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Artigo N.º 6209 - Um Milagre: Em meio à calamidade, maternal sorriso de Maria
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Postado em: 15/09/10 às 20:04:50 por: James
Categoria: Artigos
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Enquanto milhões de pessoas sofriam os terríveis efeitos do maremoto, dois mil fiéis que se encontravam no Santuário de Nossa Senhora de Vailankanni, a 500 metros do mar, ficaram ilesos.

Joshua Sequeira

De minha Pátria, a Índia, muitos ocidentais talvez tenham ainda apenas a sumária noção de ser a terra dos Marajás, com encantadores de serpentes, maravilhosos palácios de mármore, enfim, uma região misteriosa onde os antigos navegadores, em arriscadas viagens, iam buscar especiarias meio paradisíacas.

Em um abrir e fechar de olhos, neste fim de 2004, uma tragédia de grandes proporções sobre ela se abate e apresenta um quadro totalmente diferente: o mar avança terra adentro, reduzindo tudo a montes de escombros e cadáveres por onde passou.

Entretanto, em meio à imensa catástrofe, um sorriso protetor de Maria Santíssima esteve presente.

Quem é esta, a quem as ondas obedecem?

Na aldeia de Vailankanni, a 500 metros de uma das praias varridas pelas águas, situa-se a Basílica-Santuário de Nossa Senhora da Saúde, chamada a Lourdes da Índia, para onde acorrem todos os anos mais de 20 milhões de devotos, em busca de remédio para seus males espirituais e corporais. À entrada da Basílica encontra-se uma imagem da Senhora da Saúde, como Mãe à espera dos filhos que a procuram.

No domingo, 26 de dezembro, dia do trágico maremoto, nela se achavam mais de dois mil fiéis. Uma onda de doze metros de altura, com fúria avassaladora, devastou toda a região adjacente, deixando milhares de vítimas.

Para maravilhamento geral — por um mistério que ninguém na Índia receia chamar de milagre — essa onda mortífera apenas chegou aos pés da imagem de Nossa Senhora de Vailankanni, retirando-se mansamente em seguida, após ter lambido os primeiros degraus que conduzem ao portal da Basílica, conforme noticiou o correspondente local do “Avvenire”, jornal porta-voz da Conferência Episcopal Italiana.

“Quem pode negar que se trata de um milagre?”

Dom Devadass Ambrose Mariadoss, Bispo da Diocese de Thanjore, em cujo território está o Santuário, para lá se transferiu a fim de melhor prestar assistência às vítimas do pavoroso cataclismo.

“No local — constata Dom Mariadoss — o que contam as testemunhas, somado ao que podemos ver diretamente, vai além das crônicas. As testemunhas dizem que a onda deteve-se na entrada da Basílica, enquanto a massa de água devastava o terminal de ônibus, a 400 metros, na parte traseira do Santuário, à mesma altura do nível do mar.”
Em comunicado emitido no dia 29 de dezembro, Dom Devadass afirma que “uma nota de consolação no meio da calamidade é dada pelo fato de o mar ter chegado à entrada da Basílica, onde está a imagem de Nossa Senhora, e se retirado antes de atingir o portal”.

E numa conclusão de homem de fé, afirma: “Quem pode negar que se trata de um milagre? A poderosa bênção de Nossa Senhora de Vailankanni salvou milhares de vidas: as pessoas presentes no interior da Basílica não foram sequer tocadas pela monstruosa onda. E o Santuário está apenas a 500 metros do mar!”.

Na noite de 30 de dezembro, Dom Ambrose celebrou nessa Basílica Missa pelas vítimas do maremoto e em ação de graças a Nossa Senhora por sua providencial intervenção. “A fé recompensa sempre. Nossa Santa Mãe fez maravilhas, malgrado a tragédia” — acentuou o Prelado na homilia.

“Eloqüente sinal dos tempos”

Em crônica publicada em 31 de dezembro no “Corriere della Sera”, um dos maiores jornais da Europa, comenta Ernesto Galli que “o desastre do Sudeste Asiático é qualquer coisa de muito diferente das catástrofes naturais mortíferas que já se abateram sobre o gênero humano”. Segundo o cronista, é um “sinal dos tempos”, pois, como o Dilúvio, ele atingiu muitos países, levando a morte aos cinco continentes.

No momento em que se faz a unificação mundial a nível econômico e político, aqui se viu a unificação da vida quotidiana do mundo pela morte. E conclui: “O século XXI não podia anunciar-se com mais eloqüentes sinais dos tempos”.

Nesta histórica hora de pânico, desespero e lamentações, a intercessão universal da Santíssima Virgem se fez presente no local da imensa tragédia, protegendo os que a Ela recorrem.

Esta maternal intervenção não pode deixar de ser vista por todos os católicos como outro eloqüente sinal dos tempos de Maria que se anunciam, como foi profetizado por Ela em Fátima:

“Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

Basílica de Vailankanni, a Lourdes da Índia.

Em fins do século XVI, a Rainha do Céu favoreceu a aldeia de Vailankanni com duas aparições. A tradição popular e a devoção dos fiéis mantêm viva a história de dois jovens indianos que tiveram a graça de ver a Virgem Santíssima.

O primeiro, um pastorzinho, levava uma vasilha de leite para seu patrão. Parando para repousar à sombra de uma árvore, adormeceu. De repente, foi acordado pela voz de uma belíssima Senhora, que espargia uma intensa luz em torno de si. Pediu-lhe esta um pouco de leite para seu Filho. No primeiro instante, o jovenzinho teve medo de irritar o patrão, mas tal era o encanto, a grandeza e a doçura daquela Senhora, que se sentiu incapaz de lhe recusar qualquer coisa. E deu-lhe o leite pedido. Ao chegar em casa, para grande espanto seu e do patrão, viram ambos o leite aumentar no recipiente até transbordar e escorrer pelo chão.

O segundo foi um jovem paralítico que ganhava seu sustento vendendo doce de leite. Também a ele a Senhora pediu algo para seu Filho. Mas a este acrescentou outro pedido:

— Percorra a vizinhança anunciando que construam neste local uma capela em minha honra.

Enquanto o jovem pensava com tristeza em suas pernas inválidas e se perguntava como poderia atender ao premente pedido da majestosa Senhora, sentiu-se invadido por uma grande força e pôs-se de pé. Imediatamente, correu ele por todo o povoado, dando vivo testemunho da maravilhosa cura.

A notícia desse milagre se espalhou com a rapidez de um corisco, fazendo com que milhares de pessoas começassem a procurar Vailankanni para invocar a ajuda de Nossa Senhora da Saúde.

Desde então, incontáveis são as graças derramadas pela Mãe de Deus naquele abençoado lugar. Muitos peregrinos, em agradecimento, trazem uma vela com o formato de um coração, um pulmão ou algum outro membro. Outros, em vez de vela, oferecem à Senhora da Saúde pequenas réplicas, feitas de ouro, do órgão curado.

A capela aí construí da cedeu lugar a uma igreja erigida pelos marinheiros portugueses, em ação de graças por terem escapado de uma tormenta.
Em breve, os frades franciscanos fizeram várias ampliações nessa igreja, a fim de acolher o crescente número de fiéis, mantendo sempre o altar central da Virgem. O mais antigo documento de Vailankanni data de 1630.

O Pe. Paulo da Trindade, OFM, escreve:

A duas léguas de Nagapttinam, na direção de Mannar, está a igreja sob o patrocínio de Nossa Senhora da Saúde”.

Em 1962 o Papa João XXIII elevou o belo Santuário à dignidade de Basílica Menor, agregada à Basílica de Santa Maria Maior, de Roma.

O instinto protetor dos animais guiados por misteriosa percepção, os animais fugiram a tempo da catástrofe. E salvaram a vida de quem soube entender seus sinais de alarme.

A BBC de Londres noticia, em 31 de dezembro, que o Yala National Park, a maior reserva natural do Sri Lanka, foi devastado. Esta reserva abriga centenas de elefantes e muitos leopardos. Ondas gigantescas inundaram uma área de três quilômetros do parque. Vários turistas se afogaram, mas, para surpresa das autoridades, não foi encontrado nenhum animal morto.

De outro lado, Ratnayake, diretor do Sri Lanka’s Wildlife Department, declarou à agência Reuters: “Não foi encontrado um só elefante morto. E nem sequer um coelho. Estes animais conseguem pressentir os desastres. Penso que eles têm um sexto sentido pelo qual são informados quando estas coisas estão prestes a acontecer”.

Notícias como estas pipocaram na imprensa nos dias seguintes à catástrofe.

Mais surpreendentes, entretanto, são as informações fornecidas pela jornalista Bianca Benelli, no jornal italiano Il Gazzetino (Pádua), do qual transcrevemos, a seguir, alguns trechos.

Muitos sobreviventes do “Apocalipse” asiático agradecem aos elefantes, peixes e gansos, os primeiros a dar o alarme.

Em Phuket, na Tailândia, quase três horas antes de as “mega-ondas” chegarem à praia, numerosos elefantes empregados como atração turística começaram a se agitar e emitir sons parecidos com lamentações e gritos lancinantes, nunca ouvidos antes.

Eles “choravam”, disse Mane, um homem que cuidava dos elefantes. Antes havíamos conseguido acalmá-los, mas uma hora depois voltaram a “lamentar-se” sem parar. Estavam agitadíssimos, querendo afastar-se do mar. Então compreendemos que alguma coisa estava acontecendo. Um elefante, muito estimado pelos turistas, aproximando-se de uns meninos que brincavam na praia, levantou vários deles com a tromba, colocou-os sobre si e afastou-se da praia correndo.

A turista inglesa Laura Barnette diz: “Eles corriam, e nós os seguimos, até um lugar elevado, onde se detiveram bruscamente, todos no mesmo ponto. Daí não quiseram avançar mais. Depois, quando as ondas vieram, a água chegou exatamente a 50 metros do local onde os elefantes pararam”.

Nas águas de Padang, perto da Ilha de Sumatra, o capitão de um barco observou um cardume de peixes que “pareciam enlouquecidos, nadando em círculo a uma velocidade impressionante, antes de se dirigirem para o alto mar”. O capitão Ma-Chu-Man entendeu o sinal de alarme e deu ordem para não se aproximar da costa, salvando a vida de mais de cem pessoas.

Nas ilhas Adaman, no Golfo de Bengala, toda uma tribo indígena salvou a vida graças ao alarme dos gansos, cabras e vacas que provocou uma fuga desesperada para a floresta.

As ondas não tocaram a casa de Deus também da cidade indiana de Chennai e da Tailândia chegam relatos da misericórdia divina poupando fiéis no meio da catástrofe. Quantas outras igrejas, ou mesmo simples capelas, não terão sido objeto de proteção semelhante?

A promessa do Apóstolo

Segundo piedosa tradição local, no início da Cristandade, o vilarejo indiano de Mylapore ficou inundado devido a uma enorme árvore que caíra atravessada sobre o rio. Nem com elefante conseguiram retirar o obstáculo. Então, São Tomé tomou seu cinto e mandou que um homem arrastasse com ele o tronco, o que foi feito com facilidade, para espanto geral. O Apóstolo fixou esse tronco como um pilar na praia, em Chennai, prometendo que o mar não passaria daquele marco.

Falecendo São Tomé, em 72, seu corpo foi aí sepultado, sendo posteriormente construída uma Basílica em sua honra, nesse exato local. Esse milagre com o cinto do Apóstolo acha-se ilustrado em mural no museu dessa Basílica.

E realmente, as águas do tsunami não passaram do famoso pilar...

“Foi São Tomé que me salvou”
No dia 8 de janeiro, a Conferência Episcopal Indiana divulgou declaração do Pe. Lawrence Raj, pároco da Catedral-Basílica de São Tomé, na qual informa: “O mar não tocou em nossa igreja. Acreditamos que o pilar milagroso de São Tomé tenha impedido as águas de entrarem na igreja”.
Do terraço da Basílica, dia 26 de dezembro, o padre viu a onda furiosa no momento em que cruzava a estrada e inundava as cabanas na frente do pilar de São Tomé. Enquanto todos os prédios ao redor foram atingidos pelas águas, a Basílica ficou incólume.

Como muitos fiéis, o pescador Sebastiraj, que buscou abrigo na Basílica, não tem dúvida: “Foi São Tomé que me salvou. Essa igreja ficou intocada graças ao poder milagroso do pilar de São Tomé”.

Missa dominical salva fiéis na Tailândia

Outro belo fato nos relata a Agência Fides, do Pontifício Conselho para as Missões. O Pe. Cláudio Corti, missionário do PIME [Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras] na Tailândia, conta que “os fiéis da Paróquia de Phuket salvaram suas vidas porque durante o desastre estavam quase todos na igreja, situada em local elevado, participando da Missa de domingo”. O Pároco explica que eles “perderam tudo: casas, barcos, instrumentos de trabalho, pequenas atividades comerciais, e devem recomeçar do nada”. Pe. Cláudio e grupos de leigos organizaram centros de distribuição de refeições e tentam levar os habitantes a lugares mais distantes da costa. E o sacerdote encerra sua carta exortando “a que não se perca a confiança no amor de Deus”.

 


Fonte: http://revista.arautos.org.br/RAE38-em-meio-a-calamidade-maternal-sorriso-de-maria.asp?title=Em meio à calamidade, maternal sorriso de Maria



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