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Artigo N.º 6907 - A boa educação facilita a resistência às tentações
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Postado em: 19/12/10 às 18:30:58 por: James
Categoria: Artigos
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EFEITOS DE UMA BOA EDUCAÇÃO

A boa educação facilita a resistência às tentações.

E como?
Os filhos educados têm de Deus, do mundo, e de si mesmos um conhecimento suficiente para prever o mal e fugir dele, para manter vivo e ativo aquele temor de Deus que é o começo da sabedoria:

a) Aprenderam de seus pais a conhecer a Deus. Sabem, e desta ciência eminentemente prática fazem uso a cada passo, que foi Deus quem, por sua palavra omnipotente, estendeu sobre nossas cabeças o céu e desdobrou a nossos pés a terra fecunda que pisamos; sabem que a inteligência, vida e até o ar que respiramos são outros tantos de Sua liberalidade e como que uma centelha divina; sabem que é ainda aquele mesmo Deus quem, todos os dias, por um benefício de cada instante, lhes conserva a vida.

Estão bem convencidos de que não há lugar, por escondido ou afastado que pareça, onde possa alguém escapar à vista de Deus, porque está em toda parte; que Seus olhos perscrutadores penetram as trevas da noite, conhecem todas as dobras do coração humano e não Lhe escapam os pensamentos mais ocultos da alma.

Têm certeza de que um dia deverão comparecer perante o seu incorruptível tribunal e passar pela balança inflexível da Sua justiça.

Estes preciosos ensinamentos gravam de modo indelével na criança as verdades salutares e preservativas da presença, da justiça e do amor de Deus e é com elas que a mãe cristã deverá ir educando seus filhos.

b) Os filhos aprenderam de seus pais a conhecer o mundo.

Longe de verem neste mundo apenas um triste degredo, onde o homem passa a vida entre lágrimas, dores e sofrimentos, aprenderam a contemplá-lo, antes de tudo, como um monumento perene de onipotência, da sabedoria e do amor de Deus que prevê, com extremos de solicitude, às necessidades do corpo e dos sentidos; aprenderam a interpretar a linguagem muda e eloqüente de todas as criaturas que dizem ao homem: Gozai felizes e reconhecidos de tudo o que Deus criou para vosso uso.

Os pais não esqueceram, porém, de lhes inculcar quanto seria irrazoável e ingrato o homem que se apegasse a este mundo, considerando-o domicílio permanente e pátria definitiva, ou abusando das criaturas e perdendo de vista o céu que deve ser o alvo de todos os nossos esforços, de todos os nossos desejos e aspirações. Puseram-nos em guarda contra os outros homens, inculcando-lhes não só uma salutar desconfiança para com as pessoas de procedimento duvidoso, mas habituando-os a um espírito de observação que os habitasse a julgar dos homens por seu valor real, para entrarem depois em relação mais íntima com os que lhes merecem toda a confiança. Uma prudente reserva para com o mundo é o resultado de uma educação séria e previdente. Quantos males se podem evitar e quantos escolhos descobrir em tempo, graças a um conhecimento prático dos perigos e da fragilidade das coisas humanas.

c) Os filhos aprenderam enfim a se conhecerem a si mesmos.

Os pais repetiram-lhes muitas vezes que, apesar dos conhecimentos adquiridos com relativa facilidade, e inteligência ainda não lhe chegou à maturidade e, faltando-lhes a experiência, ainda não sabem avaliar as conseqüências de um ato; que, portanto, devem sempre dirigir ao Pai das misericórdias fervorosas preces para que os dirija sempre pelo bom caminho e, guiando-lhes os passos, os conserve na virtude.

Estes ensinamentos bem inculcados na infância facilitam a reabilitação depois da queda e tornam a criança dócil no remorso.

a) Se, por desgraça, tiverem sido arrastados ou seduzidos pelas más companhias, se o crime os houver iludido por um momento com suas enganadoras aparências, se as paixões ou a leviandade os houverem desviado do caminho da virtude, o temor e o remorso os farão cair em si; a lembrança de um pai, de uma mãe, bastará para desperta-lhes na alma aquelas máximas que tão profundamente lhes foram gravadas e essas máximas agarrá-los-ão pelos cabelos, se assim me posso expressar, para arrancá-los ao abismo a que os arrastará um momento de irreflexão. A consciência, que não dorme, apresentar-se-lhes-á como um gênio protetor a bradar-lhes: Como? Em um só momentos vos atreveis a derrubar o edifício que vossos pais, com tanto trabalho, levantaram, a paralisar as sábias lições de um pai, a esquecer os conselhos tão piedosos de uma mãe? A luta manifestar-se-á. Um olhar para o céu e este pensamento: "Como ousaria eu pecar à face de Deus?" lhes farão vencer a tentação e conservar a inocência.

b) A boa educação torna mais difícil a obstinação no vício.

Os filhos bem educados dificilmente se obstinarão no crime. Quando, por qualquer um desses incidentes de que se serve a graça, despertarem do letargo momentâneo, não sentirão eles uma dor pungente pelo que houverem feito? Aquele olhar perscrutador dos pais não lhes entrará como uma espada pela alma a dentro? Ou, se os pais já não vivem, a sua imagem não lhes parecerá sair do sepulcro para repreendê-los, até que voltem ao bom caminho? se quiserdes um exemplo frisante, ali o tendes em Santo Agostinho, o qual, entregue a muitos excessos na mocidade, sempre pensava estar ouvindo a voz de sua piedosa e santa mãe.

Santa Mônica tivera o cuidado de gravar profundamente no coração do filho ainda pequeno, as máximas das virtude, para que Agostinho não as pudesse esquecer tão depressa. É verdade que o hábito contraído parecia ter insensibilizado aquela alma; mas não há tal; as lições de tão santa mãe retomavam sempre o seu legítimo império sobre o seu coração e o penetravam de tal nodo que acabou enfim por abandonar aquela vida e converteu-se para sempre.

Ó mães, educai cristãmente vossos filhos; isso equivale a assegurar-lhes o futuro. Educai-os no temor e amor de Deus, em uma prudente desconfiança do mundo e de si mesmos. Assim procedendo, se não lhes assegurais definitivamente a salvação da alma, quando menos, forneceis-lhes o meio poderoso de fugir ao mal e facilitais-lhes a volta ao bom caminho.

***

Contam os historiadores de Branca de Castela, da França, que, aquela rainha, ao intuito de inspirar ao filhinho, o futuro São Luís, um grande horror ao pecado, costumava repetir-lhe muitas vezes: "Meu filho, se soubesses quanto te amo! Entretanto, prefiro ver-te morto a meus pés, do que ofenderes a Deus gravemente!". Depois, juntando-lhe as mãozinhas, fazia-o rezar esta oração que vem atravessando os séculos como um monumento da religião de tal mãe e da piedade daquele filho: "Antes morrer, meu Deus, que ofender-Vos com um pecado mortal".

O conde de Maistre escrevia à filha que acabava de lhe dar o primeiro neto: "É no regaço materno que se forma o que há de mais excelente no mundo".

Como é edificante e sublime o exemplo dessas mães que deram à Igreja tantos santos!

"Quero fazer do meu filho um santo", dizia a mãe de Santo Atanásio.

"Obrigado, meu Deus, obrigado por me terdes dado por mãe uma santa", exclamava, na hora da morte de Santa Emília, os seus dois filhos São Basílio e Santo Gregório de Nissa.

"Sim, meu Deus, em tudo devo à minha mãe", dizia Santo Agostinho.

São Gregório Magno deixou-nos um monumento do que cria dever à sua piedosa mãe, Silvia: Fê-la pintar assentada a seu lado, ornada de um vestido branco, tendo sobre a fronte o distintivo dos doutores da Igreja, com os dois dedos da mãe direita estendidos em atitude de quem abençoa, e sustentando com a mão esquerda o livro dos santos Evangelhos que apresenta ao Filho.

Um dia, o cura dArs, relembrando com profunda saudade o tempo de sua infância, ouviu alguém dizer-lhe: "Fostes muito feliz por terdes saboreado desde os mais tenros anos, as doçuras da piedade". - "Depois de Deus, retorquiu o santo, a minha mãe o devo: era tão piedosa! Meu filho, dizia ela, muitas vezes, seria para mim uma grande mágoa se te visse ofender a Deus". E pensado nisso, costumava dizer o santo sacerdote que um filho não deveria encarar nunca sua mãe sem lágrimas de ternura.

"Não há nada que tanto nos aproxime de Deus, dizia Ozanam, como a lembrança de uma mãe piedosa". Aí está Agostinho, o filho de Santa Mônica, para o demonstrar àqueles que o duvidarem. "Se a mãe, diz J. de Maistre, tiver deveras gravado profundamente no coração do filho o caráter divino, pode-se quase ter a certeza de que o vício jamais conseguirá apagá-lo de todo".

Uma educação assim, reverte aliás em benefício dos próprios pais e é mais um motivo que os deve animar no cumprimento do dever. Este ponto não se refere diretamente ao assunto que trazemos entre mãos, mas não nos podemos furtar ao desejo de apresentar ao leitor algumas considerações a respeito.

(As desavenças no lar, causas e remédios, por J.Nysten, Centro da Boa Imprensa, Porto Alegre, 1927, com imprimatur, continua com o post: Proveito que os pais podem tirar da boa educação que houverem dado a seus filhos)

PS: Grifos meus.


Fonte: http://a-grande-guerra.blogspot.com/



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