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Artigo N.º 9898 - Regra de São Bento
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Postado em: 28/06/12 às 18:30:05 por: James
Categoria: Artigos
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=1&id=9898
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São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, tendo vivido quase três séculos depois do seu surgimento no Egito, na Palestina e na Ásia Menor. Tornou-se monge ainda jovem e desde então aprendeu a tradição pelo contato com outros monges e lendo a literatura monástica. Foi atraído pelo movimento monástico, mas acabou dando-lhe novos e frutuosos rumos. Isto fica evidente na Regra que escreveu para os mosteiros, e que ainda hoje é usada em inúmeros mosteiros e conventos no mundo inteiro.

As estórias de milagres fazem eco aos acontecimentos da vida de certos profetas de Israel, e também da vida de Jesus. A mensagem é clara: a santidade de Bento é como a dos santos e profetas de antigamente, e Deus não abandonou o seu povo, mas continua a abençoá-lo com homens santos.

Medalha de S. Bento

S. Bento foi em várias maneiras tentado pelo diabo e sempre saiu vitorioso. Exortava a fazer o sinal da cruz no coração para ser liberados das sugestões diabólicas.

Com este sinal de salvação, S. Bento se liberou do veneno que alguns maus monjes lhe ofereceram em um recipiente de vidro que continha a mortal bebida. Bento levantou a mão e fez o sinal da cruz. O santo sinal reduziu em pedaços aquele vaso de morte, como se al lugar de uma benção, tivesse sido atirada uma pedra. O episódio, segundo o raconto de S. Gregorio Magno, teve que inspirar as palavras do exorcismo referidas à bebida que é oferecida pelo maligno, assim como a proteção atribuida ao sinal da cruz.

S. Bento viveu um vida de santidade e de oração, por isso seu modo de vida ainda é vivo nos tempos modernos, ele escreveu suas Regras Vidas não podemos dizer as regras são as mesmas como agora a conhecemos, se foi composta de uma só vez ou se foi sendo elaborada lentamente, a medida que os problemas iam acontecendo, em resposta às necessidades dos monges. Contudo, acredita-se que o ano 530, seja provavelmente uma data na qual São Bento estava elaborando seu livro, sendo dessa maneira Monte Cassino o lugar onde isso ocorria e não Subíaco, porque as Regras refletem um São Bento já maduro, com sabedoria monástica e espiritual.

"Ora et labora" é uma regra beneditina que traduz uma sabedoria de 1500 anos e que une num mesmo caminho estes dois aspectos da vida.

Peçamos a Deus, neste dia de hoje, que ele nos motive assim como motivou a S. Bento, a vivermos uma vida intensa de oração e trabalho.


--

Regra do glorioso Patriarca São Bento

 

[2] Depois, amar ao próximo como a si mesmo.

[3] Em seguida, não matar.

[4] Não cometer adultério.

[5] Não furtar.

[6] Não cobiçar.

[7] Não levantar falso testemunho.

[8] Honrar todos os homens.

[9] E não fazer a outrem o que não quer que lhe seja feito.

[10] Abnegar-se a si mesmo para seguir o Cristo.

[11] Castigar o corpo.

[12] Não abraçar as delícias.

[13] Amar o jejum.

[14] Reconfortar os pobres.

[15] Vestir os nus.

[16] Visitar os enfermos.

[17] Sepultar os mortos.

[18] Socorrer na tribulação.

[19] Consolar o que sofre.

[20] Fazer-se alheio às coisas do mundo.

[21] Nada antepor ao amor de Cristo.

[22] Não satisfazer a ira.

[23] Não reservar tempo para a cólera.

[24] Não conservar a falsidade no coração.

[25] Não conceder paz simulada.

[26] Não se afastar da caridade.

[27] Não jurar para não vir a perjurar.

[28] Proferir a verdade de coração e de boca.

[29] Não retribuir o mal com o mal.

[30] Não fazer injustiça, mas suportar pacientemente as que lhe são feitas.

[31] Amar os inimigos.

[32] Não retribuir com maldição aos que o amaldiçoam, mas antes abençoá-los.

[33] Suportar perseguição pela justiça.

[34] Não ser soberbo.

[35] Não ser dado ao vinho.

[36] Não ser guloso.

[37] Não ser apegado ao sono.

[38] Não ser preguiçoso.

[39] Não ser murmurador.

[40] Não ser detrator.

[41] Colocar toda a esperança em Deus.

[42] O que achar de bem em si, atribuí-lo a Deus e não a si mesmo.

[43] Mas, quanto ao mal, saber que é sempre obra sua e a si mesmo atribuí-lo.

[44] Temer o dia do juízo.

[45] Ter pavor do inferno.

[46] Desejar a vida eterna com toda a cobiça espiritual.

[47] Ter diariamente diante dos olhos a morte a surpreendê-lo.

[48] Vigiar a toda hora os atos de sua vida.

[49] Saber como certo que Deus o vê em todo lugar.

[50] Quebrar imediatamente de encontro ao Cristo os maus pensamentos que lhe advêm ao coração e revelá-los a um conselheiro espiritual.

[51] Guardar sua boca da palavra má ou perversa.

[52] Não gostar de falar muito.

[53] Não falar palavras vãs ou que só sirvam para provocar riso.

[54] Não gostar do riso excessivo ou ruidoso.

[55] Ouvir de boa vontade as santas leituras.

[56] Dar-se frequentemente à oração.

[57] Confessar todos os dias a Deus na oração, com lágrimas e gemidos, as faltas passadas e daí por diante emendar-se delas.

[58] Não satisfazer os desejos da carne.

[59] Odiar a própria vontade.

[60] Obedecer em tudo às ordens do Abade, mesmo que este, o que não aconteça, proceda de outra forma, lembrando-se do preceito do Senhor: “Fazei o que dizem, mas não o que fazem”.

[61] Não querer ser tido como santo antes que o seja, mas primeiramente sê-lo para que como tal o tenham com mais fundamento.

[62] Pôr em prática diariamente os preceitos de Deus.

[63] Amar a castidade.

[64] Não odiar a ninguém.

[65] Não ter ciúmes.

[66] Não exercer a inveja.

[67] Não amar a rixa.

[68] Fugir da vanglória.

[69] Venerar os mais velhos.

[70] Amar os mais moços.

[71] Orar, no amor de Cristo, pelos inimigos.

[72] Voltar à paz, antes do pôr-do-sol, com aqueles com quem teve desavença.

[73] E nunca desesperar da misericórdia de Deus.

Eis aí os instrumentos da arte espiritual:

Se forem postos em ação por nós, dia e noite, sem cessar, e devolvidos no dia do juízo, seremos recompensados pelo Senhor com aquele prêmio que Ele mesmo prometeu: “O que olhos não viram nem ouvidos ouviram preparou Deus para aqueles que o amam”.  São, porém, os claustros do mosteiro e a estabilidade na comunidade a oficina onde executaremos diligentemente tudo isso.


São Bento rogai por nós.

Quais são os instrumentos das boas obras:

[1] Primeiramente, amar ao Senhor Deus de todo o coração, com toda a alma, com todas as forças.


Fonte: http://reporterdecristo.com/regra-de-sao-bento/



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