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Artigo N.º 8428 - SÃO DOMINGOS SÁVIO: Antes morrer que pecar!
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Postado em: 08/08/11 às 21:42:21 por: James
Categoria: Artigos
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”SE DOMINGOS, COM TÃO POUCA IDADE, PÔDE SANTIFICAR-SE, POR QUE NÃO PODEREI TAMBÉM EU?”

– INTERROGA SÃO JOÃO BOSCO AO ESCREVER A VIDA DO JOVEM SANTO.

Ao narrar-lhe a vida, “cujo teor foi notoriamente maravilhoso”, seu primeiro biógrafo, o próprio Dom Bosco, teve de tal forma a intenção de levar seus jovens leitores a imitá-lo, que lhes apresenta a seguinte questão: “Se Domingos, com tão pouca idade, pôde santificar-se, por que não poderei também eu?”

NÃO DEIXAVA DE REZAR ANTES DAS REFEIÇÕES

O pequeno povoado de Riva de Chieri (Itália) viu-o nascer em 2 de abril de 1842. Seus pais, Carlos Sávio e Brígida, eram pobres, honrados e bons católicos. Desde pequenino Domingos levou muito a sério a piedade que lhe fora inculcada por eles.

Já aos quatro anos, não era necessário lembrá-lo de que rezasse as orações da manhã e da noite, o Angelus e as orações de antes e depois das refeições. Sempre que os pais se esqueciam, ele tomava a iniciativa de recitá-las.

Em uma ocasião, uma visita sentou-se à mesa sem praticar nenhum ato de religião. Não ousando chamar a atenção, Domingos retirou-se tristonho. Interrogado depois por seus pais, sobre o motivo daquela estranha atitude, respondeu: “Não me atrevo a sentar-me à mesa com uma pessoa que inicia a refeição como os animais”.

DESEJO ARDENTE DE RECEBER JESUS EUCARÍSTICO

Aos sete anos já sabia de cor o catecismo, e ardia em desejos de fazer a Primeira Comunhão. Não foi sem dificuldade que conseguiu a autorização, pois só se costumava admitir a este Sacramento meninos com 11 anos de idade.

Era um pouco débil e delicado de compleição, de aspecto grave e ar doce, com um não sei quê de agradável seriedade e de humor sempre igual. Percorria diariamente uma distância de 16 quilômetros para ir à escola, onde obtinha, quase sempre, as melhores notas em todas as matérias.

PROPÓSITOS PARA TODA A VIDA

Mal soube Domingos que iria participar do banquete celestial, transbordou de alegria, a ponto de ser visto nesses dias rezando demoradamente. Na véspera do tão almejado dia fez algumas anotações que, mais tarde, chegaram às mãos de Dom Bosco:

Propósitos feitos por mim, Domingos Sávio, no ano de 1849, na idade de sete anos:

1º. Confessar-me-ei com freqüência e receberei a Comunhão todas as vezes que o confessor me permitir.
2º. Santificarei os dias de preceito.
3º. Meus amigos serão Jesus e Maria.
4º. ANTES MORRER QUE PECAR.
 

DOMINOU OS OLHOS VIVAZES, MANTENDO-OS SEMPRE RECOLHIDOS

Deus o havia enriquecido, entre outros dons, com o fervor na oração. Seu espírito estava tão habituado a conversar com Deus em todos os lugares, que, mesmo no meio das mais ruidosas algazarras, recolhia seu pensamento, e com piedosos afetos elevava o coração a Deus. Quando rezava em conjunto, parecia verdadeiramente um anjo: imóvel e bem composto, de joelhos, sem apoiar-se, a cabeça levemente inclinada para frente e os olhos baixos, com suave sorriso no rosto. Bastava vê-lo para se ficar edificado.

Seus olhos eram vivacíssimos, e tinha que fazer-se não pequena violência para tê-los recolhidos. Ele mesmo contou a um amigo que, quando decidiu dominar o olhar, teve muito trabalho, e até padeceu de grandes dores de cabeça.

Além da modéstia do olhar, era muito comedido em suas palavras. Nunca seus lábios proferiram palavras de queixa pelos calores do verão nem pelos rigores do inverno. Sempre se mostrava satisfeito com tudo o que lhe serviam. Quando a comida estava muito cozida ou muito crua, quando tinha muito ou pouco sal, dizia que era assim que gostava, aproveitando a ocasião para mortificar-se.

O ENCONTRO COM SÃO JOÃO BOSCO

A 2 de outubro de 1854, deu-se o encontro de sua vida. Não podendo continuar os estudos devido à precária situação financeira da família, foi recomendado por um sacerdote amigo a Dom Bosco, o qual recebia no Oratório jovens de recursos escassos. “Neste jovem encontrarás um São Luís de Gonzaga”, escreveu ele na carta de recomendação.

Na primeira segunda-feira de outubro – narra D. Bosco – muito cedo ainda, vi aproximar-se um menino que vinha falar-me, acompanhado por seu pai. Seu rosto sorridente e seu ar alegre, porém respeitoso, chamaram-me imediatamente a atenção.

- Quem és? De onde vens? – perguntei- lhe.
- Sou Domingos Sávio, de quem já deve lhe ter falado o Pe. Cugliero, meu mestre. Estamos vindo de Mondonio.
Descobri naquele jovem uma alma segundo o espírito do Senhor e fiquei bastante maravilhado ao comprovar o trabalho realizado pela graça divina em tão tenra idade.
Depois de um colóquio um tanto prolongado, disse-me ele textualmente estas palavras:
- Então, o senhor me levará para Turim, para estudar?
- Veremos! Parece-me que temos um bom pano.
- E para que pode servir esse pano?
- Para fazer um bonito traje e presenteá-lo ao Senhor.
- Pois bem, eu sou o tecido e o senhor será o alfaiate. Leveme consigo e fará um formoso traje para o Senhor.
- O que pensas fazer quando terminar teus estudos de latim?
- Se Deus me conceder tão grande graça, desejo ardorosamente abraçar o estado eclesiástico.
Bem convencido da qualidade do “tecido” que tinha diante de si, Dom Bosco decidiu levá-lo à “alfaiataria”, isto é, ao Oratório de Valdocco, em Turim.

PEÇO-LHE QUE ME FAÇA SANTO!

Certo dia um sermão de Dom Bosco o encheu de entusiasmo.
“É vontade de Deus – dizia o sacerdote – que todos nos tornemos santos. É bastante fácil consegui-lo e há no Céu um prêmio preparado para quem chega a ser santo.”

Essa frase foi como uma centelha que provocou em sua jovem alma um incêndio de amor de Deus. Sua meta já estava inteiramente clara: alcançar a santidade.
Dom Bosco, algum tempo depois, queria dar-lhe um presente e perguntou-lhe o que gostaria de receber. Domingos disse:

“O presente que lhe peço é que me ajude a ser santo. Quero dar-me todo ao Senhor, ao Senhor para sempre. Sinto verdadeira necessidade de fazer-me santo, e se não me fizer, não faço nada. Deus quer que eu seja santo, e tal há de acontecer”.

A primeira coisa que se lhe aconselhou para chegar a esse fim, foi que trabalhasse para ganhar almas para Deus, posto que não há coisa mais santa nesta vida do que cooperar com Ele na obra da salvação.
Seguindo a recomendação, não perdia oportunidade para dar bons conselhos e advertir a quem dissesse ou fizesse coisas contrárias à santa lei de Deus. Tinha um verdadeiro horror às blasfêmias, e quando as ouvia, se não tinha condições de advertir o responsável, tirava o chapéu e dizia “Louvado seja Jesus Cristo!”, para reparar a falta.
Para se compenetrar cada vez mais da resolução que tomara, lia de preferência a vida dos santos que trabalharam especialmente pela salvação das almas, e se encantava com a vocação dos missionários, em cuja intenção, pelo menos uma vez por semana, oferecia a comunhão. Muitas vezes exclamou: “Quantas almas esperam na Inglaterra nossos auxílios! Oh! Se tivesse forças e virtude, queria ir agora mesmo, e com sermões e bom exemplo convertê-las todas para Deus”.

INTENSA DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA

Sua devoção a Nossa Senhora era enorme, e fazia cada dia mortificações em sua honra. Pode-se dizer que toda sua vida foi um exercício de devoção à Santíssima Virgem.

Quando passava próximo de espetáculos públicos, não os olhava, o que levou um companheiro pouco piedoso a dizer-lhe: “Para que tens olhos, se não te serves deles para olhar estas coisas?”. A resposta veio pronta: “Quero que me sirvam para contemplar o rosto de nossa celestial mãe Maria, quando, com a graça de Deus, seja digno de ir vê-la no paraíso”.
No mês dedicado à Mãe de Deus, preparava uma série de exemplos edificantes, e pouco a pouco os ia narrando com muita disposição, para animar outros a serem devotos dEla.

Em 1856, Domingos demonstrou tanto fervor no mês de maio, que parecia, mais do que nunca, um anjo vestido de carne humana. Se escrevia, era de Maria; se estudava, cantava ou ia à aula, tudo fazia em honra de Maria.

FUNDA UMA ASSOCIAÇÃO “SECRETA”

É com o objetivo de “salvar os outros” que ele fundou, um pouco mais tarde, a Companhia de Maria Imaculada. “Eu gostaria de fazer algo em honra de Maria, mas que fosse logo, porque temo que me falte tempo”, costumava dizer ele.

Essa Companhia era uma associação “secreta” dirigida por Dom Bosco, e dela participavam alguns dos melhores alunos do Oratório, desejosos de fazer apostolado com seus companheiros. Um deles se chamava Miguel Rua, o santo que sucedeu a Dom Bosco na direção da Congregação Salesiana.

Os “estatutos” da Companhia se resumiam em quatro itens: seus membros se comprometiam a obedecer às regras da casa, dar bom exemplo aos companheiros, ocupar bem o tempo e serem vigilantes para detectar e inutilizar a ação dos maus elementos que pervertem os demais.

Como exemplo da atuação desses moços modelares no meio de seus colegas, podemos apreciar este fato, protagonizado pelo próprio Domingos e narrado por Dom Bosco:

Um jovem que não pertencia ao Oratório trouxe consigo certo dia, levianamente, uma revista com figuras indecentes e irreligiosas. Uma turba de meninos pôs-se em torno dele para contemplar aquelas “maravilhas”. Domingos também acorreu, julgando estar sendo mostrada ali alguma imagem piedosa. Quando, porém, percebeu do que se tratava, tomou a publicação e rasgou- a em pedaços. Seus companheiros, surpresos, olhavam-se uns aos outros, sem saber o que fazer. Então Domingos lhes disse:

- O Senhor nos deu olhos para contemplar a beleza das coisas que Ele criou e vocês se servem deles para olhar semelhantes imundícies? Esqueceram- se do que tantas vezes nos foi dito nas pregações?
- Estávamos olhando apenas para rir… – respondeu um deles.
- Sim, sim, para rir. Estão se preparando para ir ao inferno, rindo… Mas continuarão a rir se tiverem a desgraça de cair nele?
Diante de tais palavras, todos se calaram, ninguém se atrevendo a arriscar qualquer nova observação.


PRENÚNCIOS DO FIM DA VIDA

Infelizmente, a vida de Domingos, que tanto prometia para o futuro se ele chegasse a ser sacerdote, seria curta. Em seus longos tempos de oração, a graça divina ia preparando-o para a glória eterna.

Durante os recreios, vez por outra, saía de repente da roda de amigos e se punha a passear sozinho, com o espírito absorto. Quando alguém lhe pedia explicações; respondia: “Assaltam- me as distrações de costume, e parece-me que o Paraíso se abre sobre minha cabeça, por isso tenho de afastar-me de meus companheiros para não dizer coisas que eles poderiam ridicularizar”.

Numa ocasião, também no recreio, caiu como que desmaiado, amparado por um amigo. Ao retornar a si, afirmou:

“No Céu, os inocentes estão mais perto de nosso Divino Salvador, e Lhe cantarão de modo especial hinos de glória eternamente”.

“AH, QUE BELAS COISAS VEJO!”

Como sua saúde ia debilitando-se, Dom Bosco o fez examinar por vários médicos. Inquirindo sobre o remédio mais útil para aplicar, um médico, que se encantara com o pequeno Domingos, disse que “melhor seria deixá-lo ir ao paraíso, para o que parece muito preparado”.

Atacado por tosse obstinada, a conselho médico foi obrigado a ir para a casa dos pais, o que aceitou como penitência, mas demonstrando pouca disposição, pois queria acabar seus dias na Escola Salesiana, e sabia que se fosse para casa não voltaria mais, como ele mesmo afirmou.

Ao sair, chamou Dom Bosco, dizendo-lhe: “Posto que o senhor não quer esta minha carcassa, me vejo obrigado a levá-la a Mondonio (residência dos pais). Ver-nos-emos no paraíso”.

Perguntou-lhe se era certo que seus pecados estavam perdoados, o que deveria responder ao demônio se viesse tentá-lo etc. Ao final, pediu as indulgências plenárias que o Papa concedera a Dom Bosco “in articulo mortis”.

Ao sentir que se aproximava a morte, pediu que o pai lesse a Ladainha das Rogações, e algum tempo depois, com voz clara e alegre, disse: “Adeus, papai, adeus. Oh! que coisas tão belas vejo!”

E sorrindo com celestial semblante, expirou com as mãos cruzadas sobre o peito e sem fazer o menor movimento.

Tão logo se tomou conhecimento de sua morte, seus companheiros começaram a aclamá-lo como santo; nas ladainhas dos defuntos, em vez de responderem `rogai por ele’, diziam `rogai por nós’. Quase a cada dia se recebiam notícias de graças recebidas pelos fiéis por sua intercessão.
Domingos Sávio nasceu a 2 de abril de 1842, em Riva, a duas milhas de Chieri, na Itália. Faleceu a 9 de março de 1857, aos 15 anos de idade. Foi declarado Venerável por Pio XI, em 1933. Foi beatificado por Pio XII em 1950, que o canonizou a 13 de junho de 1954, centenário de sua entrada no Colégio de Dom Bosco, em Turim.

“São Domingos Sávio, rogai por nós!”


Fonte: http://reporterdecristo.com/sao-domingos-savio



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