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Artigo N.º 1021 - Biografia de João Paulo Segundo - Karol Józef Wojtyła
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Postado em: 03/02/09 às 03:05:40 por: James
Categoria: Biografia
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João Paulo II, o primeiro Papa eslavo, protagonizou um dos pontificados mais longos e controversos do século XX, dominado pela influência em alguns dos acontecimentos políticos mais relevantes da história recente.

( 22:01 / 02 de Abril 05 )






João Paulo II, Karol Wojtyla de seu verdadeiro nome, nasceu a 18 de Maio de 1920 em Wadowice, perto de Cracóvia, no sul da Polónia. Depois de manifestar algum interesse pelo teatro e literatura acabou por enveredar pelo sacerdócio, a conselho do cardeal Spiheda.



Durante a invasão nazi da Polónia, Wojtyla e um grupo de jovens polacos criaram uma universidade clandestina, como forma de resistirem ao encerramento das universidades polacas, decretado pelos alemães. O futuro Papa ainda chegou a trabalhar como mineiro.



Ordenado sacerdote em 1946, Wojtyla licenciou-se em Teologia na Universidade Pontifícia de Roma Angelica e, mais tarde, em Filosofia, desempenhando depois as funções de docente na Universidade Católica de Lublin e na Universidade Estatal de Cracóvia, onde conheceu importantes representantes do movimento católico polaco.



Em 1958, foi consagrado Bispo Auxiliar do Administrador Apostólico de Cracóvia, monsenhor Baziak, tornando-se o mais novo membro do Episcopado polaco.



Participou nos trabalhos do Concílio Vaticano II e, com a morte de Baziak, em 1964, passou a desempenhar as funções de Bispo, cargo que ocupou durante dois anos, altura em que o Papa Paulo VI elevou Cracóvia a Arquidiocese.



Três anos mais tarde, em 1967, o arcebispo Wojtyla era ordenado cardeal.



A 16 de Outubro de 1978, depois da morte de João Paulo I, 33 dias após a sua eleição como Papa, Karol Wojtyla foi eleito, aos 58 anos, como o 265/o sucessor de Pedro à frente dos destinos da Igreja Católica, interrompendo mais de 400 anos de eleição de Papas italianos.



Um defensor dos direitos humanos



Adoptou o nome de João Paulo II em homenagem ao seu antecessor e depressa se colocou do lado da paz e da concórdia internacionais, com intervenções frequentes em defesa dos direitos humanos e das Nações.



Nos mais de 2400 discursos e documentos que escreveu, promoveu sempre uma Europa do Atlântico aos Urais e foram frequentes as condenações dos conflitos, como no caso da Jugoslávia ou do Médio Oriente, do Afeganistão e do Iraque.



A Igreja Católica é, no entanto, frequentemente criticada por não ter realizado as grandes reformas que os católicos esperavam depois do Concílio Vaticano II.



O casamento dos sacerdotes, a ordenação de mulheres e os princípios tradicionais da Igreja Católica no domínio da moral sexual, nomeadamente quanto ao uso de contraceptivos (num mundo em que a epidemia de Sida faz milhões de vítimas) e ao direito ao aborto, são matérias em que o Vaticano permaneceu irredutível durante o pontificado de João Paulo II, criando um fosse de incompreensão e afastando da Igreja muitos católicos.



Lutou contra o comunismo na sua Polónia natal e ajudou a derrotá-lo no mundo, mas também criticou o Ocidente opulento e egoísta, dando voz ao Terceiro Mundo e aos pobres.



Visita histórica a Cuba



Durante a sua visita a Cuba, em Janeiro de 1998, que marcou o fim de 39 anos de relações tensas entre a Igreja Católica e o regime de Fidel Castro, o Papa condenou o embargo económico dos Estados Unidos ao país, declarando que tais medidas eram «condenáveis por lesarem os mais necessitados».



Promotor de uma aproximação às outras grandes religiões monoteístas do mundo, João Paulo II enfrentou no entanto acusações de «proselitismo agressivo» feitas pelo mundo Ortodoxo.



A reconciliação com os judeus marcou a sua viagem à Terra Santa, em Março de 2000, e uma "viragem" nas relações entre as duas religiões.



João Paulo II pediu perdão



João Paulo II pediu perdão, a 12 de Março de 2000, pelos erros e crimes cometidos pela Igreja no passado, especialmente contra os judeus, pedido repetido junto ao Muro das Lamentações, em Jerusalém, o lugar mais sagrado do judaísmo.



As comemorações do Jubileu do ano 2000 representam outro marco deste pontificado, tendo a Igreja Católica assinalado os 2000 anos do nascimento de Jesus Cristo com mais de 30 dias festivos consagrados às diferentes categorias de fiéis, iniciados com o Jubileu das crianças e terminados com o do mundo do espectáculo, e uma Carta Apostólica indicando o caminho a seguir no «Novo Millennio Ineunte» (novo milénio que agora começa).



A imagem de João Paulo II a fechar a Porta Santa da basílica de São Pedro no Vaticano, a 6 de Janeiro de 2001, ficará para a história de um Jubileu em que o Papa apelou a uma «nova evangelização».



Histórica foi também a viagem que João Paulo II fez à Ucrânia entre 23 e 27 de Junho de 2001, a primeira a um país da ex-União Soviética, apesar da oposição do patriarca ortodoxo de Moscovo, Alexis II, que acusou a Igreja Católica de «proselitismo» nos territórios tradicionalmente ortodoxos e impediu o Sumo Pontífice de encontrar-se com os chefes das comunidades religiosas ucranianas, maioritariamente ortodoxas.



Nesta deslocação, o Papa homenageou a Igreja Católica grega (dita uniata, fiel ao Vaticano mas de rito oriental), duramente perseguida durante o regime comunista, que confiscou muitos dos seus bens, e apelou à unidade entre católicos e ortodoxos, envolvidos desde a independência do país, em 1991, em disputas muitas vezes violentas por paróquias, bens e fiéis.



João Paulo II pediu também perdão pelos «erros» cometidos contra os ortodoxos, garantindo que os católicos «perdoam as torturas sofridas», e efectuou, pela primeira vez segundo o rito bizantino, a beatificação de 27 ucranianos, 26 vítimas da repressão comunista e uma vítima do genocídio nazi.



Papa surpreendeu todos



Em Novembro de 2001, o Papa surpreendeu todos quando decidiu fazer uma peregrinação de comboio a Assis (Itália), convidando todos os líderes religiosos mundiais a rezarem pela paz na Basílica de S. Francisco, numa altura em que as tensões entre as religiões eram grandes, devido ao agravamento do conflito no Médio Oriente e à intervenção norte-americana no Afeganistão, originada pelos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos.



Esta Oração Mundial Pela Paz, que se realizou a 24 de Janeiro de 2002 e foi presidida por João Paulo II, reuniu em Assis líderes de 48 confissões de todo o mundo (à semelhança do que acontecera em 1962 e 1986), que se comprometeram a «não utilizar o nome de Deus em altares de violência» e a trabalhar em conjunto pela paz.



Noutro plano, João Paulo II expressou a sua «tristeza e vergonha» pelos abusos sexuais de menores cometidos por padres em várias partes do mundo, que afectaram seriamente em 2002 a credibilidade da Igreja Católica e, em particular, a hierarquia eclesiástica dos Estados Unidos, acusada de encobrir actos pedófilos de sacerdotes seus.



João Paulo II e Fátima



Fátima ficará para sempre ligada a João Paulo II, já que, de acordo com fontes da Igreja, o chamado «terceiro segredo de Fátima» terá sido a revelação aos três pastorinhos do atentado de que o Papa foi vítima na praça de São Pedro em Roma, a 13 de Maio de 1981, quando o turco Ali Agca o atingiu a tiro na mão esquerda, abdómen e braço direito.



Foi também em Fátima que o padre espanhol Juan Fernandez Khron atentou contra João Paulo II a 14 de Maio de 1982, mas desta vez sem consequências para o Papa.



Esteve hospitalizado várias vezes em consequência do primeiro atentado e foi submetido a seis operações, nomeadamente a uma fractura do colo do fémur em 1994.



A este quadro clínico, somava-se a doença de Parkinson, de que também sofria, sequelas dos ferimentos do atentado e de um cancro no intestino e uma hemiplegia facial que visivelmente lhe dificultava a fala.



Apesar da debilidade física que marcou a fase final do seu pontificado, e que suscitou, em várias ocasiões, rumores sobre a sua morte, nunca perdeu a capacidade missionária.


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