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Artigo N.º 1807 - Conversões - Um testemunho
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Postado em: 20/06/09 às 18:14:44 por: James
Categoria: Artigos Site Aarão
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Ainda que o autor do testemunho que segue não existisse, que fosse ficção tudo o que segue, ainda assim são palavras de grande sabedoria, que precisam ser lidas e meditadas. Há milhares de pessoas neste caminho tortuoso, de engano, de erro brutal, de cegueira ímpar, de arrogância tenebrosa, e sobretudo de uma falta completa de sabedoria - dom de Deus - capaz de iluminar os corações que buscam a verdade);

UM TESTEMUNHO:
DAS TREVAS À LUZ DE CRISTO
 
Daniel André

Deus depositou no coração humano o desejo do infinito que só Ele pode saciar. Desde as primícias de minha juventude buscava-O. Mas O buscava de noite, no pecado, porque em vez de procurar Deus, no Evangelho e na Verdadeira religião catolica (Is 42, 1ss), procurava-o nas falsas crenças e em doutrinas perversas. Por isso, precipitava-me na confusão e no erro.
 
Sem saber, jazia à beira do abismo, dando ouvidos a espíritos sedutores e doutrinas diabólicas (1 Tim 4,1). Tendo nos ouvidos o desejo de ouvir novidades, escolhia para mim, ao capricho de minhas paixões e gostos, uma multidão de mestres no cenário do ocultismo. Afastei o meu ouvido da verdade e me atirei às fábulas (2 Tim 4, 2-4). Adentrei-me nas ciências ocultas acreditando ser uma doutrina escondida das massas e reservada apenas aos escolhidos.

Caí nas mãos de homens orgulhosamente extravagantes e que me seduziram com suas doutrinas ímpias. Havia na boca desses homens perversos laços do demônio e um engodo, preparado com a mistura de sílabas do nome do Pai, do Filho à quem negavam-lhe a divindade, e do Espírito Santo, a quem diziam ser um “princípio feminino” e não um único Deus e Senhor com o Pai e com o Filho Unigênito. Era falso o que eu pensava de Deus. Era mentira o que me ensinavam. Eram ficções do orgulho humano.

Destas quimeras me alimentava. Minha alma suspirava por tais engodos, e sem saber aniquilava-me para longe do Criador do céu e da terra, e caminhava para a morte eterna. Caí naquele mesmo engano de nossos primeiros pais, de que "seriam como deuses, conhecendo o bem e o mal" (Gen., 3,5). Acreditava na velha ficção gnóstica da divindade da alma humana. Acreditava no despertar do "deus interior"...

Mais tarde, cheguei a perguntar-me: porque fui facilmente arrastado ao mal? Pensei: fui atraído pela aparência de bem. Era isto aí. Oscilava minha alma entre a vaidade e o desejo sincero da verdade. Não conhecia a advertência do apóstolo: “Não vos espanteis, porque o mesmo Satanás se disfarça de anjo da luz. Não é, pois, estranho que os seus ministros também se disfarcem de ministros de justiça.” ( 2Cor 11,14).

Trocando «a verdade de Deus pela mentira» (Rm 1, 25) e por doutrinas fabulosas com aparência de verdade; abandonei-me ao relativismo acreditando que em qualquer religião ou crença poderia alcançar a salvação eterna. Entreguei-me à doutrinas sacrílegas, coloquei-me à procura de uma ilusória liberdade fora da própria verdade. Acreditei na ímpia doutrina da suposta unidade transcendental das religiões...lia com avidez Guenón e Fritjof Schuon.

Tais doutrinas esotéricas convenciam-me de que a salvação aconteceria por meio de uma auto-redenção, por meio de técnicas teúrgicas de "purificação", por meio de meditação dos símbolos, e, sobretudo,por meio de um conhecimento gnóstico e que estaria reservado à poucos. Não sabia que a vontade do Pai é "que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade" (1Tm 2,4) mediante a adesão a Jesus Cristo, por meio de sua Santa Igreja católica. A verdade não podia estar reservada à grupinhos secretos de "eleitos". Naquele tempo, desconhecia que o amor de Deus é uma realidade de que ninguém pode se apoderar por meio de métodos e técnicas esotéricas, e que estas coisas são abomináveis aos olhos do Senhor.
 
Colocava confiança na falsidade e apascentava ventos. Ignorava que a fé da Igreja não é por nada uma doutrina reservada a uma elite de iniciados e que pertence a todos os fiéis desde os simples e pequenos. Desconhecia que a salvação do homem vêm de Deus. O esoterismo me fazia confundir o Criador com a criatura. O sincretismo típico dos ambientes esotéricos tornava vago a noção de um Deus pessoal e Salvador.

Mas quão grande era minha cegueira gnóstica que não enxergava estas coisas. Quão grande era a cegueira que até da cegueira me gloriava, achando-me conhecedor dos mistérios. Envaidecido, tinha-me na conta de grande iniciado. Eis aquele servo que, fugindo a seu Senhor, seguia sombras. Eis aquele que, precisando de abrigo procurou construí-lo sobre a areia dos erros e não sobre a rocha sólida que é Cristo. Em quantas iniqüidades me corrompi e a quantas curiosidades sacrílegas me entreguei, até me precipitar, abandonando-me sem saber, nos profundos abismos da infidelidade à Deus.

Enquanto caminhava nestas regiões tenebrosas do ocultismo e do hermetismo, por diversas vezes encontrei-me em práticas divinatórias, tentando investigar o futuro. Tarot de Marselha, Tarot de Oswald Wirth, Astrologia, etc... Tais práticas escondiam um desejo secreto de poder sobre o tempo, ação contrária a piedade cristã verdadeira. Pecado grave que feria o direito de Deus de ser obedecido (Dt 18, 10-14). Assim, andava errante no caminho da morte. Era levado em redemoinho de qualquer tufão e vento de novidades. Mas, apesar disso, muito às ocultas, a Providência divina me dirigia à Verdade. Que a alma pode desejar mais que a Verdade? Isso eu desejava. Nunca fui amante das opiniões, mesmo no erro. Havia em minha alma uma luta entre a vaidade e o desejo da verdade, e este desejo mais tarde venceu. Fui vencido pela verdade.

Naquele tempo, por diversas vezes, no desejo de presenciar visões curiosas, ficava entregue às ilusões de supostos mundos e planos astrais. Aquilo alimentava em mim o vício da vaidade, e levado pelo intento de ostentar o fausto da ciência, deixava-me seduzir pelas doutrinas dos demônios que inspiravam os chamados "mestres" e "grandes iniciados". Era seduzido por aquele falso intermediário, que pelos ocultos juízos de Deus tem licença para iludir a soberba humana. Amei a vaidade e busquei mentiras. Havia em mim um desejo curioso e vão, disfarçado sob o nome de conhecimento e ciência. Lia Papus, Eliphas de Levi, Jacob Boehme, Louis Claude de Saint-Martin, Stanislas de Guaita, etc...
 
Mas, de que me servia possuir uma inteligência tão ágil se me enganava na ciência da religião, acreditando em sacrílegas e deformantes torpezas gnósticas, esotéricas e ocultistas? O que me aproveitaria ganhar o mundo inteiro e perder a minha alma? (Mt. 16:26)
 
Quando meu espírito se esforçava por voltar à fé católica, pois fui batizado nesta fé imutável e sem mácula, sentia-me repelido, porque a opinião que tinha da fé da Igreja não era exata. Conhecia apenas a versão deturpada contada pelos seus inimigos. Na verdade o que eu conhecia era uma caricatura da Igreja.
 
Contudo, porque desconheci por tanto tempo, as verdades de Deus, que falou aos patriarcas, aos profetas, e nos últimos tempos através de seu Filho Unigênito e guardada como um tesouro precioso pela Santa Igreja Católica?
 
É porque Deus resiste aos soberbos e dá graça apenas aos humildes. (1Pdr 5,5; Tg 4,6.). Era isso. Devia ser. Quando o desejo sincero pela verdade venceu meu orgulho, fiquei pronto. Mas isso não foi o começo. A graça já havia se antecipado faz muito tempo, eu é que não sabia. Deus sempre se antecipa e trabalha escondido.

Depois de longos anos no meio das trevas, Deus trouxe-me à luz. O Senhor, que é rico em misericórdia olhou para minha miséria, encontrou em mim disposições para arrepender-me dos meus pecados. Livrou-me do dilúvio, inseriu-me de volta na arca da salvação, fora do qual ninguém se salva. Feriu meu coração com aquela palavra vivificante, e pude ouvir aquele “Segue-me” (Mt 9,9 ss).
 
Tocado pelo amor divino, abandonei as fábulas e as doutrinas perversas, entreguei-me a de corpo e alma a sã doutrina. Busquei a confirmação de minha fé em Jesus Cristo. Hoje, impulsionado pelo Espírito de Deus, sou chamado a reafirmar e gritar ao mundo que o Filho Unigênito é verdadeiramente o único “caminho, verdade e vida“ (Jo 14, 6), a única ponte que une a terra e o céu, e a única porta como ele próprio disse: “Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo.”( Jo 10, 9). E sua Santa Igreja é a única religião verdadeira, fora da qual não existe salvação alguma.

Dou graças a Deus por que ninguém pode ter fé se Deus não lhes dá a graça. A “ovelha estava perdida e foi reencontrada”.(Lc 15:6); pois “estava morto e revivi; estava perdido e fui achado" (Lc 15,32). Por isso, "Levantei-me e fui ter com meu Pai... E lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho" (Lc 15,18). Fui resgatado dos laços da morte...e hoje vivo da abundância da Cruz.
 
***

Ex-ocultista e gnóstico.
 
Ex-adepto das idéias de René Guenón e F. Schuon.
 
Ex-membro da ordem Rosacruz AMORC (1998-2002) - Nova Iguaçu
 
Ex-membro da Tradicional Ordem Martinista - TOM (2000-2002) - Nilópolis
 
Ex-membro do Colégio dos Magos (2001-2002) - Curso por correspondência
 
Ex-membro da Sociedade das Ciências Antigas - SCA (2001-2002) - Curso via e-mail
 
Ex-membro da Ordem Martinista e Sinárquica (2002-2005) - Taquara
 
Ex-membro da Igreja Gnóstica Apostólica Rosa crucis (2002-2005) - Taquara
 
Ex-mestre maçom, pela loja viajores da Luz e da Paz (2003-2005) - Nova Iguaçu
 
Ex-maçom da maçonaria egípcia do Antigo rito oriental de Mizraim e Memphis (2004-2005) - Taquara 
 


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