Postado em: 07/01/10 às 21:52:15 por: James
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Em respostas aos ataques por “jovens irresponsáveis”
Por Jesús Colina
ROMA, quinta-feira, 7 de janeiro de 2010 (ZENIT.org).- Um dos mais altos tribunais rabínicos ortodoxos em Israel condenou como violações da fé e da moralidade os recentes ataques com cusparadas sofridos por sacerdotes e fiéis cristãos, perpetrados por jovens judeus ultra-ortodoxos em Jerusalém.
A condenação foi feita oficialmente em uma nota emitida pelo Beth Din Tzedek, o tribunal da comunidade judaica ortodoxa que constitui a mais alta instância da comunidade em Jerusalém.
Há algumas semanas, diversos sacerdotes, não apenas católicos, têm denunciado sofrer constantes insultos e serem alvo de cusparadas por parte de jovens judeus.
O padre Athanasius Macora, de origem norte-americana e responsável pelo Christian Information Center de Jerusalém, relatou, por exemplo, ter sido insultado e cuspido diversas vezes, algumas vezes até por crianças.
O mesmo também ocorreu com o padre armênio ortodoxo Samuel Aghoyan, que disse ter sido cuspido ao menos vinte vezes desde novembro passado.
Diante de tantas denúncias, o assessor do prefeito de Jerusalém para as comunidades religiosas, Jacob Avrahmi, promoveu uma reunião entre representantes do Ministério para Assuntos Estrangeiros e o rabino Shlomo Papenheim, da comunidade de judeus ultra-ortodoxos, para formular uma condenação formal dos ataques contra os gentios.
Segundo o tribunal, “além de constituir uma profanação do Santo Nome, que em si mesma já representa um pecado muito grave, provocar os gentios, de acordo com nossos sábios (bendita seja sua santa e virtuosa memória), é proibido e pode levar a conseqüências trágicas nossa comunidade, que Deus tenha piedade.”
"Nós, portanto, pedimos àqueles que detêm o poder de pôr fim a estes incidentes vergonhosos, pela persuasão, que tomem medidas para eliminar esses perigos, para que nossa comunidade pode viver em paz".
“Possa o Santíssimo, que bendito seja Seu Nome, disseminar o tabernáculo de uma vida de misericórdia e de paz sobre nós e sobre a casa de Israel e de Jerusalém, enquanto aguardamos a vinda do Messias, prontamente e em nosso tempo, Amém", conclui o documento, assinado em 30 de dezembro de 2009 pelo Tribunal de Justiça de judeus ortodoxos em Jerusalém.