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Artigo N.º 12219 - 15 perguntas sobre a Semana Santa
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Postado em: 16/04/14 às 12:18:38 por: James
Categoria: Saiba Mais
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Conhecendo mais sobre a Semana Santa

1. No que consiste a Semana Santa?

A Semana Santa é a semana em que se conclui a Quaresma e se celebra o Tríduo Pascal. Ela começa com o Domingo de Ramos e termina com o Domingo de Páscoa e Ressurreição. (A Quaresma finda na Quinta-feira, e na mesma Quinta-feira, com a celebração da Ceia do Senhor, inicia-se o Tríduo Pascal.)

2. Por que a Semana Santa é chamada de "Santa"?

Ela é chamada de "santa" porque concentra os últimos acontecimentos da vida de Jesus, como a entrada triunfal em Jerusalém (Domingo de Ramos), a ceia da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, (quinta-feira), a prisão, condenação, morte e sepultamento (sexta-feira), a Vigília (sábado) e a Ressurreição (domingo). É uma Semana Santa porque celebra Jesus que se entrega, livremente, para anunciar até o fim a Boa Nova da Salvação.

 

 

3. O que a Igreja celebra no Domingo de Ramos?

No Domingo de Ramos a Igreja celebra a entrada triunfal (festiva) de Jesus em Jerusalém. Ele é acolhido e proclamado o Messias, o Ungido de Deus. Para saudá-lo, o povo jogava seus mantos, para que Ele passasse por cima, ao mesmo tempo em que acenava com ramos, retirados de árvores. Daí o costume de levar ramos no "Domingo de Ramos"; com eles saudamos Jesus e os levamos abençoados (bentos) para casa (cf. Mt 21,1 -11).

4. Como podem ser usados os ramos bentos no Domingo de Ramos?

Os ramos bentos no Domingo de Ramos devem ser guardados com cuidado e tratados com zelo. Não há nada de "mágico" neles, porém, como foram abençoados, devem ser usados em espírito de fé. São muitos os que os queimam, devotamente, enquanto rezam, em momentos difíceis da vida. Outros os guardam até a Semana Santa do ano seguinte, como um lembrete de que a melhor forma de saudar a Jesus é colocar em prática tudo o que Ele ensinou. Outros, ainda, os usam como remédio caseiro (chá). O importante é que os ramos bentos sejam a expressão do nosso amor e do nosso seguimento a Jesus.

 

5. O que a Igreja celebra nos dias da Semana Santa que antecedem a Quinta-feira?

Na segunda, terça e quarta-feira da Semana Santa as comunidades são convidadas a celebrar, com criatividade, o que o evangelho de Domingo de Ramos antecipou: a entrega de Jesus que, por amor, fez-se um de nós até a morte. Nesses dias, e segundo o costume de cada comunidade, reza-se o terço meditado, celebra-se a via-sacra, organiza-se uma celebração penitencial, apresentam-se encenações que contam a vida de Jesus etc. Importante mesmo é que se crie um clima de oração, onde a fraternidade e a solidariedade se manifestam como resposta humana ao amor divino. Onde há a presença do sacerdote, a Missa deve ser o momento mais intenso e profundo de cada um desses dias.

6. O que a Igreja celebra na Quinta-feira Santa?

A Quinta-feira da Semana Santa encerra o tempo da Quaresma, excluindo-se a "Missa da Ceia do Senhor", que abre o Tríduo Pascal (à noite). Na parte da manhã de Quinta-feira é costume, em algumas comunidades e dioceses, celebrar-se o Rito da Penitência. Na maioria das dioceses, porém, celebra-se nesse horário a Missa do Crisma.

 

 

7. O que é a Missa do Crisma?

A Missa do Crisma é a Missa presidida pelo Bispo diocesano, ou outro bispo, e co-presidida por outros sacerdotes, com a participação de fiéis leigos, em que se faz a bênção dos santos óleos e do sagrado crisma. Os óleos, bentos nesse dia, são administrados nas comunidades por ocasião do batismo, da crisma, da unção dos enfermos e nas ordenações sacerdotais (presbiterais e episcopais). Também nessa Missa o bispo reúne os seus presbíteros, ocasião em que estes renovam as promessas sacerdotais e, estando juntos, manifestam a unidade entre o sacerdócio
do bispo e daqueles que são os seus cooperadores diretos, os padres.

8. O que a Igreja celebra na noite da Quinta-feira da Semana Santa?

Na Quinta-feira Santa, à noite, a Igreja celebra a instituição da Eucaristia (cf. Mt 26,17-29; 1 Cor 11,23-26), com uma Missa festiva, em que se recorda que a entrega de Cristo por nós deve converter-se no serviço que prestamos uns aos outros. Daí o motivo e a razão pela qual encenamos o ritual do"lava-pés" (cf. Jo 13,1-20). Na conclusão da celebração, os cibórios contendo as hóstias consagradas são levados para uma capela lateral, ou outro lugar apropriado, onde Jesus Eucarístico é adorado até a meia noite. A igreja vazia, inclusive de enfeites e com as imagens e quadros cobertos, sinaliza a angústia, a solidão e a entrega total de Jesus, que desemboca em sua morte na cruz.

9. O que a Igreja celebra na Sexta-feira da Semana Santa?

Na Sexta-feira da Semana Santa a Igreja celebra a morte de Cristo, seguido de seu sepultamento (cf. Mt 26,30-27,65). Nesse dia não se celebra a Missa e sim uma solene liturgia da Palavra, na qual se adora a cruz de Jesus e se reza pela Igreja e pelo mundo ("Oração universal"). A eucaristia, guardada na capela ou em local anexo à igreja, é distribuída no final da celebração. Dia de silêncio e interiorização, a Sexta-feira Santa caracteriza-se pela reflexão sobre o amor incondicional de Deus por nós. Porque nos ama com um amor eterno, Jesus assume até as últimas consequências o anúncio da Boa Nova da Salvação, inclusive sendo condenado apesar de inocente, e morrendo na cruz, embora tenha passado entre nós fazendo apenas o bem (cf. At 10,38).

 

10. A Sexta-feira Santa é dia de jejum?

Sim. A Sexta-feira Santa - bem como a Quarta-feira de Cinzas - é dia de jejum e abstinência de carne. A renúncia ao alimento é um sinal de que esvaziamos o nosso coração, inclusive do pecado, para prepará-lo para acolher a Jesus Ressuscitado.

Estão dispensados os enfermos, as crianças e os idosos. É interessante, contudo, que também estes, se não puderem jejuar e abster-se de carne, tenham presente o sentido que lhes dá a Igreja.

11. 0 que a Igreja celebra na Sexta-feira Santa à noite?

Na Sexta-feira à noite as comunidades ou guardam silêncio, ou celebram o sepultamento de Jesus. Como não há nenhuma ação litúrgica prevista para a noite, as comunidades são convidadas a ater-se aos costumes locais, sem contudo quebrar o clima de oração, reflexão e interiorização. Em muitos lugares têm-se o costume de, à noite, encenar, de forma catequética, a prisão, o julgamento, a crucificação, a morte e o sepultamento de Jesus.

12. O que a Igreja celebra no Sábado Santo?

O Sábado, terceiro dia do Tríduo Pascal, é um dia de silêncio, sem celebração eucarística e em que muitos mantêm ou até mesmo intensificam o jejum iniciado na Sexta-feira. Nesse dia "repousa-se" com Jesus, que está no sepulcro, depois de ter "vivido" com Ele a sua agonia, crucificação e morte.

13. O que a Igreja celebra no sábado à noite?

No Sábado à noite - ou, conforme o costume em certas comunidades, na madrugada do Domingo da Páscoa da Ressurreição -, a Igreja celebra a alegre espera da Ressurreição do Senhor. Ela fica em vigília, isto é, atenta para a Ressurreição, e a aguarda com tanta expectativa, que já a celebra, alegrando-se imensamente com a vitória da vida sobre a morte, do dia sobre a noite, da luz sobre as trevas. Nessa celebração, realiza-se o rito do fogo e do círio (no início da vigília), o anúncio da Ressurreição, a proclamação das leituras bíblicas (liturgia da Palavra), o rito batismal e, como complementação, a liturgia eucarística.

14. O que a Igreja celebra no Domingo da Páscoa da Ressurreição?

No Domingo da Páscoa da Ressurreição a Igreja dá continuidade ao que foi celebrado na Vigília. As orações e leituras bíblicas feitas nas celebrações do dia fazem memória do túmulo vazio, da surpresa e da alegria dos discípulos e discípulas ao terem as primeiras notícias de que, no poder do Pai, o Filho vencera a morte para sempre (cf. Mt 28,1-20). É o "domingo dos domingos", isto é. é o domingo que dá origem e sentido a todos os outros domingos do ano litúrgico. Todo domingo, a partir do domingo da Ressurreição, é celebração, rememoração e atualização desse Domingo.

15. O que significa a "oitava" da Páscoa?

A "oitava" da Páscoa significa que a Igreja celebra, durante os dias da semana da Páscoa, como que um "oitavo" dia, dia este que dá complementação e perfeição aos sete dias da criação. É a criatura chegando ao máximo da unidade e comunhão com o Criador. Assim a semana toda - do Domingo da Ressurreição até o Sábado seguinte (inclusive), é celebrado como se fosse um só dia, o dia da vitória da vida sobre a morte.

16. Por que a celebração da Páscoa é a maior de todas as celebrações realizadas pela Igreja?

A Páscoa da Ressurreição de Jesus é a maior de todas as festas da Igreja porque é a festa da Vida, e da Vida em plenitude. Ninguém, antes de Jesus, havia ressuscitado (Lázaro e outros haviam sido apenas revividos...), e agora, Nele, todos temos a Vida, todos ressuscitaremos no final dos tempos (cf. 1 Cor 15,1 -58).

17. Concluindo

"Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram. Com efeito, se por um homem veio a morte, por um homem vem a ressurreição dos mortos. Assim como em Adão todos morreram, assim em Cristo todos reviverão" (1 Cor 15,20-22).

"A ressurreição de Cristo não constitui uma volta a vida terrestre, como foi o caso das ressurreições que Ele havia realizado antes da Páscoa: a filha de Jairo, o jovem Nairn e Lázaro. Tais fatos eram acontecimentos miraculosos, mas as pessoas contempladas pelos milagres voltavam simplesmente a vida 'ordinária', pelo poder de Jesus. Em determinado momento, voltariam a morrer. A ressurreição de Cristo é essencialmente diferente. Em seu corpo ressuscitado, Ele passa de um estado de morte para uma outra vida, para além do tempo e do espaço. Na ressurreição, o corpo de Jesus é repleto do poder do Espírito Santo; participa da vida divina no estado de sua glória, de modo que Paulo pode chamar a Cristo de 'o homem celeste' " (Catecismo da Igreja Católica, 646).

"Ora, se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele, pois sabemos que Cristo, tendo ressurgido dos mortos, já não morre, nem a morte terá mais domínio sobre ele. Morto, ele o foi uma vez por todas, pelo pecado; porém, está vivo, continua vivo para Deus! Portanto, vós também considerai-vos mortos ao pecado, porém, vivos para Deus, em Cristo Jesus" (Rm 6,8-11).

"Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente, até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou soberanamente e Ihe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo e Senhor" (Fp 2,6-11).

 


Textos Padre Cristovam Lubel
Fonte: http://www.santoinacio.com.br



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