As depredações se iniciaram em 22 de janeiro, quando um grupo tentou derrubar a cruz da igreja de Nossa Senhora de Lourdes, na diocese de Karwar. A cruz foi danificada, mas os féis conseguiram impedir que fosse destruída. Alguns dos vândalos foram presos pela polícia, entre eles seu suposto líder, Shankar Naik.
Durante a noite de 24 para 25 de janeiro, a gruta de Lourdes em Taranmakki foi saqueada, e os vidros que protegiam a estátua de Nossa Senhora foram quebrados a golpes de pedra.Posteriormente, na madrugada do dia 25 de janeiro, um grupo não identificado invadiu a gruta de Lourdes da igreja da Sagrada Família, em Inkal, e destruiu completamente a estátua de Nossa Senhora.
Em 26 de janeiro, Dom Thomas Antony Vazhappilly, bispo de Mysore, declarou à agência Ucanews que “era evidente que não se tratava de uma tentativa de furto”, como afirmava a polícia até então.
Para o padre Joseph, pároco da igreja da Sagrada Família, os vândalos certamente provém de outras regiões, visto que as relações entre cristãos e hindus na comunidade de Inkal sempre foram excelentes.Mas atos de hostilidade contra cristãos já ocorreram outras vezes. “Em fevereiro de 2002, nossa igreja foi atacada por um grupo de cerca de 70 extremistas hindus, armados de espadas, facões e barras de ferro, que agrediram os fiéis que celebravam a Missa – inclusive mulheres e crianças”, contou padre Joseph.
À época, tais ataques foram justificados por acusações de que a Igreja local promoveria “conversões forçadas”, acrescentou.
Dom Bernard Moras, arcebispo de Bangalore e presidente do Conselho dos Bispos Católicos de Karnataka, reagiu condenando firmemente os ataques e pedindo ao governo “ações para a proteção da comunidade cristã”.
O governo de Karnataka é acusado por alguns representantes da comunidade cristã de ser complacente frente aos atos de violência perpetrados por extremistas hindus.