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Artigo N.º 12867 - Construção de presépios em espaços públicos causa polêmica na terra da revolução francesa.
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Postado em: 23/12/14 às 11:47:32 por: James
Categoria: Destaque
Link: http://www.espacojames.com.br/?cat=41&id=12867
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A montagem de presépios em lugares públicos é fonte de controvérsias e protestos na França, que, apesar da tradição católica, tem condição de Estado laico e, portanto, prevê a ausência de manifestações religiosas na constituição.

Em paralelo à determinação de retirada de um presépio da sede do Conselho geral do departamento de Vendée – de tradição católica – feita por um tribunal na semana passada, foi liberado o resultado de uma pesquisa revelando que 71% dos franceses são favoráveis a estas representações em locais públicos.

Diante do claro conflito, ações extremistas começam a acontecer, como a queima de um presépio em um pequeno povoado ao leste da França e manifestações contra a prefeitura de Béziers, no sul. O prefeito de Béziers, Robert Ménard, ex-diretor geral da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), fomentou a polêmica ao colocar um presépio em frente à prefeitura e se recusar a retirá-lo diante dos pedidos de um grupo de moradores, que alegou que tal manifestação feria a lei de 1905 que consagra a separação entre a igreja e o Estado.

A controvérsia, que gera vítimas todos os anos no país, foi incitada por Ménard, que preservou de sua antiga profissão como jornalista a extrema facilidade de criar polêmica. Exibindo seu presépio orgulhosamente para a imprensa, o prefeito ironizou; “Jesus e Nossa Senhora chegaram a um acordo sobre esquerda e direita. Mas, ao contrário do que aconteceu há 2 mil anos, desta vez não serão expulsos”.

Em reação à polêmica, o primeiro-ministro Manuel Valls e a porta-voz da conservadora UMP Nathalie Kosciusko-Morizet, primeiro partido da oposição, ambos muito prudentes, se limitaram a pedir para que não haja maiores controvérsias, que não levam a lugar algum. Em uma tentativa de mostrar complacência para com todas as religiões, o prefeito de Béziers promoveu a celebração de uma festa judaica, o Hanuká, também na prefeitura.No entanto, acabou causando mais objeções, pois sua atitude foi interpretada como um verdadeiro atentado ao laicismo.

As autoridades de Vandée, no oeste do país, contam com a apelação da decisão de retirada do presépio no Supremo, porque consideram que a instalação “não desrespeita o princípio de laicismo”, mas corresponde a uma “tradição popular francesa milenar”. No entanto, o artigo 28 da lei de 1905 é taxativo: “Fica proibido exibir qualquer sinal ou emblema religioso em monumentos ou locais públicos, com exceção dos que servem ao culto, como terrenos de sepultura, cemitérios, memoriais, museus e exposições”.

O caso se repete em muitas outras cidades, de todas as vertentes políticas, que por um lado recebem apoio para manterem os presépios e por outro, críticas e protestos de cidadãos que são contra este tipo de manifestação religiosa em locais públicos. Prefeitos de esquerda de dois distritos em Marselha defenderam tais instalações, por dar continuidade a uma tradição de quase 20 anos.
 


Fonte: http://blog.comshalom.org/carmadelio/



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