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Artigo N.º 10801 - SEXTA FEIRA SANTA - 29 / 03 / 2013
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Postado em: 25/03/13 às 22:58:48 por: James
Categoria: Artigos
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Quem participar da cerimônia da sexta feira santa e comungar podem obter uma indulgência plenária. É necessária a confissão sacramental que pode ser feita até oito dias antes (Manual das Indulgências Nr.17).

Padre Ângelo José Busnardo



Is.52.13-53.12 / Hb.4,14-16; 5.7-9 / Jo.1-19,42

Tudo aquilo que existe foi criado por Deus: o sofrimento e a morte foram criados por Deus ao amaldiçoar a terra por causa do pecado e não arrependimento de Adão e Eva: 17 Para o homem ele disse: “Porque ouviste a voz da mulher e comeste da árvore, cujo fruto te proibi comer, amaldiçoada será a terra por tua causa. Com fadiga tirarás dela o alimento durante toda a vida (Gn.3,17).

Pelo pecado, a humanidade se separou de Deus. A humanidade não tinha condições de voltar para Deus pelos próprios meios. O pecado ofende a Deus. A gravidade da ofensa é calculada pelo lado do ofendido. Deus é infinito e quem ofende a Deus produz uma ofensa de gravidade infinita. O ser humano tem capacidade para produzir ofensas de gravidade infinita mas não tem poder de produzir méritos de valor infinito. Por isto foi necessária a vinda a este mundo de um ser que fosse divino para ter capacidade de produzir méritos de valor infinito e que fosse humano para estar sujeito ao sofrimento e à morte.

 



Por isto, para nos resgatar, Deus precisou vir até nós. Para se encarnar, Jesus foi obrigado a assumir um corpo feito de terra amaldiçoada, tornando-se sujeito ao sofrimento e à morte física. Se Jesus tivesse morrido de velho, não teria ficado livre de todo o sofrimento, mas podiria ter morrido sem passar por grandes sofrimentos. Mas a maldade do homem pecador se encarregou de submetê-lo à morte mais cruel que se conhecia na época. A encarnação de Jesus foi obra de Deus, a crucifixão foi obra do homem.

Jesus nunca pecou, mas para nos purificar passou por um sofrimento atroz. Quem quiser salvar-se sem renúncia e sofrimento é um iludido. Ninguém pode ser discípulo de Jesus sem carregar a cruz: 24 Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25 Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por amor de mim, há de encontrá-la. (Mt.16.24).

 

Deus não criou apenas o sofrimento que conhecemos para esta vida: o purgatório e o inferno também foram criados por Deus para purificar ou castigar definitivamente suas criaturas após a morte. Durante esta vida, o sofrimento está limitado à resistência do corpo humano: Deus não pode submeter uma pessoa a dez mil graus de temperatura e nem lhe dar um castigo de duzentos anos de duração. Mas, após a morte, os limites da resistência do corpo humano desaparecem. O sofrimento de uma alma no purgatório ou no inferno é muito mais penoso do que o sofrimento que Jesus padeceu desde o momento em que foi preso até à morte na cruz. Ele mesmo confirmou isto ao ver o choro das mulheres que o acompanhavam no cominho do calvário: 26 Enquanto o conduziam, agarraram um certo Simão de Cirene, que vinha da lavoura, e o encarregaram de levar a cruz atrás de Jesus. 27 Seguia-o grande multidão de povo e de mulheres que batiam no peito e o lamentavam. 28 Voltando-se para elas, Jesus disse: “Filhas de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos. 29 Pois dias virão em que se dirá: Felizes as mulheres estéreis, os ventres que não geraram filhos e os seios que não amamentaram. 30Então começarão a pedir aos montes: caí sobre nós, e às colinas: cobri-nos! 31 Pois se isso fazem com a árvore verde, o que não acontecerá com a seca?” (Lc.23,26-31).
 


O inferno foi criado para castigar os anjos rebeldes, mas está sendo usado por Deus também para castigar a parte da humanidade que não faz na terra a vontade dele. Quem não quiser ser fiel a Deus por amor que o seja por temor, porque Deus é Pai misericordioso e Juiz implacável. Depende de cada um de nós transformar o criador em Pai acolhedor ou em juiz implacável. Um dos dons do Espírito Santo é o temor de Deus. Deus deve ser amado e temido. Deus quer a salvação de todos e não poupou o próprio Filho para colocar a salvação à disposição de toda a humanidade, mas não obriga ninguém a aceitar a proposta dele.

Acompanhemos as cerimônias da paixão, agradecendo a Deus por não ter poupado o próprio Filho único para nos salvar e conscientes que os nossos pecados, se não nos libertamos deles antes da morte, nos submeterão a um sofrimento muito mais intenso do que o sofrimento de Jesus. O sofrimento após a morte será transitório se os pecados não forem mortais e definitivo se a morte nos surpreender em pecado mortal. Portanto, evitemos a qualquer custo os pecados mortais e procuremos a perfeição durante esta vida para evitar ou pelo menos diminuir o tempo de purificação no purgatório: 48 Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito (Mt.5,48).


Ângelo José Busnardo
e-mail : ajbusnardo@gmail.com




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