Postado em: 09/10/12 às 07:12:39 por: James
Categoria: Saiba Mais
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=19&id=10202
Marcado como: Artigo Simples
Ver todos os artigos desta Categoria: Saiba Mais
Antonio Gaspari
Na cidade de Loreto, o Papa Bento XVI confiou à intercessão de Maria, o Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização (7 a 28 de outubro de 2012) e o Ano Fé (11 de outubro de 2012 – 24 de Novembro de 2013).
Os trabalhos do Sínodo dos Bispos, XIII Assembléia Geral Ordinária sobre o tema da “Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã” começarão segunda-feira, 8 de outubro.
Mas, o que é um Sínodo? Por que foi convocado? Quem participa? O que é discutido? Qual é a importância dos documentos produzidos pelo Sínodo?
Para encontrar respostas a estas e a outras perguntas ZENIT realizou uma breve pesquisa.
Como indicado pelo site oficial da Santa Sé, o Sínodo dos Bispos é uma instituição permanente decidida pelo Papa Paulo VI em 15 de setembro de 1965, em resposta ao desejo dos Padres do Concílio Vaticano II de manter vivo o espírito de colegialidade episcopal formada pela experiência conciliar.
A assembléia dos Bispos se refere à antiga tradição sinodal da Igreja, mas é uma novidade do Concílio Vaticano II.
Sínodo é uma palavra grega “syn-hodos”, que significa “reunião”, “assembléia”. O Sínodo é, de fato, um lugar de encontro para os bispos, ao redor do Papa que o convoca como um instrumento para “consulta e colaboração”.
É, portanto, um lugar para a troca de informações e experiências, para a busca comum de soluções pastorais válidas universalmente.
Para resumir, o Sínodo dos Bispos pode ser definido como uma assembléia do episcopado católico, que tem a tarefa de ajudar seguindo os conselhos do Papa, no governo da Igreja universal.
Diante da possibilidade levantada por alguns prelados, de estruturas sinodais que poderiam ter um poder legislativo e executivo, o Papa Paulo VI, em seu discurso à Cúria Romana (21 de Setembro de 1963), na abertura da segunda sessão do Concílio (29 de setembro 1963) e no seu encerramento (04 de dezembro de 1963) retornou ao conceito de colaboração do episcopado com o Sucessor de Pedro na responsabilidade de governar a Igreja universal.
Em 15 de setembro de 1965, no início da Assembléia Geral da 128° Congregação geral do Concílio Vaticano II, mons. Pericle Felici, Secretário-Geral do Concílio, anunciou a promulgação do Motu Proprio Apostolica sollicitudo , com o qual o Sínodo foi oficialmente instituído.
Um novo regulamento do Sínodo foi aprovado em 2006 pelo Papa Bento XVI.
Inúmeras vezes foi enfatizado pelas autoridades competentes que o Sínodo foi concebido e continua a ser, um importante órgão consultivo, com a tarefa de discutir o assunto em questão e formular “propostas” que são levadas à atenção do Papa.
O Papa juntamente com os seus colaboradores e os diversos Dicastérios da Cúria, obtém idéias, avalia, aprofunda o conteúdo das propostas, e em seguida, escreve e publica uma “Exortação Apostólica pós-sinodal”, ou seja, um documento que recolhe, reelabora, apresenta quais propostas foram acolhidas e em que direção deve continuar.
Sobre a escolha dos participantes do Sínodo, se procede por representatividade. Participam do Sínodo bispos eleitos e pessoas indicadas pelas diversas Conferências Episcopais, ou seja, pelos prelados de uma nação ou continente.
O Papa, por sua vez, nomeia cardeais, bispos, religiosos, reitores, líderes de movimentos e associações que participarão do Sínodo como padres sinodais e especialistas.
Para o Sínodo,o Papa Bento XVI nomeou 13 cardeais, 23 bispos e arcebispos, 44 especialistas e 49 auditores.
A transparência e a leitura do que será discutido são garantidas. Uma ou duas vezes por dia será publicado na versão impressa e on-line o “Boletim do Sínodo dos Bispos” (Synodus Episcoporum Bollettino), onde será possível ler os resumos de todos os discursos.
A primeira fase de preparação para o Sínodo, como de costume, analisa a elaboração do Lineamenta, um texto base cuja intenção é refletir sobre o tema proposto.
Com o Lineamenta e o relativo questionário são reunidas as respostas da Igreja, das Conferências Episcopais, dos Dicastérios da Cúria Romana e da União dos Superiores Gerais, e os comentários de bispos, sacerdotes, pessoas consagradas, teólogos e fiéis leigos.
Os diversos pareceres são recolhidos e resumidos em um Instrumentum Laboris. Depois de ser submetido à aprovação do Santo Padre, o documento é traduzido nas principais línguas e enviado a todos os bispos.
Apesar de ser público o Instrumentum laboris não é uma versão do que será a conclusão, mas sim um documento indicativo que será objeto de discussão durante o Sínodo.