, assim como "as declarações dos líderes muçulmanos que, sem hesitar, condenaram a atuação dos extremistas violentos", e pedem a estes que "exortem seus seguidores a renunciar a toda forma de atentado contra a vida e a liberdade religiosa" dos cristãos.
Ainda que reconheçam que a paz religiosa no país "é um problema interno e uma obrigação das autoridades egípcias", contudo, advertem que o ocorrido no Egito "faz parte de um processo global que afeta a vida dos cristãos em uma série de países".
"O contínuo crescimento das perseguições aos cristãos em regiões do mundo nas quais estes viveram durante muitos séculos - adverte o comunicado -, nos últimos anos, está adquirindo o caráter de uma ação sistematicamente planejada e realizada."
Por isso, exorta-se a comunidade internacional e, antes de tudo, os países europeus, que historicamente apoiaram o destino dos cristãos nos demais continentes, a elaborar um mecanismo geral de defesa das comunidades cristãs no mundo inteiro, baseado no diálogo aberto e na colaboração honrada entre os Estados, as comunidades religiosas e a sociedade civil".
"Só colocando o tema da defesa dos direitos dos cristãos na pauta do dia da comunidade internacional e fazendo todos os esforços para solucioná-lo, será possível evitar tragédias como a que acaba de ocorrer em Gizeh", conclui o comunicado.