

Postado em: 29/07/09 às 10:19:22 por: James
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Dia 27/7, é dia de são Pantaleão. Eis uma matéria sobre ele enviada pelo Irmão João.
Muito se fala do sangue de S. Januário. Para além deste santo, existem outros santos em que ocorre algum tipo de fenómeno com o repectivo sangue.
Isso acontece com um dos santos de hoje: S. Pantaleão. Este artigo tem por fim debruçarmo-nos sobre o esse fenómeno, não tem por fim contar a vida do santo.
Certamente hoje o sangue de S. Pantaleão vai-se liquefazer novamente, pois tal fenómeno ocorre anualmente no dia do santo, que é hoje.
O que sempre me impressionou foi o facto de o sangue terpermanecido líquido durante os grandes acontecimentos históricos doséculo XX, como a 1ª. (1914-1918) e 2ª. Guerras Mundiais (1939-1945) e a Guerra Civil espanhola (1936-1939 . Vamos mais longe ainda. O sangue esteve quase permanentemente liquefeito entre 1936 e 1945 pois a Guerra Civil Espanhola acabou a 1 de Abril de 1939 e a Guerra Mundial começou em 1 de Setembro do mesmo ano. Uma diferença de cinco meses, apenas. Em 1979 recomeçou a liquefação permanente. E porquê naquele ano? Tenho pensado nisso e lanço uma conjectura. É possível que me engane. Se assim for, não será a primeira nem será a última vez. A hipótese é a seguinte: todos
sabemos que ninguém pode dar a certeza de quando Jesus nasceu.
Nem o dia, nem o mês, nem o ano. Calcula-se que terá sido entre o ano 4 a 7 A. C. Se isso acontece com Jesus, também acontece com nossa Senhora. Se Ela foi Mãe aos 14 - 15 anos (Também aqui não há a certeza absoluta, repare-se) então Ela nasceu entre 18
a 22 A. C. Estas datas podem estar erradas. Mas uma coisa eu sei.
Lembro-me que foi precisamente em 1979 (quando o sangue começou a estar liquefeito permanentemente) que se começou a falar que 1979 era o ano do segundo milenário do nascimento de nossa Senhora. E a partir daí (1980, 1981, 1982…) se dizia a mesma coisa: esse era o ano do bimilenário. Até que João Paulo II proclamou um ano mariano em honra do bimilenário do nascimento de nossa Senhora, que foi de 7 de Junho de 1987 a 15 de Agosto de 1988).
Curiosamente o ano do encerramento desse ano mariano (1988) era o ano do milenário da conversão da Rússia. E no ano seguinte (1989) deu-se a queda do muro de Berlim. E com ele a queda da maior parte dos regimes comunistas a nível mundial. E quando parou a liquefação permanente do sangue de S. Pantaleão? Não faço ideia.
Possivelmente por esta mesma altura da queda do muro de Berlim. Mas isso é uma conjectura minha. Ninguém mo disse. Hoje em dia a liquefação só se faz no seu dia: 26-27 de Julho.
Haverá alguma outra razão para além da que aponto? Se houver, não
estou a ver. E passo a citar o artigo que fala da liquefação do sangue de S. Pantaleão, a partir de 1979. Para ajudar, a parte da liquefação permanente fica separada do resto do artigo. A primeira parte refere-se à história da liquefação do sangue de S. Pantaleão. A segunda parte às liquefações permanentes. O artigo é tirado da
revista "Magnificat", dos jesuítas portugueses, de Agosto-Setembro de 1980.
Passo a citar. No momento em que a cabeça do santo mártir rolava pelo chão, os cristãos recolheram o sangue que brotava da ferida e guardaram-no com todo o respeito em ampolas de vidro. Uma delas conserva-se em Ravello, na Itália; outra, no mosteiro da
Encarnação, em Madrid, muito próximo do Palácio Real do Oriente, onde as freiras Agostinhas o guardam cuidadosamente na Capela das
Relíquias.
Tal como acontece cada ano em Nápoles, no dia 19 de Setembro, com o sangue de S. Januário, também o sangue de S. Pantaleão referve e liquefaz-se todos os anos no aniversário do martírio, dia 27 de Julho, tanto em Madrid como em Ravello.
No dia 26 de Julho, pela manhã, a preciosa relíquia é levada para a
igreja. Quem quiser pode observar o sangue sólido, pois a ampola está patente a todos. Durante a tarde, véspera da festa do santo, o sangue orna-se pastoso e vermelho vivo. No dia seguinte, festa de S. Pantaleão, fica fluído e inteiramente líquido. Ao entardecer, coagula até que à noite, ao ser reposto na Capela, se apresenta completamente sólido.
O prodígio verifica-se todos os anos, desde o século XVII, em que o
precioso tesouro foi oferecido ao Convento da Encarnação pela Rainha Margarida da Áustria, esposa de Filipe III.
O primeiro exame canónico teve lugar em 1718, há 262 anos. A pedido da Prioresa do Mosteiro, o Arcebispo de Compostela, Dom Miguel Herrero Esqueva, nomeou uma comissão para estudar e verificar a liquefacção e condensação do sangue. Perante o notário Dom Álvaro de Mendoza Caamanho prestaram o seu depoimento com juramento treze testemunhas. Depois de seis anos de estudo e investigação, foi publicada a sentença, que declara verdadeira e autêntica a liquefacção do sangue de S. Pantaleão.
Em Nápoles, quando no dia 19 de Setembro o sangue de S. Januário NÂO SE LIQUEFAZ, o facto é considerado sinal de próxima calamidade. Com o sangue de S. Pantaleão acontece o contrário. Quando passado o dia 27 de Julho PERMANECE LÍQUIDO, tanto em Espanha como em Itália, o facto é considerado mau agouro.
Em 1913, em Ravello, o sangue não secou no dia 27 de Julho e um ano depois, em 1914, começou a Grande Guerra. O mesmo sucedeu no mosteiro da Encarnação em Madrid, onde o sangue se conservou líquido durante toda a Grande Guerra de 1914 a 1918 e na
Segunda Grande Guerra de 1939 a 1945.
Em Julho de 1936 o sangue liquefaz-se no dia próprio, 27 de Julho,
mas não tornou a secar, senão passados três anos, ao terminar a
guerra civil, em 1939.
A 27 de Julho do ano passado, 1979, o sangue liquefez-se, mas desde então, há mais de um ano, não voltou a condensar-se. Será sinal de calamidades para a Espanha? E também para o mundo?
O jornal "Cavaleiro da Imaculada", de 10 de Junho, publicou a
seguinte carta escrita por um português residente em Madrid:
"O sangue de S. Pantaleão Mártir, que se venera em Madrid no Convento da Encarnação e que todos os anos se liquefaz no dia 27 de Julho, e se coagula a seguir, permanece liquefeito desde aquela data, o que é considerado como anúncio de calamidade. Sucedeu o mesmo antes da Primeira Grande Guerra; igualmente se verificou caso idêntico antes e durante o período da guerra civil de Espanha e ainda quando da 2ª. Grande Guerra Mundial.
Algumas freiras veteranas que vivem no mosteiro e foram testemunhas destes factos passados, mostram-se apreensivas e pensam que algo de muito grave está para suceder".
A revista espanhola "Maria Mensajera" (nº. 64 de 1980) pergunta:
"Continua líquido desde há meses o sangue de S. Pantaleão. Quando
isto aconteceu em ocasiões anteriores foi sempre prenúncio de
catástrofes. E agora?..."