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Artigo N.º 14826 - O que devo fazer para recuperar minha alegria neste Natal?
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Postado em: 21/12/17 às 11:40:12 por: James
Categoria: Destaque
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Eu gosto da maneira como as pessoas alegres enfrentam os problemas

O apóstolo diz para eu ficar alegre: “Gaudete”. Ouço a palavra de Deus: “Estai sempre alegres. Sede constantes na oração. Dai graças em toda ocasião”.

O domingo da alegria vem como um raio de luz e esperança em meio ao Advento. Vem como uma avalanche de vida para preencher a minha alma. Quer estar sempre alegre. Mas nem sempre estou. Qual é o principal motivo da minha alegria? Estou mesmo sempre alegre? Isso é possível?

Muitas vezes eu fico com raiva. As coisas não acontecem como eu esperava e eu me encho de ira. Sinto que sou fraco e caio no meu desejo de cumprir tantos propósitos. Encho-me de pena. Sinto que não avanço, que desanimo. Ou chega a cruz à minha vida em forma de ausência, de enfermidade, de perda.

E o coração não está alegre. A tristeza é muito profunda. Como posso ficar alegre em meio à cruz? Como posso sorrir quando vivo uma desgraça? O imperativo da alegria me custa muito. Essa alegria imposta. Essa gratidão que se espera de mim.

Tenho que ser sempre grato? Me custa tanto sorrir no meio da noite! Comparo-me com aqueles que são melhores do que eu. Eles não sofrem, não têm perdas, não estão doentes. Eu sim. E isso me dói.

Em outras ocasiões, surge em mim a tristeza sem motivo aparente. Os pensamentos se turvam. Os comentários dos outros me afundam. Tocam a minha ferida mais profunda. Uma brincadeira, uma crítica uma ofensa. Tudo basta para eu perder a alegria, deixar de sorrir. Encho-me de raiva e rancor.

Mas como posso mudar a minha alma? Estou longe do ideal que hoje desejo: ficar sempre alegre no Senhor.

Penso no Cristo sorridente, que me olha no Castillo de Javier. É um Jesus que sorri na cruz. Como é possível sorrir morrendo? Não será somente um rito de dor ou um gesto involuntário?

O artista quis desenhar um Cristo afável, sorridente, amável, apaixonado. Jesus me olha assim em minha própria cruz, na sua cruz. Quero olhar sempre para Jesus, que me sorri. Que me olha. Que me dá a sua paz. Daqui de baixo vejo seu sorriso que me sustenta.

As pessoas alegres têm algo especial. As de risadas longas. As de sorrisos afáveis. As de palavras alegres. As de silêncios ternos. As que fazem piadas e riem delas. As que não se deixam levar pelo desânimo e que veem o copo sempre cheio, mesmo ele estando vazio.

Eu gosto da maneira como as pessoas alegres enfrentam os problemas. Elas não dizem que os problemas existem. Elas os assumem. Porque eles existem. E doem. Mas essas pessoas não se afundam. Caminham confiantes. Talvez a alegria delas esteja mesmo no Senhor e não na fugacidade dos desejos.

Outro dia, eu estava lendo as palavras de Jesús Mora Lópes-Almodóvar em seu blog: Tenho esclerose múltipla. Sou um homem afortunado. A associação desses temos pode parecer um disparate e efetivamente o é.

Ter esclerose múltipla não é nenhuma bênção nem uma maldição; é um acontecimento da própria natureza humana. Ninguém faz nada para merecê-la nem para não merecer. (…)

Eu não seria quem eu sou hoje sem a esclerose múltipla. Não posso me entender sem ela. Ela e eu somos um. Talvez seria mais adequado dizer “ela sou eu”. Lembro-me, neste momento, da frase de Ortega e Gasset: “Eu sou eu e minha circunstância, e se não a salvo, não me salvo também”. A esclerose múltipla é uma parte essencial da minha circunstância, essa outra metade da minha pessoa, que, para Ortega, representa a realidade circundante.

Esse eu é formado pelo físico e pelo espiritual, e também pelas pessoas que me rodeiam e pelo mapa de relações que estabeleço com elas. Tudo isso, não somente o eu que é chamado Jesús Mora, está afetado pela esclerose e tudo isso devo salvar para que eu me salve a mim mesmo.

Quase nunca eu consigo mudar as circunstâncias. Não posso fechar os olhos nem me rebelar contra um mundo injusto. Não quero me amargar quando as coisas não saem como eu desejo. Quero salvar minhas circunstâncias para me salvar.

Quero olhar para Deus no meu caminho. E pedir a bênção de sua alegria. Talvez por isso hoje eu volto a desejar estar sempre alegre. Na turbulência e no sucesso. Na solidão e no amor que eu recebo. Nos fracassos e nos momentos de descanso.


Fonte: www.aleteia.org



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