Postado em: 13/10/10 às 09:23:23 por: James
Categoria: Artigos
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Essa atitude, apesar de trazer alguma satisfação psicológica, acaba por contribuir para o aumento do mal que se quereria evitar. Os votos nulos, assim como os brancos, não são computados (art. 77, §2º, CF). Mas eles acabam contribuindo para eleger o candidato mais popular.
Para exemplificar: se dentre 1000 pessoas, nenhuma tiver votado branco ou nulo, todos os votos serão válidos e ganhará o candidato que receber mais de 50% dos votos, ou seja, 501 votos. Mas se dentre essas 1000 pessoas, 50 tiverem votado branco ou nulo, significa que teremos apenas 950 votos válidos. Portanto, o mesmo candidato será eleito se alcançar 476 votos. [13]
Dilma, portanto, só tem a ganhar com aqueles pró-vida que, desgostosos de José Serra, resolverem votar em branco ou anular seu voto.
Esta é uma hora crítica, em que precisamos imitar a conduta de Deus, que tantas vezes tolera um mal a fim de evitar um mal maior.
Em vez de arrancar o joio (por causa do perigo de arrancar com ele também o trigo), o Senhor manda deixar que joio e trigo cresçam até a hora da colheita (Mt 13,29). Em seu desejo de salvar tudo o que pode ser salvo, Ele não quebra a cana já rachada nem apaga a mecha que ainda fumega (Mt 12,20).
No dia 31 de outubro, antes de entrar na cabine eleitoral, talvez seja conveniente rezar “não nos deixeis cair em tentação (de anular o voto)”. Na hora de pressionar as teclas, talvez seja preciso prender a respiração antes de digitar “XX” e “CONFIRMA”[XX]. Mas o amor a Deus e à pátria exige de nós esse sacrifício.
Anápolis, 9 de outubro de 2010.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis