Já faz dez anos que estive pela terceira vez em Medjugorje, e ainda ao fechar meus olhos posso sentir o perfume de alfazema dos canteiros da praça de São Tiago, posso também visualizar as montanhas por detrás das torres da igreja e a emocionante acolhida de Maria, toda de branco, de mão estendida para que possamos depositar nela o nosso coração.

Fui a Medjugorje em 1995, 1996 e 1997.

Na minha primeira viagem (1995), ainda pude presenciar os resquícios da guerra. Vi bombardeios ao longe, tanques e militares pela cidade, pais de madrugada se despedindo dos filhos e esposas chamados ao insano dever de quem combate nas guerras, vi acampamentos da ONU, vi famílias feridas e curadas pelo toque amoroso da Gospa.

Lembro cada traço do sorriso doce e incansável da Vicka, a doçura do Jakov, a firmeza do Ivan, a inteligência e beleza da Jélena, a fiel e silenciosa doçura da Mirjana.

Em 1997, pude confessar-me com o santo padre Slavko e acompanhar de perto sua firmeza, fidelidade, humildade e amor infinito que doou-se até alcançar o céu, onde sem dúvida alguma Maria Santíssima o acolheu em festa.

Pude sentir o toque santo do Padre Jozo com sua paciente acolhida aos peregrinos, e até hoje guardo o tercinho cor de rosa que recebi de suas mãos abençoadas.

Sei que Maria escolheu aquele cantinho tão pequeno e simples na Terra para receber e abraçar alguns filhos, que não sei por qual merecimento, recebem a graça de estar naquele pedaço do céu.

Vi milagres, curas, sinais no sol na hora da comunhão em uma das missas, conversões, sinais de fogo flamejante na cruz da montanha das aparições durante a aparição noturna, estive presente e pude receber uma das bênçãos especiais de Maria e tudo em Medjugorje parece tão natural que esquecemos que há um mundo lá fora nos esperando sem fé e sem Deus.

Creio que o mesmo milagre e providência que me levou até lá três vezes, vai me fazer retornar e dessa vez para apresentar à Maria minha família, meu marido e filha ( e quem sabe já levarei um outro filhinho).

Maria está no nome da minha filha ( Isabelle Maria), meu matrimônio e vida consagrei a Ela, e tudo em suas mãos santas e maternais é como flor bem cuidada, exala perfumes de céu.

Se você pode vá a Medjugorje, não perca essa graça!

Se acha que não pode, Deus te levará.

Peça e creia!

Você irá!

Kralijce mira, moli za nas!



Michelle Arruda Lima de Almeida

Teresina-PI, 7 de junho de 2007

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