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Artigo N.º 15961 - Saiba o como provar a doutrina do Purgatório a um Cristão Evangélico
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Postado em: 10/08/20 às 23:54:07 por: James
Categoria: Saiba Mais
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A palavra purgatório não é mencionada na Bíblia, da mesma forma que as palavras ‘encarnação’, ‘Santíssima Trindade’ ou até mesmo a palavra Bíblia, não aparecem nas Escrituras. Isso, no entanto, não é motivo para negarmos a existência de um “lugar de purgação”, o qual de fato é mencionado na Bíblia.

 
"Nela jamais entrará qualquer imundície, nem os que se entregam à abominação e à mentira. Vão entrar somente aqueles que têm o nome escrito no Livro da Vida do Cordeiro." Apocalipse 21:27

Há várias passagens que nos indicam a existência desse tal lugar de purificação, mas vamos dar uma olhada em 1 Coríntios 3:12-15, que ao contrário de outras referências bíblicas sobre o purgatório, não pode ser refutada por protestantes evangélicos. Vamos analisar um trecho da versão João Ferreira de Almeida, uma popular tradução da Bíblia protestante.

12 E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o fogo testará qual seja a obra de cada um. 14 Se permanecer a obra que alguém sobre ela edificou, esse receberá *galardão. ( s.m. *Recompensa ou prêmio por serviços valiosos prestados. Honra, glória) 15 Se a obra de alguém se queimar, ele sofrerá prejuízo; mas o tal será salvo todavia como que pelo fogo. 1 Coríntios 3:12-15

Quando lemos essa passagem no contexto do capítulo 3, vamos notar que São Paulo se dirige a uma porção da Igreja de Cristo, a Igreja em Coríntios. Ele repreende os fiéis Coríntios sobre suas ações pecaminosas, tais como divisões, o ciúme, etc. No capítulo 3, São Paulo não só afirma que nossas obras são julgadas; ele também lida com a qualidade das obras do Cristão, pelas quais cada um de nós seremos recompensados ou punidos.

"Aquele que planta ou aquele que rega são iguais; cada um receberá a sua recompensa, segundo o seu trabalho." 1 Cor3: 8

Se analisarmos o versículo 15 do mesmo capítulo, temos um exemplo de uma pessoa cuja obras já foram julgadas e queimadas, portanto ela “sofrerá prejuízo”, mas finalmente será salva pelo fogo. A fim de esclarecer o que isso significa, precisamos definir o que “sofrer prejuízo” representa. A expressão “sofrer prejuízo” provém de uma forma da palavra grega Zemio. Lembre-se que o grego é o idioma original dos textos bíblicos. Outras formas dessa mesma palavra, zemio, também aparecem no Antigo Testamento com o significado, ou a tradução, “castigo” [Exodus 21:21, Provérbios 17:26 e 19:19, etc ..]. Isso significa que embora Zemio fora traduzido em 1 Cor 3:15 como “sofrer prejuízo”, o termo também quer dizer punição ou castigo. Portanto, a passagem 1 Cor3:12-15 nos dá uma descrição clara e um estágio de “expiação” ou purgação pelo qual toda alma salva, mas imperfeita precisa passar. A esse lugar a Igreja da o nome de Purgatório,  é  exatamente a isso que São Paulo se refere.

São Paulo faz uma analogia sobre a qualidade dos nossos trabalhos comparando-os à materiais como ouro, prata, pedras preciosas para representar uma adesão mais perfeita ao Evangelho de Cristo, e madeira, palha e restolho, como uma referencia à uma adesão imperfeita ao Evangelho e que por isso, serão queimados e, pelos quais o homem “sofrerá prejuízo” ou “punição”, mas no fim ele, o homem, será salvo, todavia como que pelo fogo.

Assim, em 1 Coríntios 3:12, a madeira, feno e palha (que são queimados) significam as obras da pessoa que morreu em estado de justificação e foi perdoada de qualquer pecado que ele possa ter cometido. Ela é, portanto, salva, mesmo  que não tenha feito reparação por todos seus pecados cometidos depois do batismo.

Outras Referências ao Purgatório:

"O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, ATÉ QUE PAGASSE toda a sua dívida. É ASSIM que o meu Pai que está nos céus FARÁ convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.” Mateus 18: 34-35

"Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto ele caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. Em verdade, te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo." Mateus 5:25-26

Ou seja, em ambas passagens acima vemos uma referência implícita ao lugar de expiação o qual a Igreja chama Purgatório. Enquanto estamos à caminho do tribunal, uma alusão ao julgamento individual depois da morte, somos obrigados a nos reconciliar, pois o adversário ( Satanás, o acusador) nos condenará diante do Juiz (Deus) que por sua vez nos fará justiça, e seremos jogados na prisão (purgatório), até que nossas dívidas (cada pecado cometido e não expiado) sejam pagas. Essas passagens são referências ao purgatório e não ao inferno, como alguns alegam, pois elas claramente afirmam que uma vez que as dívidas são pagas, o devedor (pecador) sairá da prisão (lugar de expiação, ou purgatório). Como sabemos, uma vez condenado, ninguém sai do inferno. Ao contrário disso, as almas do purgatório são almas SALVAS que, uma vez purificadas, saem da “prisão” e ascendem ao céu.

A Posição da Igreja

O catecismo de Igreja Católica ensina que  “Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do céu.” (Cf CIC § 1030).

Neste contexto se encaixa perfeitamente a doutrina católica sobre o Purgatório. O Concílio Católico de Lyon II, definiu o Purgatório da seguinte forma:

Papa Gregório X – Concílio de Lyon II, 1274:

“Porque se eles morrem na caridade verdadeiramente arrependidos antes que eles tenham feito satisfação através de dignos frutos de penitência pelos pecados cometidos e omitidos, suas almas são purificadas depois da morte por punições purgatóriais ou depurantes…” (Denzinger 464)

Um grande exemplo de um homem que foi perdoado de seus pecados graves, mas não fez reparação por eles, é encontrado no caso de Davi. Em 2 Samuel 11 (2 Reis 11 na Douay-Rheims Bíblia católica), lemos que o Rei Davi cometeu adultério com Bate-Seba. David também mandou matar o marido de Bate-Seba. Estes são os pecados mortais. Se Davi tivesse morrido naquele estado, ele teria ido para o inferno, pois 1 Coríntios 6:9 nos mostra que nenhum adúltero ou assassinos entrarão no céu. Mas Davi se arrependeu do seus pecados, quando condenados por Natã, em 2 Samuel 12.

2 Samuel 12:13 – “E disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. E disse Natã a Davi, o Senhor perdoou de teu pecado, não morrerás.

O Senhor levou o pecado de Davi, e Natã, o disse que não iria morrer. ‘Morrer’ nesse contexto significa que ele não iria morrer eternamente, ou seja, perecer no inferno. A culpa do pecado foi perdoada porque Davi se arrependeu verdadeiramente e se transformou a partir dai. Mas isso significa que tudo foi acertado? Não, pois plena satisfação por seu pecado mortal não tinham sido feitas. Lemos em 2 Samuel 12:14-15 que Davi teve de sofrer a perda de seu próprio filho para fazer satisfação por seu pecado, um pecado que já havia sido perdoado.

2 Samuel 12:14-15 “… Todavia, como desprezaste o Senhor com essa ação, morrerá o filho que te nasceu. E Natã voltou para sua casa. O Senhor feriu o menino que a mulher de Urias tinha dado a Davi, e ele adoeceu gravemente.

Isto fornece prova inegável de que a culpa de um pecado de um crente pode ser perdoada sem que a completa punição seja levada  apenas pelo arrependimento. O Concílio de Trento colocou a questão desta forma:

Papa Júlio III,

Concílio de Trento, sobre o Sacramento da Penitência, Sess. 14, cap. 8, 25 de novembro de 1551 – “… é absolutamente falsa e contrária à Palavra de Deus que a culpa [do pecado] nunca é perdoada pelo Senhor, sem que a devida punição também receba remissão. Pois exemplos claros e ilustres encontram-se nos Escritos Sagrados [cf. Gênesis 3:16 f; Num. 12:14; Nm 20:11; II Reis 12:13 ss; etc].” (Denzinger 904).

Há várias referências à existência do purgatório no Antigo Testamento, bem como outras referências no Novo Testamento, mas, como visto em 1 Coríntios 3:12-15, o conceito de Purgatório é ensinado nas Escrituras e foi aceito pelos primeiros cristãos. Mas por que os antigos cristãos acreditam no purgatório e até oravam para os mortos? Faziam-no, obviamente, porque não se trata de uma doutrina inventada pelos homens, mas de uma noção claramente ensinada nas Escrituras, e também porque esse ensinamento fazia parte da tradição recebida dos Apóstolos.


Fonte: https://igrejamilitante.com/2010/12/05/saiba-o-como-provar-a-doutrina-do-purgatorio-a-um-cristao-evangelico/



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