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Artigo N.º 4239 - Ingratidão sacerdotal
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Postado em: 06/02/10 às 12:55:10 por: James
Categoria: Artigos Site Aarão
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Décima ingratidão dos homens pra com Jesus sacramentado.
Negligência dos Sacerdotes que celebram raras vezes o Santo Sacrifício da Missa

Grande e detestável é, como ficou dito, a ingratidão de um Católico negligente em receber o Corpo de Jesus Sacramentado, Fonte de Graça e origem de todo o bem que nos deixou no mundo Seu amor. Mas qual será a ingratidão de um Sacerdote, eleito pelo próprio Deus, não só para alimentar-se da Sua Carne, mas para consagrar, repartir e ser o dispensador de Seu Sangue, se, por negligência ou vaidade, costuma chegar poucas vezes ao Altar. Vereis alguns desses tão olvidados do favor e elevado estado a que Deus os sublimou, que deixam passar semanas inteiras, e até meses, sem celebrar uma Missa; e outros só a dizem nas quatro festas do ano. E, o que é mais para admirar, assim o praticam hoje por grandeza e razão de estado os eclesiásticos de grande autoridade.

A maior dignidade a que Deus exaltou, nem poderia exaltar mais, Maria Santíssima Senhora Nossa, foi, sem dúvida, elegê-l'A para Sua Mãe, tomando carne em Suas puríssimas entranhas. Porque nem o conceder-Lhe domínio sobre todo o criado e por criar, nem adorná-l'A de todos os dons da graça e da glória se podem comparar com a honra que Lhe fez com Sua Maternidade, que encerra em si uma incomparável e infinita excelência. Avivai, pois, a fé, Ministros do Altíssimo, e entendei que vos sublime, de certo modo, a essa mesma dignidade, que foi uma só vez confiada Àquela Divina Senhora, Mãe Sua, todas as vezes que baixa do Céu para colocar-Se em vossas mãos, nas quais não hesitou em falar Santo Agostinho que renova todos os dias Sua Encarnação: O magna dignitas Sacerdotum, in quorum manibus Dei filius quotidie sicut in utero Virginis incarnatur!

O primeiro Sacerdote da Lei da Graça que houve no mundo foi o próprio Divino Verbo Humanado, Que, antes de oferecer na Cruz o Sacrifício cruento de Sua vida, já O havia oferecido incruento com a vítima de Seu Corpo Sacramentado, e foi tão alta essa dignidade do Sacerdócio de Cristo que só a Ele, como a Seu Filho natural, podia Deus conferi-la, para que desse digna satisfação de uma ofensa cometida contra uma Majestade infinita. De maneira que nenhum Anjo, nem o primeiro Serafim do Epíreo, era suficiente para imprimir-se-lhe o caráter excelente de Sacerdote, com o qual oferecesse, sendo juntamente vítima, uma adequada recompensa à Divina Justiça, ofendida com as culpas dos homens.

Pois esse mesmo caráter, que só podia conceder-se a uma Pessoa Divina, confere-se, sem dúvida, a um Sacerdote, que, ingrato de tão alto benefício, não o estima, para que, não como vítima, mas como Ministro que A oferece, faça o mesmo Sacrifício de tanto valor e agrado ao Eterno Pai, que, só com ele, Se daria por satisfeito para a redenção de todo o mundo.

Porém, não querem os Sacerdotes de nossos tempos deixar-se ver muitas vezes no Altar, como envergonhados de ser Ministros do maior e mais Augusto de todos os Sacramentos. Ó ingratidão incrível, porém praticada frequentemente! Sabeis vós o que é dizer uma Missa? E sabeis o que é, sem legítima causa, não a dizer? Pois ouvi um Santo Agostinho, que vos condena não menos que de culpa de lesar a Magestade Divina, porque afirma resolutamente que, quanto é de vossa parte, privais de gória a toda a Santíssima Trindade. Mas quem poderá explicar os inumeráveis, preciosíssimos tesouros de que a vos mesmos e a outros privais?

Anelam, suspiram e esperam vossos Sacrifícios aquelas aflitíssimas Almas do Purgatório, como o único refrigério de suas penas. E é opinião muito piedosa que, enquanto dura o Sacrifício da Missa, suspendem-se os tormentos que padecem aquelas Almas por quem se aplica: O Verbo Divino Humanado já não está em estado de ofereccer visivelmente no Altar o Sacrifício de Seu Sangue Sacramentado para satisfação das culpas dos homens, porquanto, para esse efeito, deixou-vos como substitutos e Vigários seus na terra, para que, em Seu nome e com Seu mesmo poder, façais o mesmo que só Ele podia fazer, revestido da dignidade sacerdotal no Cenáculo e na Cruz, e, por essa razão, sois chamados Ungidos e Cristos na terra.
Olhai, pois, se se pode conceber dignidade mais superior que a vossa, pois, nessa parte, é igual à do próprio Redentor do Mundo.

Olhai quão formidável aos demônios e invejável aos Anjos será vosso poder. É revelação certa que, no dia da instituição d'Este inefável Sacramento, levou-O um dos supremos Serafins a Maria Santíssima, Senhora Nossa, de cuja mão O recebeu pela primeira vez, e que, só por esse legado, deu-se por satisfeita toda a natureza Angélica de não ter-lhe Deus concedido, senão só à humana, a excelsa prerrogativa do sacerdócio.

Bem conheceram sua excelência aqueles piedosos e poderosos monarcas, que tanto apreciaram os Sacerdotes, que uns puseram a seus pés os diademas, outros lhes seguraram os estribos para montar no cavalo, e, com a cabeça descoberta e o chapéu na mão, conduziram-nos pelas rédeas.

Não me digais que esses eram os Sumos Pontífices e os Vice-Deus na terra, porque vos direi, com o Doutor Angélico, que vosso poder é igual ao dos Papas em ordem a consagrar o real e verdadeiro Corpo de Cristo, ainda que o seu seja superior ao vosso em ordem ao Corpo Místico, que é a Igreja. Assim o entendeu um São Martinho, que quis que precedesse seu Capelão ao Imperador, que o havia convidado para a sua mesa. E São Carlos Borromeu nunca consentiu que nenhum príncipe, por grande que fosse, tomasse no coro o lugar destinado para os Sacerdotes.

Tanto estimaram esses Heróis a Real Coroa do Sacerdócio, que hoje desprezam os eclesiásticos de nosso tempo, com tão abominável ingratidão, que, como é a maior que se pode imaginar, é a que há de pôr fim à narração de todas as que usa o mundo com seu Amantíssimo Jesus Sacramentado, em correspondência das excessivas finezas de Seu amor.


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