Postado em: 15/10/09 às 21:21:44 por: James
Categoria: O Purgatório
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Vejo também que procedem daquele divino amor para com a alma, certos raios e relâmpagos tão abrasadores, penetrantes e fortes que parecem tentar aniquilar não só o corpo mas também a alma se fosse possível. Esses raios realizam duas operações: A primeira, a de purificar; a segunda, a de aniquilar. Olhe o ouro. Quanto mais é fundido, tanto melhor se torna; e poder-se-ia fundir tanto até aniquilar nele toda a imperfeição. O fogo produz este efeito nas coisas da terra; porém, a alma não pode aniquilar-se em Deus, mas em si mesma.
Quanto mais a purificas, tanto mais a aniquilas em si mesma e, ao final, estará purificada em Deus. O ouro quando purificado até 24 quilates, não se consome, por mais fogo que você queira por nele, porque não se pode consumir senão sua imperfeição. Assim, também o fogo divino age com a alma. Deus a mantém no fogo até que se consuma toda imperfeição e a conduz à plenitude da perfeição (naturalmente segundo grau de cada alma).
E quando a alma se tiver purificado, fica toda em Deus sem coisa alguma em si que seja sua. Seu ser é Deus. Quando Deus conduziu a Si a alma purificada deste modo, então ela permanece impassível, porque nada lhe resta para consumir e, ainda que, assim purificada se mantivesse no fogo, esse não lhe causaria mal algum; antes lhe seria um fogo de divino amor, como de vida eterna, sem nenhuma contrariedade.