Postado em: 19/11/12 às 22:40:50 por: James
Categoria: Resposta Católica
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112 – A Resposta Católica: Correção do episódio "Uma pessoa aidética pode contrair matrimônio?"
No programa Resposta Católica nº 99, de mesmo título, houve um equívoco de informação. Não se trata de equívoco doutrinal, ou seja, a posição da Igreja acerca do assunto está corretamente informada. O problema se deu nos exemplos utilizados, mormente nos trinta últimos segundos do vídeo.
A hipótese errônea foi esta: o casal, em que ambos os cônjuges sejam portadores do vírus do HIV e estéreis, poderia consumar o matrimônio e exercer a vida sexual, pois, nesse caso, o ato não se torna imoral e nem ilícito já que não haveria a possibilidade de contaminar os filhos.
Contudo, segundo informações médicas recebidas após a veículação do programa, infelizmente, não se trata de algo tão simples assim. Existem diversos tipos de vírus HIV e nem todos que contraíram o vírus estão no mesmo nível de contaminação e, assim, poderiam sim prejudicar-se mutuamente.
Diante deste dado científico é preciso retornar então à moral católica e esta é clara ao dizer que se existe risco de prejuízo para um dos pares, o ato sexual se torna imoral.
O que se discute também, nesse programa, é a respeito da licitude do matrimônio. Se um casal, no qual um dos cônjuges é portador do vírus, contrair o matrimônio mesmo sabendo disso, o sacramento tem validade. Trata-se de algo imoral do ponto de visto católico, mas o sacramento é válido. Algumas pessoas questionaram a moralidade católica com respeito à esterilidade. Quando os dois cônjuges são estéreis, as relações sexuais não são imorais. É o que diz o Catecismo da Igreja Católica:
“O Evangelho mostra que a esterilidade física não é um mal absoluto. Os esposos que, depois de esgotados todos os recursos legítimos da medicina, sofrerem de infertilidade unir-se-ão à Cruz do Senhor, fonte de toda fecundidade espiritual. Podem mostrar sua generosidade adotando crianças desamparadas ou prestando relevantes serviços à favor do próximo.” (CIC 2379)
Esta é a posição da Igreja, corroborada por tantas mulheres estéreis constantes das Sagradas Escrituras, que receberam o milagre da fecundação. É o caso dos pais de João Batista, Zacarias e Izabel. Ela, já em idade avançada e estéril, para que pudesse conceber teria que ter relação sexual com seu esposo.
Se uma relação sexual pode prejudicar a saúde de um dos cônjuges, torna-se imoral. Já uma relação sexual em que ambos cônjuges são estéreis não é imoral. A esterilidade, perante a Igreja, não invalida o matrimônio e nem torna imoral o ato sexual dos esposos.