Postado em: 16/09/10 às 19:22:43 por: James
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Pede que o respeito à liberdade religiosa prevaleça sobre a violência
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 15 de setembro de 2010 (ZENIT.org) - O Papa Bento XVI lançou um apelo pela paz hoje, ao término da audiência geral, afirmando que acompanha "com preocupação os acontecimentos que se verificaram nestes dias em várias regiões do sul da Ásia, sobretudo na Índia, Paquistão e Afeganistão", em referência aos episódios de violência registrados nesses países nos últimos dias.
"Rezo pelas vítimas e peço que o respeito pela liberdade religiosa e a lógica da reconciliação e da paz prevaleçam sobre o ódio e a violência", acrescentou o Santo Padre.
A causa desta onda de violência foi a polêmica criada pelo reverendo americano Terry Jones, com a campanha a favor da queima do Alcorão, como protesto diante da construção de uma mesquita perto do Ground Zero de Manhattam.
Apesar de a campanha ter sido cancelada a tempo, as informações difundidas por algumas emissoras iranianas de supostas profanações do Alcorão em alguns lugares dos Estados Unidos provocaram reações violentas entre os islâmicos (cf. Zenit, 14 de setembro de 2010).
Em Cabul, capital do Afeganistão, um país fortemente instável, milhares de pessoas se manifestaram com gritos contra os cristãos e contra a América. Segundo muitos analistas, a violência será intensificada pelos islamitas radicais, com fins políticos.
Em declarações à Rádio Vaticano, o porta-voz dos bispos indianos, Pe. Babu Joseph, afirmou que a intervenção do Papa "chamou a atenção sobre algo muito importante e significativo com relação ao que está acontecendo no Sul da Ásia, particularmente no que concerne à liberdade religiosa".
Concretamente, no caso das escolas queimadas em Caxemira, sublinhou que "é a primeira vez que isso acontece nessa região, que até agora havia sido uma área relativamente pacífica em termos de harmonia religiosa entre muçulmanos e cristãos".
Além disso, sublinhou que essas escolas "estão dirigidas a ajudar as pessoas" e que "95% dos seus alunos são muçulmanos".
A religião "é e deve ser um meio para unir as pessoas, para trazer maior coesão, harmonia e paz à sociedade".
"Quando a religião é usada para fins políticos, o resultado é a divisão e a polarização social e, por conseguinte, a violência e destruição da vida e das propriedades, algo que pudemos observar nas últimas décadas nesta parte do mundo", sublinhou o porta-voz episcopal.