São muitos os terrores desta vida. Quem se embrenha pela mata escura sente o corpo tremer a cada passo, pois à frente está o inesperado. Quem escolheu a noite para caminhar, precisa armar-se de coragem. Quem trilha a estrada da honra e da verdade, não sobrevive sem a fé.
Há afirmações de vida em toda parte. Por todo lado, a mão do Criador se apresenta, bela e irretocável. Tudo respira à nossa volta, num constante fluxo de elementos vitais. E, no entanto, em meio à incessante explosão de vida, nunca houve tanta morte. Somos testemunhas desta era cruel, de violências sem precedentes. As sociedades no mundo inteiro produziram miséria e desigualdade suficientes para que as revoltas e os conflitos se agravem cada vez mais. Vivemos dias de sofrimento, marcados por terríveis injustiças, aliadas à corrupção e à ganância.
Tantos morrem anônimos, apenas um corpo estendido no chão, sem face e sem nome. Morre-se mais de bala perdida do que de doença, nesta guerra urbana que as forças policiais já não conseguem dominar. Morre-se jovem, em plena via onde os carros trafegam, atingido mortalmente por mãos que surgem do nada. Elas vêm, provavelmente, do assalto que nos toma a todos, neste mundo que respira os estertores de uma era.
À nossa frente, desenha-se um futuro perigoso e incerto. Tenho em mente palavras proféticas, a respeito de uma época em que todo poder civil seria abolido, toda ordem seria questionada, e cada cidadão precisaria se proteger para sair à rua, impondo-se duramente perante o outro, para ser respeitado em seu direito.
As pessoas de bem sonham com um mundo de paz, onde jamais seja preciso recorrer às armas. Sonhamos com uma sociedade justa e igualitária, onde todos tenham o necessário para viver com dignidade, com pleno acesso aos bens produzidos por esta mesma sociedade. Esperamos que, um dia, a realidade supere o sonho – o sonho da paz e da fraternidade, em que a Terra seja respeitada como mãe generosa para seus filhos, não faltando a nenhum povo os recursos naturais necessários à vida.
Quero cantar um canto novo ao Senhor, nestes tempos em que as canções estão velhas, batidas e cansadas. Quero elevar minha voz, subir nos telhados, alcançar o topo das colinas e louvar o Altíssimo. Zelar pela delicadeza da vida, insistir na beleza do que pode ser guardado numa caixinha. Nela se esconde o mais belo dos segredos. A simplicidade é um baú de onde se podem tirar coisas grandiosas e perfeitas, que jamais causarão mágoas ou ofensas. É sábio viver à maneira bíblica, sem aspirar por riquezas ou pelas coisas que ofuscam a vista. Deus nos dê a sabedoria para aprender a viver com pouco, com o necessário, partilhando com o próximo os dons que nos foram concedidos.
Busco o Senhor, nestes tempos de impiedade. Uma multidão clama por Ele, porque Deus é a última porta, quando só resta o desespero; Ele é a luz que não se apaga nunca e brilha onde nenhuma outra lâmpada pode se acender. Quando tudo falha, Deus permanece. Os reinos passam, caem reis e poderosos, mas o trono do Altíssimo é soberano e se mantém eterno.
Que o Senhor nos livre de todos os terrores. Do terror da violência diária que nos atinge mortalmente. Dos rumores de guerras, levantes, terremotos e furacões, agitação dos mares, fúria dos ventos, avisos e sinais que delimitam os tempos.
Rezo um salmo de proteção: “Levanto meus olhos para as montanhas: donde me virá o auxílio? O auxílio vem do Senhor, criador do céu e da terra.”(Sl 120). Sim, o Senhor é Aquele que nos guarda, é a sombra colocada à nossa direita, para que não nos moleste o sol, durante o dia, nem a lua durante a noite. O Senhor nos guarda de todo o mal e protege a nossa vida. O Senhor cuida das nossas idas e vindas, agora e para sempre.
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