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Artigo N.º 7188 - O futuro da Igreja – Visões de Anna Catharina Emmerick - Parte 2
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Postado em: 28/01/11 às 02:16:03 por: James
Categoria: Profecias
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Continuação.

4. Vê a São Francisco de Assis e Santa Juana de Chantal. (Domingo de infra oitava da Santíssima Trinidade, 1820)

Para consolo meu vi quadros da vida dos dois santos: São Francisco de Sais e Santa Juana de Chantal. Diziam que os tempos que corremos são muito tristes; mas que depois de muitos desastres, virá um tempo suave e aprazível, em que os homens estarão muito unidos uns com outros e se amarão muito; então florescerão muitos mosteiros no verdadeiro sentido da palavra. Vi também uma imagem destes longínquos tempos, a qual não posso descrever; daí se afastavam as trevas da noite e surgiam a luz e o amor. Vi toda classe de quadros relativos ao Renascimento das ordens religiosas.




Santa Joana Francisca Chantal


Os tempos do Anticristo (1) não estão tão próximos como alguns crêem. Têm de vir precursores do mesmo. Vi em algumas cidades mestres de cujas escolas poderão sair esses precursores.


5. Vê a Igreja de São Pedro em perigo. (28 de agosto de 1820)

Vi uma imagem da Igreja de São Pedro, onde me parecia que o tempo boiava sobre a terra e que muitos corriam pressurosos a pôr-se embaixo dele para transportá-lo, grandes e pequenos, sacerdotes e seculares, mulheres e meninos e ainda anciões impedidos. Eu sentia grande angústia e inquietude, pois estava vendo que a igreja ameaçava ruínas por todas as partes. Mas todas aquelas gentes se puseram embaixo dela sustentando-a com seus ombros; quando isto o faziam, todos tinham a mesma estatura.

Cada um estava em seu posto: os sacerdotes embaixo dos altares; os leigos embaixo das colunas e as mulheres à entrada. Era tão grande o peso que todos suportavam que cri que seriam esmagados. Sobre a Igreja aparecia o céu aberto e os coros dos santos a sustentavam com suas orações e seus méritos e ajudavam aos que a sustentavam sobre seus ombros. Eu estava flutuando entre uns e outros. Vi que os que a levavam se moviam para diante e que uma fila de casas e palácios que havia defronte caíam por terra, como as espigas de um campo, ao passar sobre eles a igreja e que a mesma igreja foi posta ali sobre a terra.

Então tive outra visão. Vi que a Santíssima Virgem estava sobre a Igreja e ao redor dela os apóstolos e bispos. Abaixo vi grandes procissões e solenidades. Vi que todos os maus pastores da igreja, que tinham crido que podiam fazer algo com suas próprias forças, sem receber a virtude de Cristo, dos copos de seus santos predecessores e da igreja, foram lançados e substituídos por outros. Vi que desde o alto recebiam bênçãos e que se faziam grandes mudanças. Vi ao Papa que dirigia todas estas coisas. Vi elevar-se a dignidades, a homens muito pobres e a jovens.

OBS: Recorde-se que esta visão tem quase dois séculos. Abreviaram-se os tempos. Quando Ana Catarina fala do Anticristo o faz sempre como de uma pessoa e não de uma sociedade ou estado anticristão. Só num mundo anticristão poderá imperar o Anticristo. No mesmo sentido fala Santa Hildegarda em seu livro Scivias.


6. Vê uma Igreja falsa na contramão da Igreja de Roma. (12 de setembro de 1820)

Vi construir uma igreja curiosa, falsa e perversa. Tinha no coro três divisões, cada uma de várias arquibancadas, umas mais altas do que as outras. Embaixo se estendia uma escura extensão cheia de trevas. Sobre a primeira destas divisões vi que arrastavam um assento, na segunda uma grande xícara cheia de água; sobre a mais alta tinha uma mesa. Não vi nenhum anjo presente na construção; mas estava a espécie mais ardente e curiosa de múltiplos espíritos imundos, destes que pesteiam os ares, que transportavam toda classe de objetos que depositavam debaixo daquele teto, e ali abaixo, certas pessoas envoltas numa espécie de mantas ou capas eclesiásticas, levavam todas essas coisas afora.

Nada vinha do alto naquela igreja; tudo provia da terra e da escuridão, e os espíritos imundos o traziam e preparavam tudo. Só a água parecia ter em si mesma força saudável e em certo modo santificante. Vi trazer depois para dentro dessa igreja uma grande quantidade de instrumentos. Muitas pessoas e também meninos levavam utensílios e instrumentos da mais variada espécie para fazer e produzir alguma coisa; mas tudo era escuro, pervertido, privado de vitalidade e não se via mais do que separação e divisão.

Perto desta vi outra igreja luminosa, plena de graças do alto; vi aos anjos subir e descer e vi ali vida e crescimento, ainda que também dissipação e negligência. Apesar de tudo era uma árvore cheia de seiva e de força vital em comparação da pseudo-igreja, que parecia um sarcófago de relíquias mortas e de figuras. Uma igreja era como uma ave que voa e se remonta nos ares; a outra como um barrilete feito de papel pelos meninos, cheio de nodos, de enfeites e de bocados de papel de cores na fila, que se arrasta sobre um campo árido talher de estopa, em vez de remontar-se aos ares.

Tenho visto que muitas das coisas reunidas naquela igreja estavam amontoadas na contramão da igreja vivente: assim vi dardos e flechas. Cada um se empenhava em levar aí dentro alguma coisa, como bengalas, varas, pompas de água, garrotes de toda classe, bonecos e espelhos. Ali tinha trombetas, chifres, foles e toda classe de objetos de toda classe e maneira. Sob a abóbada da sacristia se afanavam por fazer pão; mas não fermentou e ficou tudo abandonado. Vi àqueles homens com as mantas levar lenha adiante das arquibancadas sobre as quais estava o púlpito e acender fogo e soprar com os foles e com a boca e afanar-se muito; mas não saía de ali mais do que fumaça de uma escuridão horrível.

Então fizeram uma abertura por acima e colocaram um tubo; mas aquele fogo não quis prender e se fez tão denso de fumaça que terminou por sufocar. Outros sopravam nas trombetas e clarines e se esforçavam de tal modo que parecia lhes saíam aos olhos pelas órbitas; mas tudo ficou ali abandonado no solo e depois desapareceu sob terra; de maneira que tudo era morto e fictício e vã obra humana.

Esta igreja é em verdade feita pelos homens, em conformidade com a nova moda, como o é a nova igreja, não católica, de Roma, que é também dessa espécie (E).

(E) – Não é preciso ter muito conhecimento para entender que ela está aqui se referindo a esta falsa igreja moderna, voltada para o homem, que os inimigos de Deus estão construindo. Uma falsa igreja social, que nada tem a ver com o Santo Padre e a Igreja de Roma.

7. Vê a obra dos espíritos maus na falsa igreja. (12 de novembro de 1820)

 
Viajei por um país escuro e frio e cheguei a uma grande cidade. Ali dentro vi de novo a estranha grande fábrica da igreja; mas tenho visto que ali não há nada de santo, senão inumeráveis espíritos planetários (segundo Ana, estes são espíritos imundos, provenientes das classes mais baixas de anjos e de pouco poder, não tão culpados pela queda) que trabalhavam em torno dela. Vi tudo isto como se fosse real, de modo parecido, fazer-se uma obra eclesiástica católica de comum acordo entre os anjos, os santos e os cristãos; mas aqui as formas empregadas eram mecânicas, e as ajudas e os meios de outra espécie.

Vi subir e baixar e enviar raios e luz por muitos espíritos planetários cobre aquela gente que trabalhava. Tudo se fazia e resultava segundo a pura razão humana. Vi lá acima, nas altas regiões, como um espírito fazia linhas e desenhava figuras e como depois aqui na terra se executava, porque via que um abria os alicerces e fazia aberturas ou planos. Tenho visto que a ação destes espíritos planetários, que trabalham para si e para essa grande fábrica, como estendiam seu influxo maléfico às mais remotas comarcas.

Tudo aquilo que parecia necessário ou só útil à fabricação e existência desta igreja, vi excitá-lo e pô-lo por obra nos mais apartados lugares e distâncias e vi porem-se de acordo homens e coisas, ensinos e opiniões para cooperar à esta obra. Tinha em todo esse quadro um pouco de admiravelmente egoístico, de orgulhosamente seguro e violento; e que tudo teve sucesso o vi num quadro múltiplo de coisas; mas não vi sequer um só anjo ou um santo coincidindo à obra. O quadro que vi era grandioso e perverso.

Vi também bem mais longe e por trás daquele assento ou trono, um povo feroz armado de picaretas, e um rosto feio que sorria e dizia: “fabrica do modo mais sólido que puderes; nós a destruiremos“. Penetrei ademais numa sala grande daquela cidade onde se celebrava uma cerimônia odiosa, uma horrível e falsa comédia. Tudo estava pintado de negro. Um foi posto dentro de um caixão e depois ressuscitou.

Ele estava presente em pessoa e levava no peito uma estrela. Parecia que isto significava uma ameaça de que assim sucederia. Vi dentro ao diabo em mil formas e figuras. Tudo era densa e escura noite: aquilo era horrível.

8. Vê novamente a igreja de São Pedro. (10 de setembro de 1822)


Vi a Igreja de São Pedro do tudo destruída, exceto o coro e o altar maior. São Miguel, armado e cingido, desceu à Igreja e com sua espada impediu que entrassem nela muitos maus pastores, e os impeliu para um ângulo escuro, onde se sentaram olhando-se uns a outros. Tudo o que tinha sido destruído da igreja foi reconstruído em poucos momentos de sorte que pudesse celebrar-se o culto divino. Vieram sacerdotes e leigos de todo mundo trazendo pedras para reedificar os muros, já que os alicerces não tinham podido ser destruídos pelos demolidores.


9. Vê em êxtase à Igreja abandonada e afligida.


Vi a Igreja inteiramente abandonada por completo e só. Parecia que todos fugissem dela. Tudo é contenda em torno dela; pois de todos os lados vejo grandes misérias, ódio, traição e engano, inquietude, falta de auxílio e cegueira absoluta. De um lugar escuro vejo saírem mensageiros anunciando por toda parte más novas, que causam amargura nos corações dos que as ouvem, e acendem neles a cólera e o ódio.


Eu rogo com muito fervor pelos oprimidos. Sobre os lugares onde alguns fazem oração vejo descer luzes, e sobre todos os demais, negras trevas. Este estado de coisas é horrível. Roguei a Deus que tenha misericórdia. ¡Oh cidade!… (Roma) ¡Oh cidade!… ¡Que grande calamidade te ameaça!… A tempestade está próxima; prepara-te, pois. Confio, no entanto, em que tens de permanecer firme.


10. Sobrevivência da Igreja e indignidade dos cristãos. (4 de outubro de 1822)


Quando esta noite vi a São Francisco levando sobre seus ombros a igreja, segundo a visão que teve o Papa (3), vi que um homem de baixa estatura em cujo rosto tinha um pouco de judeu, levava a costas a Igreja de São Pedro, o qual me pareceu muito perigoso. Na parte norte, sobre a Igreja, estava Maria protegendo-a sob seu manto. Dir-se-ia que aquele homem ia cair. Parecia-me que o conhecia. Aqueles doze a quem sempre vejo como novos apóstolos vinham socorrer-lhe, mas demasiado devagar.

Já ia cair, quando por fim chegaram todos e se puseram embaixo dela; também ajudaram muitos anjos. Tratava-se de salvar só o solo e a parte posterior da igreja, pois tudo o demais o tinham destruído pelas seitas e ainda os mesmos eclesiásticos. Aqueles levavam à igreja a outro lugar e parecia que a seu passo vinham por terra muitos palácios como se fossem campos de lavoura. Vendo em ruína à Igreja de São Pedro e os muitos eclesiásticos que tinham trabalhado em destruí-la sem que nenhum quisesse dizer adiante dos demais o que tinha feito (F), senti tal tristeza que tive de clamar em alta voz pedindo a Jesus misericórdia.

(F) – Como se sabe, existem estes artífices do mal infiltrados nos escalões elevados da Igreja, conforme o denunciam inumeráveis profecias e também o livro do Apocalipse de São João. Eles trabalham de forma solerte e bandida, escondidos por trás de vestes pomposas, mas na realidade são soldados de satanás, que não têm coragem de se declarar publicamente. Mas a revelação do 3º Segrêdo de Fátima virá colocá-los a nu.

Então vi adiante de mim a meu Celestial esposo em figura de um mancebo, que falou longo tempo comigo. Disse-me que esta translação da Igreja significava que na aparência tinha de cair em terra por completo, mas que descansava nestas colunas e que delas tinha de surgir de novo; que ainda que não ficasse mais do que um só cristão católico no mundo, ela podia vencer, pois não está fundada na razão nem no conselho dos homens.

Depois me mostrou que na Igreja nunca tinham faltado fiéis que fizessem oração e padecessem por ela. Mostrou-me ademais o que Ele tinha padecido pela Igreja, a virtude que tinha comunicado aos méritos e trabalhos dos mártires e que tudo o voltaria a padecer de novo se fora possível. Também me mostrou em inumeráveis cenas a miserável conduta dos cristãos e dos eclesiásticos, em círculos cada vez maiores, em todo mundo e em minha pátria, e me exortou a orar com perseverança e a padecer por eles.

Havia uma grandeza e tristeza incompreensíveis nesta cena, que não posso descrever. Também se me deu a entender que, já quase não restavam mais cristãos verdadeiros, bem como entendi que muitos judeus que agora existem, são fariseus e ainda piores do que os fariseus do tempo de Jesus. Só o povo de Judit na África está composto de antigos verdadeiros judeus.

(4). Esta visão me afligiu muito.
(3) Inocêncio III aprovou o Instituto de São Francisco a raiz de ter visto num sonho misterioso como o santo sustentava em seus ombros à Igreja de São João de Latrão que estava a ponto de desaprumar-se.
(4) Desta Judit se fala extensamente no capítulo Visões de uma comunidade hebréia em Abissínia.

Continua... 

 

 

 





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