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Artigo N.º 3751 - A DECLARAÇÃO DE MANHATTAN: O MANISFETO QUA ABALA OS ESTADOS UNIDOS
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Postado em: 05/12/09 às 12:16:46 por: James
Categoria: Destaque
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Escreveram-na os lideres católicos, protestantes e ortodoxos: todos unidos para defender a vida e a família.


 
Aqui no Brasil a notícia passou despercebida: a mídia não deu ênfase à declaração de Manhattan, que é um forte chamado público aos cristãos dos Estados Unidos para aderirem à mesma e defender a vida, o matrimônio, a liberdade religiosa e a objeção de consciência. Escrita conjuntamente por expoentes de primeiríssimo plano da Igreja Católica, Ortodoxa, da Comunhão Anglicana, das Comunidades Evangélicas dos Estados Unidos e por diversos Acadêmicos, para informar às Autoridades Públicas Civis que os assinantes dessa declaração, “sob nenhuma circunstância”, abandonarão sua consciência cristã.
 
Esta declaração, assinala o vaticanista italiano Sandro Magister, “não cai no ar em um momento crítico para a Sociedade e a política dos Estados Unidos: precisamente quando a administração de Barack Obama está altamente empenhada em fazer acontecer um plano de reforma da saúde nos Estados Unidos”.
 
“Defendendo a vida humana desde a concepção e o direto à objeção de consciência, o chamado responde a dois pontos postos em perigo pelo projeto de reforma atualmente em discussão no Senado”, acrescenta.
 
Sobre a reforma debatida no Congresso, Magister assinala que “o perigo foi evidenciado graças a uma premente ação de lobby conduzida em plena luz do dia pelo Episcopado Católico. Depois que o voto final tinha garantido tanto o direto à objeção de consciência como o bloqueio de qualquer financiamento público ao aborto, a Conferência Episcopal reivindicou esse resultado como um triunfo”.
 
“Mas, agora no Senado, a batalha voltou ao inicio, sobre um texto base que de novo a Igreja julga inaceitável. A Conferência Episcopal Americana (que poderia se tornar um exemplo para a nossa Conferência Brasileira) já dirigiu aos Senadores uma carta indicando as modificações que quer que sejam contribuições a todos os pontos controvertidos”. E agora a Conferência dos Bispos americanos está unida ecumenicamente a todas as Igrejas dos Estados Unidos que também assinaram essa declaração, que assumiu o nome da península de Nova Iorque onde foi discutida e decidida a publicação - MANHATTAN.
 
Conjuntamente as várias religiões se uniram (outro exemplo que deveria ser seguido no Brasil) e declararam que “Não nos deixaremos reduzir ao silêncio ou à aceitação ou à violação das nossas consciências por nenhum poder da terra, seja este cultural ou político, não nos importando as conseqüências que poderão advir contra nós”.
 
E continuam dizendo os líderes das várias religiões: “Nós daremos a Cesar o que é de Cesar, em tudo e com generosidade. Mas em nenhuma circunstância nós daremos a Cesar o que é de Deus”.
 
No início da declaração se lê também: “Enquanto a opinião pública caminha em direção ‘pro life’, forças poderosas e decididas trabalham para promover o aborto, a investigação que destrói os embriões, o suicídio assistido e a eutanásia”. E é verdade! Hoje nos Estados Unidos todas as pesquisas recentes mostram que a opinião publica dos Estados Unidos está caminhando para uma defesa da vida do concebido.
 
Os líderes religiosos que perseguem Obama no terreno minado do aborto, do matrimônio entre homossexuais, da eutanásia, sabem que tem a seu favor uma ampla e crescente parte da opinião americana.
 
O lançamento da “Declaração de Manhattan” teve um forte eco na mídia dos Estados Unidos, sem que alguém protestasse por essa tomada de posição das Igrejas cristãs.
 
Talvez seja por isso que Bento XVI olha com simpatia a cultura dos Estados Unidos, porque ali existe uma separação entre religião e Estado, sem necessidade de Concordada. Cada um é livre para falar e agir em público sem ser criticado por ninguém. Aqui no Brasil, pelo contrário, o conceito de “laicidade” é sempre pensado em conflito com a Igreja e com as religiões.
 
Mas as coisas estão mudando e para melhor no mundo inteiro. Aqui no Brasil, quando um Bispo, aplicando o Código de Direito Canônico, decretou a excomunhão, pelo aborto de uma menina, dos médicos e todos os que colaboraram, e claro, não da menina que foi vítima, e o aborto foi feito sem o consentimento do pai, muitos ficaram aborrecidos, enquanto na Europa e precisamente na “laica” Espanha, o secretário geral da Conferência Episcopal, Dom João Antonio Martinez Camino, avisou publicamente os políticos católicos que, se votassem a favor da lei que liberaliza o aborto, mais do que é hoje liberado não poderiam ser admitidos à Comunhão Eucarística, porque se colocariam em uma situação objetiva de pecado. Não só isso, mas acrescentou que quem sustenta que é moralmente legítimo matar um nascituro, arrisca-se a cair na heresia e na excomunhão “Latae sententiae”, isto é, automaticamente. (O caso dos políticos suspensos do PT, porque são contrários às leis do aborto; para melhor entendimento: a comissão que foi a favor do aborto, segundo Dom Martinez Camino, seria excomungada). Mas é claro que no Brasil se dá sempre um jeitinho, não é verdade?
 
Em seguida publicamos o texto abreviado traduzido do inglês pelo vaticanista italiano Magister. Aos interessados no tema e que conhecem o inglês, podem acessar a declaração completa neste endereço eletrônico:
http://manhattandeclaration.com.org/
 
MANHATTAN DECLARATION EXECUTIVE SUMMARY
 
Os cristãos, quando deram vida aos mais altos ideais da sua fé, defenderam o fraco e o vulnerável e trabalharam incansavelmente para proteger e reforçar as instituições vitais da sociedade, começando pela família.
 
Nós somos cristãos ortodoxos, católicos e evangélicos que se uniram na hora presente para reafirmar as verdades da justiça e do bem comum, e para lançar um apelo aos nossos concidadãos, crentes e não crentes, para que se unam a nós em defendê-los.
 
Estas verdades são:
 
1.    A sacralidade da vida humana,
2.    A dignidade do matrimônio como união conjugal entre marido e mulher,
3.    Os direitos de consciência e liberdade religiosa.
 
Enquanto verdades fundamentais à dignidade humana e ao bem-estar da sociedade, elas são invioláveis e não negociáveis. Sendo que tais verdades estão sendo atacadas por poderosas forças da nossa cultura, nós nos sentimos, hoje, no dever de levantarmos a nossa voz em defesa destas verdades e de nos comprometermos a honrá-las, sem nos importarmos com quais pressões serão exercidas contra nós e contra as nossas instituições para que nós as abandonemos e cedamos a respeito destas verdades. Nós tomamos este empenho, não como partidários de um grupo político, mas como seguidores de Jesus Cristo, o Senhor Crucificado e ressuscitado, que é o Caminho a Verdade e a Vida.
 
VIDA HUMANA
 
As vidas dos concebidos (nascituros), dos deficientes físicos ou mentais e dos anciãos estão sempre mais ameaçados. Enquanto a opinião pública caminha em direção ‘pro-life’, forças poderosas e determinadas trabalham para promover o aborto, a investigação que destrói os embriões, o suicídio assistido e a eutanásia. Apesar de que a proteção do fraco e do vulnerável deveria ser dever primeiro, hoje em dia o poder do governo está freqüentemente do lado daquela que João Paulo II chamou de “a cultura da morte”. Nós nos empenhamos em trabalhar incessantemente para a igual proteção de todo ser humano inocente em qualquer etapa do seu desenvolvimento e em qualquer condição. Nós rejeitaremos a permissão a nós mesmos e às nossas instituições de sermos implicados na eliminação de uma vida humana e daremos o nosso apoio, de todas as formas possíveis, àqueles que, em consciência, farão a mesma coisa.
 
MATRIMÔNIO
 
A instituição do matrimônio, já ferida pela promiscuidade, infidelidade e divórcio, está correndo o risco de ser redefinida e, portanto destruída. O matrimonio é o instituto originário e mais importante para assegurar a saúde, a educação e o bem-estar de todos. Onde o matrimonio está corroído, as patologias sociais aumentam. O impulso de redefinir o matrimônio é um sintoma, mais que a causa, de uma erosão da cultura do matrimônio. Ela reflete uma perda de compreensão do significado do matrimônio assim como está incorporado nas nossas leis civis e nas nossas tradições religiosas. É decisivo que este impulso encontre resistência. Porque ceder a ela seria abandonar a possibilidade de restaurar uma justa concepção do matrimônio e, com ela, a esperança de reconstruir uma correta cultura do matrimônio. Isto bloquearia a estrada à falsa e destruidora crença de que o matrimônio é o mesmo que uma aventura sentimental e outras satisfações para pessoas adultas, e não por sua natureza intrínseca, com aquele único caráter e valor de atos e relações cujo significado é dado pela sua capacidade de gerar, promover e proteger a vida. O matrimônio não é uma “construção social”, mas uma realidade objetiva: a união pactuada entre esposo e esposa, que é dever da lei reconhecer, honrar e proteger.
 
LIBERDADE RELIGIOSA
 
A liberdade religiosa e os direitos da consciência estão gravemente em perigo. A ameaça destes princípios fundamentais de justiça é evidente nos esforços para enfraquecer ou eliminar a objeção de consciência para os profissionais e as instituições da saúde e as disposições antidiscriminatórias que são usadas como armas para forçar as instituições religiosas, as entidades de caridade, os provedores de serviços a aceitar (e também facilitar) atividades e relacionamentos que julgam imorais, ao contrário são jogados fora. Os ataques à liberdade religiosa são sérias ameaças, não só para os indivíduos, mas também para as instituições da sociedade civil que compreendem famílias, entidades assistenciais e comunidades religiosas. A salvaguarda destas instituições providencia uma indispensável defesa contra os prepotentes poderes do governo e é essencial para que floresça qualquer outra instituição, inclusive o mesmo governo, do qual a sociedade depende.
 
LEIS INJUSTAS
 
Como cristãos, cremos na lei e respeitamos autoridade dos governantes terrenos. Consideramos um privilegio especial viver em uma sociedade democrática onde as exigências morais da lei sobre nós são ainda mais fortes em virtudes dos direitos de todos os cidadãos de participar do processo político. Mas também em um regime democrático as leis podem ser injustas. E desde as origens nossa fé nos ensinou que a desobediência civil é necessária à frente de leis moralmente injustas, ou leis que nos obrigam a fazer o que é injusto ou imoral. Tais leis carecem do poder vinculante em consciência, porque elas não podem reivindicar nenhuma autoridade além da mera autoridade humana.
 
Portanto, saibam que não daremos nosso consentimento a nenhum edito que obrigue a nós e as instituições que dirigimos, a participar em facilitação de abortos, investigações que destruam embriões, suicídio assistido, eutanásia e qualquer ato que viole os princípios da profunda, intrínseca e igual dignidade para todos e cada um dos membros da família humana.
 
Ademais, saibam que não nos inclinaremos à frente de nenhuma regra que nos obrigue a abençoar associações sexualmente imorais e considerá-las como se fossem matrimônio e seu equivalente, o que nos impele é proclamar a verdade, como a conhecemos, a respeito da moralidade, do matrimônio e da família.
 
Ademais, saibam também que não nos deixaremos reduzir ao silêncio ou à violação das nossas consciências por nenhum poder da terra, seja este cultural ou político, sem nos importarmos pelas conseqüências que isso poderá ter contra nós.
 
Nós daremos a Cesar o que é de Cesar, em tudo e com generosidade, Porém em nenhuma circunstância nós daremos a Cesar o que é de Deus.
 




Pe. Eugenio Maria, FMDJ
www.mosteiroreginapacis.org.br
http://rainhadapaz.blog.terra.com.br



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