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Artigo N.º 8313 - Chamado à desobediência” assinado por 300 padres e diáconos choca igreja na Áustria.
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Postado em: 23/07/11 às 14:35:46 por: James
Categoria: Destaque
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Christa Pongratz-Lippitt, Revista católica britânica The Tablet

A Iniciativa para a Reforma da Igreja dos Párocos Austríacos anunciou seus planos em um Apelo à Desobediência.

A iniciativa é liderada pelo ex-vigário geral do cardeal Christoph Schönborn, monsenhor Helmut Shhuller, e tem mais de 300 membros (317 padres e 52 diáconos até hoje), cerca de 15% dos padres austríacos.

“A recusa de Roma de assumir as reformas há muito tempo necessárias e a inatividade dos nossos bispos não apenas nos permitem, mas também nos forçam a obedecer as nossas consciências e nos tornar independentes”, diz o apelo. Depois, ele enumera as sete ações ou “sinais” que os padres pretendem adotar a partir de agora.

Primeiro, afirmam, vão acompanhar as preces de cada Missa com a oração: “Que os responsáveis em todos os níveis da Igreja levem em consideração os interesses do povo mais seriamente do que a preservação das leis e tradições convencionais”.

Eles, então, se comprometem, “em princípio, a não recusar a Comunhão a ‘pessoas de boa vontade’ – particularmente os divorciados de segunda união, membros de outras Igrejas cristãs e, em certos casos, católicos que abandonaram a Igreja”

Em terceiro lugar, eles dizem que vão celebrar apenas uma missa ou celebração da Palavra em qualquer paróquia aos domingos ou dias santos, e que padres de fora da paróquia não serão chamado para ajudar. “Uma celebração da Palavra organizada por nós mesmos é preferível às turnês litúrgicas”, dizem.

Eles continuam afirmando que, no futuro, vão considerar uma celebração da Palavra em que a Comunhão seja distribuída como uma “Eucaristia sem padre” e vão anunciá-lo como tal. Essa é a forma pela qual cumpriremos a nossa obrigação dominical em tempos em que os padres estão escassos, dizem.

Quinto: eles vão ignorar o fato de que “fiéis leigos competentes e professoras de religião” são proibidos de pregar, porque, “especialmente em tempos difíceis, é imperativo proclamar a Palavra de Deus”.

Eles dizem que vão “fazer todos os esforços” para garantir que cada paróquia tenha um superior próprio, “homem ou mulher, solteiro ou casado, de tempo integral ou parcial”, e, assim, abrir caminho para um “novo modelo de sacerdócio”, em vez das fusões de paróquias.

Finalmente, eles dizem que vão aproveitar todas as oportunidades para se pronunciar publicamente em favor da admissão de mulheres e de pessoas casadas ao sacerdócio, considerando tais pessoas como “colegas bem-vindos”.

Solidariedade e debate

O apelo, em seguida, diz que os membros da Iniciativa dos Párocos estão em total solidariedade com seus colegas que deixaram o sacerdócio para se casar e também com aqueles padres que continuam atuando como sacerdotes, apesar de estarem “vivendo um relacionamento”.

Logo após a publicação do apelo no Domingo da Trindade, o vice-presidente da Conferência dos Bispos da Áustria, Dom Egon Kapellari, de Graz-Seckau, publicou uma declaração dizendo: “Essa visão seletiva da atual situação global da Igreja austríaca e as consequências que delas surgem parecerão plausíveis a muitas pessoas, mas elas colocam em sério risco a identidade e a unidade da Igreja Católica. É legítimo expressar as preocupações das paróquias, mas é algo completamente diferente convocar à desobediência e pôr em perigo o caráter (Gestlat) da Igreja mundial e revogar unilateralmente as obrigações comuns”.

Sublinhando estar “clara e decididamente” contra o apelo, Dom Kapellari acrescentou que não havia nenhum estado de emergência na Áustria que justificasse um percurso especial para a Igreja austríaca.

Entrevistado pelo programa semanal da televisão estatal austríaca sobre assuntos religiosos Orientierung no dia 4 de julho, Mons. Schüller disse que nenhum bispo ainda o havia chamado pessoalmente, mas que ele lera a declaração de Dom Kapellari. Ele disse ao jornal austríaco Der Standard que a reação ao apelo nas paróquias havia sido “em grande parte positiva, mas naturalmente também houve críticas negativas”.

A cobertura midiática tem sido grande e mista, embora tenha havido surpresa quando se publicou que o cardeal Schönborn, que ainda não está em férias, ainda não havia reagido.

Enquanto alguns dos membros da Iniciativa dos Párocos austríacos têm um histórico de defesa de uma reforma radical da Igreja, outros têm uma reputação significativamente mais conservadora.

Veja essa!

Laurie Goodstein – The New York Times

Mais de 150 padres católicos romanos dos Estados Unidos assinaram uma declaração em apoio a um clérigo que pode ser afastado por participar de uma cerimônia que supostamente ordenaria uma mulher como padre, em desafio aos ensinamentos da Igreja.

A ação dos padres americanos ocorre logo após um “Chamado à desobediência” emitido na Áustria por mais de 300 padres e diáconos. Eles surpreenderam seus bispos com uma promessa de sete pontos, que inclui a promoção ativa da ordenação de mulheres e homens casados e a recitação de uma oração pública pela “reforma da Igreja” em todas as missas.

E na Austrália, o Conselho Nacional dos Padres divulgou recentemente uma forte defesa do bispo de Toowoomba, que emitiu uma carta pastoral dizendo que, diante da severa escassez de padres, ele ordenaria mulheres e homens casados “caso Roma permita”.

Apesar desses atos díspares não chegarem a representar um levante clerical e dificilmente resultarem em mudança, os estudiosos da Igreja notam que pela primeira vez em anos, grupos de padres em vários países estão publicamente defendendo aqueles que estão desafiando a Igreja a repensar o sacerdócio celibatário exclusivamente masculino.

O Vaticano declarou que a questão da ordenação das mulheres não está aberta a discussão. Mas os padres estão na linha de frente da escassez de sacerdotes – que são obrigados a atender múltiplas paróquias – e, em parte, o que está levando alguns deles a se manifestarem.

“Eles estão dizendo, nós não temos padres suficientes, nós estamos fechando paróquias”, disse David J. O’Brien, que ocupa uma cadeira de estudos de fé e cultura na Universidade de Dayton, uma faculdade católica marista em Ohio. “É um sinal de que as necessidades pastorais são suficientemente graves a ponto dos padres estarem dizendo: ‘Espere um minuto, não é possível ignorar as consequências pastorais das coisas que são feitas e ditas no topo’.”

Especialistas na Igreja disseram ser surpreendente o fato de 157 padres assinarem uma declaração em apoio ao padre americano, Roy Bourgeois, porque ele fez muito mais do que apenas se manifestar: ele fez a homilia e abençoou uma mulher em uma cerimônia ilícita de ordenação, conduzida pelo grupo Sacerdotisas Católicas Romanas. O grupo alega ter ordenado 120 mulheres como padres e cinco bispos em todo mundo. O Vaticano não reconhece as ordenações e reafirmou a excomunhão automática.

Bourgeois, um membro da ordem religiosa Maryknoll, recebeu uma carta do Vaticano em 2008 alertando que ele seria excomungado caso não abjurasse. Ele enviou uma longa carta ao Vaticano dizendo que estava apenas seguindo sua consciência.

Mas a Mayyknoll nunca o rejeitou e ele continuou se apresentando como padre. E ele é um bastante conhecido. Bourgeois, atualmente com 72 anos, foi um missionário americano em El Salvador durante a época dos esquadrões da morte e desde então realiza protestos antiguerra do lado de fora da Escola das Américas do Exército dos Estados Unidos, na Geórgia.

Em uma declaração de 1994, que visava colocar um fim ao debate, o papa João Paulo II emitiu uma carta apostólica, Ordinatio Sacerdotalis, dizendo que a Igreja “não tem nenhuma autoridade” para ordenar mulheres. Entre os motivos dados pela Igreja está o de que os apóstolos de Jesus Cristo eram todos homens, e que essa tem sido a prática da Igreja desde então.

Christopher Ruddy, professor associado de teologia sistemática da Universidade Católica da América, disse sobre as recentes declarações dos padres: “Eu não acho que resultará em algo”.

“Alguns dizem que o ensinamento da Igreja a respeito da não ordenação de mulheres é um ensinamento infalível, alguns dizem que não é definido assim. Mas está claro que um nível extraordinariamente alto de autoridade doutrinária tem sido invocado a respeito disso”, disse Ruddy, autor de “Tested in Every Way: The Catholic Priesthood in Today’s Church” (Herder & Herder, 2006).

A declaração dos 157 padres americanos diz apenas que eles apoiam o “direito (deBourgeois) de expressar o que diz sua consciência” – um texto cauteloso visando permitir que mais assinassem. O esforço foi organizado pelo Chamado à Ação, uma organização com sede em Chicago que há muito defende mudanças na Igreja.

“A Maryknoll está presa no meio”, disse Michael Virgintino, diretor de comunicações da Maryknoll Fathers and Brothers, com sede em Nova York. “É a Maryknoll que está tentando manter o padre Roy engajado, e deseja muito que possa haver uma conciliação entre Roy e a Igreja.”

A Áustria é lar de muitos padres e leigos católicos que buscam mudanças na Igreja. Mas o arcebispo de Viena, o cardeal Christoph Schönborn, disse a respeito da recente declaração dos padres de lá: “A convocação aberta à desobediência, me chocou”.

Além de pedir a ordenação de mulheres e homens casados, os padres austríacos pedem para que mulheres preguem na missa e para dar a comunhão aos católicos divorciados, que se casaram novamente sem uma anulação.

Schönborn respondeu que se os padres nutrem conflitos tão extremos com a Igreja, eles não devem continuar no serviço. Seu porta-voz disse que o cardeal se reunirá com os líderes do grupo em agosto ou setembro.


Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/



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