Postado em: 23/07/11 às 14:35:46 por: James
Categoria: Destaque
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“As razões da Irlanda, um país que se orgulha de mais de mil anos de amizade com a Santa Sé e está perturbado por aqueles que o próprio Bento XVI definiu em sua carta de 2010 aos católicos irlandeses como ‘atos pecaminosos e criminosos’ devem ser compreendidas”, declarou Introvigne, que pediu uma colaboração mais incisiva entre as autoridades civis e religiosas para reprimir abusos, e o franco reconhecimento por parte do episcopado irlandês dos erros cometidos no passado.
“O diálogo diplomático – acrescentou Introvigne – deve, ao mesmo tempo, ajudar a evitar remédios – como os ataques ao segredo da confissão – piores do que os males que se gostaria de curar”.
“Nem mesmo os piores governos totalitários – acrescentou o sociólogo italiano – jamais ousaram atacar o segredo da confissão, e, em uma época em que o anticatolicismo protestante influenciava muito fortemente a vida política dos Estados Unidos, mais de uma vez a Corte Suprema de Washington declarou que violar o santuário do confessionário católico destruiria a própria noção de liberdade da religião.
“Como alguns sacerdotes irlandeses já declararam, se essa lei verdadeiramente fosse aprovada e eles fossem interrogados sobre o conteúdo das confissões, só lhes restará calar e ser presos, já que, para a Igreja, o segredo da confissão é uma obrigação muito grave e irrenunciável.
“Mas é possível esperar que a Corte Europeia dos Direitos Humanos constate a evidente violação da liberdade religiosa ou, melhor ainda, que, passada a emoção destes dias, o Parlamento irlandês nem leve em consideração a aprovação da lei. Certamente, há outras maneiras de reagir a uma crise cuja gravidade também seria equivocado negar”.