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Artigo N.º 4958 - ILUSÕES
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Postado em: 22/04/10 às 21:55:21 por: James
Categoria: Artigos Site Aarão
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Uma leitura atenta do Livro do Eclesiastes, certamente que faz o homem meditar sobre seu destino, sua caminhada nesta terra. A tradução cita como “vaidade” tudo aquilo que passa, mas certamente a palavra melhor definida é “ilusão”. Na realidade o texto parece provir de uma pessoa derrotada, confusa e até irada contra Deus em alguns aspectos, mas se deve compreender como algo mais profundo, que brota do entendimento de nossa completa nulidade.

     Sim, o homem é uma nulidade. Perceber isso, entender isso até o mais profundo de si mesmo, é um ato de humildade, que denota uma centelha de sabedoria. Nos dias que passaram, nos Estados Unidos, levantou-se uma equipe de “cientistas” com a finalidade de congregar provas “científicas” de que Deus não existe. Esta sim, é uma vaidade sem limites, centelha do orgulho, que sequer pressupõe uma nesga de inteligência, porque nada de sabedoria. Iniciativas assim, provocam risos até nos mentecaptos!
 
     Como tantas vezes temos demonstrado, o homem moderno busca divinizar-se, busca ser adorado e idolatrado, e nesta busca não mede esforços. Esta idéia, aliás, não é nova, pois já foi tentada pelos anjos caídos, quando quiseram sobrepujar a Deus, destituindo-O de seu trono real. Lúcifer e seus infelizes seguidores acharam que haviam encontrado uma forma superior de comandar o Universo, e que poderiam inclusive dispensar a Deus. Isso brotou de um germe de loucura, misto de estupidez com orgulho, que torna cegas as criaturas racionais. E eis aí o homem, um ser mais estúpido ainda que os anjos caídos, a tentar a mesma coisa. Quer dispensar Deus de sua vida, como se fosse possível!
 
     Na realidade, a comparação entre o homem e seu Deus, Único e Verdadeiro, não pode ser avaliada pela diferença entre um grão de pó, e todo o resto do Universo. Porque o grão de pó – o homem sem Deus – nunca deixará de ser uma quase nada, jamais conseguirá expandir-se por si só, e sem a ajuda de uma Vontade Superior, definhará em si mesmo a desaparecerá. Note uma criança recém nascida, largada em qualquer lugar! Ela sozinha jamais sairá daquele lugar, e morrerá como um vermezinho se ninguém a socorrer.
 
     Ora sem o atributo da auto-suficiência, ninguém jamais poderá se jactar de ser algo. Para que eu creia ser capaz de gerir o Universo, tenho necessariamente, de antes ter a capacidade de me auto-prover! Tenho que ser auto-suficiente, ser capaz de me dar a vida, porque se eu depender de alguém para qualquer coisa a meu respeito, passarei a ser servo daquele que me completa. Homens precisam de outros para existir, precisam de outros para alimentá-los e tratar na tenra infância, precisam de outros para produzir os bens necessários à sua vida. Afinal, são tão interdependentes que se poderia dizer que são um só corpo! E imperfeito mesmo assim. Sem Deus, todos juntos, são vento!
 
     Imperfeito porque para sobreviver precisa do ar que ele não criou – e não surgiu do nada – e precisa do calor, da terra e da água, elementos estes que ele sequer sabe a fonte e a origem. Como pode alguém assim, tão necessitado dos outros para tudo, achar que pode sozinho manter o curso dos astros, criar as condições de estabilidade universal, e acima de tudo gerar e manter a vida, achar que pode desvincular-se daquele “Poder” que é origem de tudo isso? Porque certamente “Alguém” fez tudo isso!
 
     Do nada, nada se cria! Este é um princípio Universal irretocável! Então para que as coisas existam, é preciso que uma Inteligência que esteja acima da capacidade humana, crie as bases de toda a matéria. As leis que regem o Universo, visível e invisível, conhecido ou desconhecido, não surgirem ao som do acaso, mas por ordem de algum “Poder” maior e mesmo absoluto, até porque, em todos os sentidos, atingiram o grau da perfeição. Nada o homem pode mudar para melhorar, tudo o que faz desobedecendo as leis Universais, só contribui para sua destruição. Veja a natureza em caos, fruto da loucura humana!
 
     É vaidade então, pura ilusão, que o homem pretenda tomar o lugar da Fonte da Vida. E é vaidade também, pura ilusão, que tente criar leis que firam os princípios da perfeição. Em qualquer sentido que você analise, chegará a conclusão de que nada o homem fez até hoje, que suplante a realidade já criada, e nada fez de novo que já não existisse. Além disso, jamais conseguiu melhorar algo, antes, na sua pressa, só fez destruir aquilo que é perfeito. Porque tudo faz em nome do lucro ou da vaidade pessoal. Resultado: jamais o homem conseguiu ou conseguirá melhorar a obra de Deus Criador. Querem exemplos?
 
     Sons! A natureza perfeita tem um repertório inesgotável de sons magistrais. O som do vento nas matas, o som de uma cascata, o barulho de uma corredeira. Estas coisas fazem bem aos ouvidos, e podem ser escutadas infinitamente que não irritam. Porém, mesmo o som mais extraordinário de um instrumento bem tocado, um violão ou violino, e mesmo os que já poluíram seus cérebros com sons escabrosos como o rock e o batuque, depois de certo tempo ele esgotam a pessoa, enchem a paciência e se tornam irritantes.
 
     O barulho das ondas batendo nos rochedos, o barulho das águas correndo, da chuva que cai, tudo isso provoca relaxamento e calma. Mas veja o som terrível de uma goteira, como irrita! Os próprios animais em seus habitats naturais não causam irritação, apenas quando o homem os tira dele. Observem um grilo, como ele fica irritante quando entra dentro de casa, e fora de seu ambiente, mas não provoca irritação alguma quando na floresta, no capinzal onde é seu meio. Tudo isso mostra o quanto homem é que destrói as perfeições. Como poderá arrogar-se de condutor de tudo isso?
 
     Querem mais? Observem as formas, os contornos, os desenhos de tudo que existe. Nunca, jamais um ser humano conseguirá produzir um desenho mais inteligente do que o seu próprio corpo, tão perfeito. Qual o órgão que poderia ser colocado em lugar diferente para melhor cumprir sua função? Não existe! Sinal de que ele é pó e jamais deixará de ser. Como pode então iludir-se, achando vantagem em qualquer coisa que faça, se tudo que faz é destruir a perfeição?
 
     A arte moderna mostra isso, ao se tornar repugnante nos desenhos, nas esculturas e nas pinturas. Visando ofender e satirizar ao Criador da perfeição absoluta, o homem se põe a produzir o repugnante, o ordinário, o escabroso e escandaloso tudo em nome de uma arte, que serve apenas para apodrecer mentes e corromper os espíritos. Tudo isso é ilusão e vaidade que passará como passam as eras, para um fim sem memória. Pois toda história do homem não passa de uma ilusão, que um dia acabará sem deixar rastro.
 
     É ilusão e vaidade o homem querer preservar sua memória, sua história, porque isso serve apenas para alimentar orgulhos e encher de vento os compêndios e enciclopédias. Porque todos eles, com seus arquivos e bibliotecas, um dia desaparecerão da terra, como a própria terra findará um dia. Se gasta infinitos tempos e horas estudando e compilando dados e pesquisas, e nisso se envolvem milhares de pessoas, tudo para o latão de lixo do tempo, como fruto da vaidade humana, da insânia de um verme que quer ser Deus.
 
     Já perceberam a diferença brutal que existe entre a sombra de uma árvore frondosa e uma habitação humana? Já perceberam o quanto é estressante o barulho de uma cidade e o quanto é reconfortante o barulho de uma floresta? Já perceberam o quanto é poluído o ar de uma cidade, se comparado ao doce perfume dos campos? Existe uma diferença brutal entre a obra do Criador e a da criatura. E na realidade a criatura somente chega a se aproximar de Deus, quando seu dom permite imitar o já criado em perfeição. Imaginem um mundo totalmente criado pelo homem: que caos, quantos remendos?
 
     Quanta ilusão é para o homem correr atrás de riquezas e acumular tesouros! Hoje toda a terra está sendo revirada, escavada, até mesmo na profundeza das minas, apenas para cumular ouro e extrair riquezas. Já pensaram na imensa ilusão que é a riqueza? De que adianta ao homem possuir o mundo inteiro? Acaso ele vai ao túmulo levando alguma grama do vil metal? E mesmo que seja encerrado num sarcófago de ouro, ainda assim o ouro estará cheio de podridão, nada mais. E diante do Juiz ele estará nu, tal como veio a terra, assim retornará! Ilusão e vaidade! A riqueza é a maior das ilusões do homem!
 
     Outra grande vaidade, também tremenda ilusão é a busca insana do conhecimento. De que vale ao homem ser versado em todas as ciências, guardar mentalmente milhões de dados culturais, se estas coisas de nada contam diante da eternidade? Servem apenas de mais acúmulo de vaidade, uma vez que tal pessoa se julga superior às outras, e isso a faz cair imensamente no conceito do Eterno! De que adiantam os títulos de doutor e mestre, se com eles você não sobe um só degrau na escada celeste?
 
     Ontem, para minha tristeza, tivemos que deixar de ir ao cenáculo na capelinha, tendo em vista a formatura de meu filho mais novo, no ensino médio. E ali, assistindo a tantos discursos elaborados, no lugar impróprio que é a Igreja, meu espírito meditava na ilusão daquilo tudo. Pretende-se esquentar o ambiente, mas torna-se morto e vazio, porque as palavras o vento leva. Ali estão jovens cheios de vida que partem agora em busca de suas faculdades e diplomas universitários.
 
     Sabem os discursos até falaram num vago “agradecer a Deus” e “em primeiro lugar”, mas precisam ver como este primeiro lugar ficou distante dos corações daqueles jovens. Até mesmo meu filho, que foi orador da turma, me reclamou que fosse preciso mencionar Deus em seu discurso, porque “nada a ver”. Imaginem então, estas tantas cabecinhas vazias entrando agora nas universidades, aquelas fábricas de hereges. Logo terão apagado de suas mentes qualquer memória de Deus, pondo em seu lugar o deus “ciência”, este outro fruto da vaidade, este espantalho horroroso da ilusão humana.
 
     Tudo bem, eles se formam, e com seus diplomas e saem atrás de emprego e trabalho. Há uma cobrança furiosa pela educação, pelo crescimento intelectual, pelo aumento da visão de negócios, entretanto tudo isso é outra ilusão, porque esbarra numa realidade cruel, onde poucos recebem as boas vagas, enquanto milhares ficam sem trabalho. Esta a “perfeição” do mundo dos homens, cada vez mais desequilibrado e confuso, porque tudo o que o homem faz tentando mudar a disposição do Criado serve apenas para abrir buracos e exigir novos remendos.
 
     Noutro dia, li num artigo sobre aquele cientista Inglês que vive numa cadeira de rodas, o Steve Hawquins, que o homem precisa se apressar em formar colônias noutros astros, para o caso de acabar esta daqui, então o homem poderá colonizar as estrelas. Ele só esqueceu de dizer se afirma isso devido ao fato de que a civilização terrestre estar em vias de extinção, ou porque acredita mesmo que um dia o homem colonizará outros astros. Pobre Stewe, Deus Sabedoria o deve ter aceitado naquela condição, porque se conseguisse se expressar corretamente, quem sabe multiplicaria por mil suas loucuras.
 
     Vejam a imensa ilusão que é o fato de possuir bens terrenos! De que adianta o homem se esfalfar como um condenado, trabalhando de dia e preocupando-se a noite com seus negócios e seus bens, se depois deixa tudo isso para que os outros se aproveitem? Pior que isso, nós temos visto em nosso trabalho, dezenas de homens fundadores de famílias ricas, cujo patrimônio ao morrerem estava na casa dos milhões. E hoje seus filhos e netos gozam das benesses daquela fortuna, enquanto seus formadores estão na casa de Lúcifer onde podem odiar seus familiares até o mais fundo de seu ser: de que adiante ao homem possuir o mundo inteiro se vier a perder sua alma? Jesus avisou, mas quem O escuta?
 
      É igualmente vaidade, é ilusão o fato de ser grande deste mundo, seja em que área for. Seja em termos de ciência, de cultura, de arte, de pintura, também artistas e atores, ou ainda grandes esportistas! Dir-se-ia ser famoso. Então milhares de pessoas vivem atrás deles, os bajulam, pedem autógrafos, paparicam e vivem aos seus pés como se fossem verdadeiros mendigos, à espera de um simples olhar, um sorriso, um aceno de mão. Vaidade das vaidades, ilusão das ilusões, a maioria destas pessoas que se deixa ter na conta de ídolos, segue também para a casa de Lúcifer, porque aceita ser “adorado”. Como disse Jesus: já receberam a sua consolação!
 
     Também a questão do poder, de acumular nas mãos o comando de muitas pessoas, o fato de poder ditar regras para eles poderia se dizer subjugar – porque todo homem tem uma veia de ditador, basta não se controlar – tudo isso é um perigo enorme para a alma. A sede de domínio cega os homens, e esmaga suas almas. Há pessoas insaciáveis pelo poder, cujo exercício às pode levar a loucura. Vemos aí um Hitler – que o abismo já tem – com seu orgulho brutal e assassino. E há outros iguais, senão de fato, mas que não ficam para trás em termos de desejo de subjugar, leia-se nosso presidente. Porque o poder o corrompeu totalmente, tornando-o um filho da mentira! Basta que o povo lhe dê cordas, e sentirá sobre sua cabeça o peso dos tacões. Tudo ilusão que eles perseguem, porque o inferno está povoado de Hitlers, Stalins e assemelhados! Deuses aqui, demônios lá!
 
     Estes três verbos – ter, ser, poder – formam o tripé do endeusamento humano. Quem tem muito, logo quer ser mais que os outros. Quem quer ser mais que os outros logo acha um jeito de comandar! De subjugar! De esmagar! De decidir sobre suas vidas, num círculo odioso que tanto mais cresce mais brutais e diabólicos se tornam tais homens. Transformam-se assim em deuses, não deuses, mas demônios. Este é o retrato em grande escala, de seres repugnantes, dos quais o mundo está cheio. Entretanto é preciso saber que a maioria dos homens tem esta propensão. Se tivesse dinheiro, se fosse inteligente, e tivesse poder, agiria da mesma e repugnante forma. A prova disso, é que os eleitores adoram reeleger corruptos! Prova é que seguem ditadores! Que seriam tendo chance!
 
     Analisando as coisas pelo prisma que temos mostrado, se poderia achar que a própria vida humana é inútil, e que tudo que o homem faça, seja ilusão e vaidade. Não é bem assim: o que torna toda a atividade humana inútil, ilusória e ineficaz é o fato de deixar a Deus fora de seus projetos. Toda obra executada sem o sentimento de Deus, sem um desejo especial de agradá-lo, torna-se numa obra mundana, voltada ao insucesso e sem qualquer valor de sentido eterno. Mas é exatamente assim que procedem as massas, e são raros os que colocam Deus à frete de todos os seus projetos. São os humildes, os que necessitam de Deus, os que percebem sua própria miséria e conseguem entender que sua vida é um sopro, e que este sopro ainda depende da Divina Vontade.
 
     No mais acontece o vazio. Este vazio eu pude perceber ontem, depois que acabados os discursos da formatura de meu filho, aconteceu o baile de formatura no salão do Parque Municipal. Acredite, naquele momento já ninguém mais pensava em Deus, em agradecer a Ele, porque aos poucos o ruído atordoante dos aparelhos de som tomaram conta do ambiente. Uma ou duas valsas iniciais para aquecimento, e depois o arrasador som das caixas de som fazia vibrar tudo. Até mesmo as grandes colunas do salão vibravam. No próprio corpo, o baço parecia vibrar e a barriga da gente parecia couro de pandeiro. Dulce e eu não conseguimos suportar aqui mais que 20 minutos. Não era nosso mundo!
 
     Tristeza imensa da gente era ver meninos de menos de 15 anos e meninas de apenas 12, que ainda deveriam estar brincando de bonecas, todos bebendo desenfreados, com seus copos espumantes sendo esvaziados, um após outro. Que futuro? Dança frenética, trejeitos e requebros alucinados, dizem que aquilo é baile e eu penso que se dança existe no inferno ela não deve ser muito diferente. De madrugada – soube depois – a imensa maioria daquelas ainda crianças estava bêbada, pronta para qualquer loucura. E pensando ser divertimento, aquilo na verdade não deixa ninguém feliz, porque não sacia, e exige sempre mais loucuras para sobrepujar as primeiras. Um verdadeiro horror!
 
     Horror que jamais poderá causar satisfação plena, porque longe de Deus o corpo exige sempre novas fantasias. E tudo entra num rol insaciável, que se perpetua e cada vez mais afunda a pessoa em depressões, prova de que é tudo ilusão, passageiro sem sentido. Mas em todos os lugares deste país, se preparam as famílias para as festas de final de ano, com especial atenção para o “revelion”. Como disse um repórter, aqueles 10 segundos de cada final de ano, parecem fascinar as pessoas, e elas simplesmente acham isso a coisa mais importante do mundo. Quando é um vazio total... Passa como o vento!
 
     Aliás, as festas de final de ano, na verdade se transformaram em “feriado comercial”. E o Natal certamente, a mais comercial das festas. Festa para descanso, para a farra, para a bebida e a comida em exagero, festa para rever amigos e cumprir tradições, festa para se visitar os familiares, mas poucos comemoram o Natal do Menino Jesus. Ou seja, sem esta ostentação de presentes, apenas uma festa do espírito, uma explosão das almas, pela alegria suprema de haver nascido nosso Salvador e Deus. Soam pequenas menções, quem sabe algum canto natalino em família, mas logo os presentes e as bebidas ocupam o espaço das mentes e corações. Quando na verdade se trata da maior das ilusões!
 
     Sim, nenhum bem material, nenhuma festa, nenhum título, nenhuma riqueza, nada disso poderá um dia suplantar a necessidade de Deus no coração do homem. Tudo o que ele faz para quebrar este sentimento, precisa de sempre novas explosões de loucura, e é como a pessoa que cada vez mais aumenta o risco de vida, em busca da falsa emoção, a tal de adrenalina. Ela nunca se satisfaz, e acaba morrendo infeliz por não ter alcançado alguma meta, não ter cometido alguma loucura. Tudo isso, quando em Deus as coisas se definem na simplicidade, na ternura, na humildade, e no santo afeto, para dizer bem no verdadeiro amor, aquele que brota do coração de Deus.
 
     Depois vem o último dia do ano, com os assombrosos gastos em fogos de artifício, em toda a terra, com as cidades e pessoas competindo a cada ano pela loucura maior. E são bilhões de reais queimados em apenas alguns momentos, mal sabendo as pessoas que os fogos são exemplo de ilusão, pela fagulha e pela fumaça: a fagulha se apaga, a fumaça se dissipa no ar! Basta uma fração e some-se o calor, mais algumas horas e acaba-se a euforia! Tal como se dissipa a fumaça, acaba-se a graça. Tudo isso são ilusões que, no entanto alimentam a alma humana! E tudo é conduzido comercialmente pela fera, justo para que tais folguedos ocupem o lugar de Deus no coração dos homens.
 
     E assim posso vasculhar por todos os lugares e situações, e não encontro nada que seja de proveito, quando distante de Deus. O homem não percebe que comete o mesmo e terrível erro dos anjos caídos, tentando ocupar o lugar de Deus na criação. Como sempre tenho dito, eles minimizam Deus até o limite extremo de sua própria nulidade, então se sentem seguros para desafiá-lo, no que se configura rematada loucura. Em especial para as pessoas que têm posses e boa situação de vida – saúde e facilidades – para essas, Deus parece não fazer mais sentido nem ser necessário. Está tudo tão bem! Mal sabem elas que justamente quando tudo vai bem, na vida de uma pessoa, sem dores nem sofrimentos, de duas uma: ou alguém está rezando e sofrendo por ele, ou ele está fazendo exatamente o que o diabo gosta: nada pela sua salvação! E não existe salvação sem Cruz!
 
     Claro, eu não seria louco em afirmar que devamos parar de buscar o conhecimento, o estudo, o que digo é que este estudo dever ter por essência a busca de Deus, senão se torna em algo incompleto e que não satisfaz. Também não digo que os homens não devam buscar o poder, mas ele deve ser exercido pelas diretrizes de Deus, não dos homens, senão se torna em ditadura, ou num antro de corrupção. Como no Brasil! Ainda por fim, não quero dizer que as pessoas não devam buscar melhores condições de vida, e sim que elas devem fazer isso dentro dos princípios de Deus. Senão as riquezas se tornam numa armadilha, que mata os corpos, e leva as almas à perdição eterna.
 
     De fato, Deus nos constituiu a todos ricos, sábios, doutos, cultos e cheios de dons. Ele jamais quis a pobreza, entretanto sabe que o coração do homem se corrompe facilmente com o ouro. Mas de que me serve o ouro se por causa dele posso trocar minha alma? De que me serve a inteligência se ela não vem aliada à sabedoria que faz aproximar sempre mais de Deus? De que me serve o poder, se faço uso dele para a corrupção, e com isso torno minha alma prisioneira das trevas? Vaidades e ilusões, tudo são ilusões e vaidades quando não nos fazem aproximar Daquele que é dono da felicidade plena!
 
     Mas nós estamos para entrar novamente no ciclo de Deus, na verdadeira Vida. Está bem próxima a nossa libertação, prova segura de que este mundo está no fim. Mundo de loucuras e exacerbação dos instintos! Mundo de podridão e de corrupção sem fim! Mundo de exploração dos mais fracos e de negação de justiça para o órfão e a viúva. Mundo que desanda sem freios para o abismo onde Deus não mora, onde a felicidade não existe e onde o terror é eterno. Mundo que sofre dores violentas, doenças sem conta, pragas de todos os tipos, vírus bactérias malignas, e um sem fim de contaminações. Tudo isso está para acabar, porque Deus nos prometeu “fazer novas todas as coisas”. E as fará belas!
 
     Onde, como disse Isaías, “das coisas passadas não mais terão lembranças, e nunca mais retornarão ao pensamento”. Então esqueceremos para sempre que fomos blasfêmia e horror, porque saberemos que Deus existe. Afinal, Jesus e Maria estarão em nosso meio, e então nenhum mal nos atingirá! Nunca mais! Porque ninguém mais correrá atrás do dinheiro: porque Deus será nossa única riqueza! E ninguém mais correrá atrás de títulos e de comendas: porque todos seremos “doutores” em Deus! E nunca mais ninguém buscará mandar nos homens: porque eles voluntariamente se entregarão ao domínio do Altíssimo, para um reinado de Justiça eterna, para um Reino que não terá fim!
 
     Dos que restarem da purificação que vem – e chega rápido, e já começa – haverá apenas um germe de santidade, da casa de Jacó. Porque todas as raízes e linhas de sangue que não busquem a santidade de vida, são casas rebeldes, que precisam ser daqui retiradas, sob pena de nunca haver paz na terra. Um joio genético permeia nossa linha de sangue – eu posso tê-lo em mim – que precisa ser erradicado para sempre. É este joio maldito que não pode viver sem o ouro, sem o poder, e sem os títulos honoríficos. Quem restar é um germe santo, um povo humilde e obediente, criado para a Glória de Deus.
 
     Aos incrédulos, a todos aqueles que não acreditam que em breve Deus mudará a face da terra, que eles continuem a brincar seu natal comercial, esquecendo-se de Vinda Gloriosa, aquela que tão poucos esperam. Nem os pastores a esperavam, mas viram e acreditaram! Mas teve os reis magos, que creram sem ter visto! Nós fomos criados um povo de sacerdotes, profetas e reis! Os que restarem serão sacerdotes, serão profetas, e serão reis, e reinarão com Cristo, Ele que sendo Deus, é “manso e humilde de coração”.
      
     Um recado para todos os que rezam: pais, mães, filhos, amigos! Para todos os que lutam pela conversão dos seus, eu afirmo: mesmo que lhes pareça difícil e até impossível a conversão deles, apenas rezem e confiem! E verão milagres estupendos! Não tenham nenhum medo de perdê-los! Desde que realmente confiem em Deus! Restarão na nova terra, apenas as sementes – os filhos – daqueles que já hoje rezam. Não teria lógica nenhuma que o Pai Santo eliminasse os que contribuíram para o Reino de Paz, dando-o de presente para quem não tem raiz de santidade. Porque logo viria a corrupção!
 
     E voltaria a eterna luta do homem mau pelo ter, pelo ser e pelo poder. E disso não pode jamais nascer o AMOR, aquele que será a síntese do Novo Reino. Tudo isso é algo profundo, que requer meditação e oração. Se no horizonte se avistam trevas, saibam que elas não são eternas. Logo atrás vem a luz, e a Luz que vem é sim, eterna!
Arnaldo


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